O BRINCAR NO BRASIL:  A INFLUÊNCIA DA COLONIZAÇÃO NA CULTURA DAS BRINCADEIRAS.

Jamiris Carla do Nascimento; Pablo Natan Macedo dos Santos; Giovana Ribeiro Peixoto Rocha

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Trabalho Completo

Resumo

DOI

10.29327/1250935.1-2

Título do Trabalho

O BRINCAR NO BRASIL: A INFLUÊNCIA DA COLONIZAÇÃO NA CULTURA DAS BRINCADEIRAS.

Autores

Jamiris Carla do Nascimento
Pablo Natan Macedo dos Santos
Giovana Ribeiro Peixoto Rocha

Modalidade

COMUNICAÇÃO ORAL

Área temática

EIXO 1 - Brincar e sustentabilidade: brincar sem brinquedos e sua interface com a cultura; Brincar com elementos da natureza; Ecobrinquedotecas e reutilização de materiais; Brincar cooperativo como caminho para a paz.

Data de Publicação

19/05/2023

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/simposioabbri2023/622808-o-brincar-no-brasil---a-influencia-da-colonizacao-na-cultura-das-brincadeiras

ISBN

978-85-5722-763-7

Palavras-Chave

Brincadeira, Herança cultural, Construção do Brincar

Resumo

A pesquisa proposta aqui trata de uma revisão de cunho narrativo que busca analisar o processo de construção do brincar brasileiro e como este se constrói e ressignifica-se a partir da herança cultural e colonial brasileira. A partir disso, concebe-se aqui uma análise sobre as produções do brincar sem brinquedos como uma herança cultural que perpassa gerações e compreende parte importante nos caminhos de desenvolvimento da subjetividade das crianças em seus diversos contextos. A origem do brincar brasileiro parte de três raças: a raça vermelha, negra e branca. De acordo com Kishimoto (1997), as brincadeiras do Brasil possuem forte influência do folclore português, desse modo, através da oralidade, foram criados contos, lendas, superstições e personagens do folclore brasileiro. Souza (2007) destaca sobre como as heranças trazidas pelos indígenas sofrem com a imposição da cultura de urbanização do homem branco, todavia, a cultura indigena constituiu muitos dos contos, brincadeiras e brinquedos que se espalharam pelo país. Ademais, é difícil compreender as influências da população negra sob a brincadeiras tradicionais, pois os séculos de convívio misturaram muito dos valores, tradições e costumes (SOUZA, 2007). Segundo Kishimoto (1997), o folclore africano era repleto de histórias de bichos, e, ao se juntar às histórias de príncipes, formou-se muitos dos contos que existem. Ressaltamos a importância de recorrer às raízes folclóricas para compreender o surgimento dos jogos tradicionais na infância. Os jogos possuem diversas origens e culturas as quais são propagadas pelos diversos modos de jogar (KISHIMOTO, 1993). Neste sentido, o jogo tem a função de construir e promover a convivência entre as crianças, desenvolvendo regras, senso crítico e significados, é através desse processo que a criança aprimora seu convívio social e democrático. Os jogos tradicionais podem perpetuar a cultura infantil e desenvolver modos de convívio social. Em conformidade a isso, Carvalho (2009) indaga que os brinquedos e brincadeiras possuem o caráter de temporalidade e espacialidade, à medida que apresentam características regionais e se transformam ao longo da história. Tais fatores explicam o porquê de não se saber a exata origem de uma determinada brincadeira, pois, ainda segundo Carvalho (2009), brincadeiras podem desaparecer, se modificarem ou permanecerem iguais. Desse modo, embora as raízes das brincadeiras sejam difíceis de se encontrar, sabe-se que todas nascem de um contexto social e cultural, e sua manutenção se dá de acordo com a evolução das sociedades. Desse modo, a brincadeira configura-se como a porta de entrada da criança à cultura (ALVES, 2007). Assim, refletindo sobre o jogo tradicional como uma produção cultural de um povo em determinado período histórico, entende-se que essa cultura não é cristalizada e seu desenvolvimento depende da oralidade. Além disso, compreende-se suas transformações e a incorporação de produções anônimas das gerações (KISHIMOTO, 1993). Dado o exposto, a construção do brincar na sociedade brasileira possui um viés histórico-sociocultural, assim como em todas as sociedades. Por isso, é perceptível a dificuldade em buscar suas origens, tendo em vista a alteridade ocasionada pelos aspectos temporais, espaciais e coloniais.

Título do Evento: II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DA ABBRI
Título dos Anais do Evento: Brincar e Criar um Mundo Sustentável para Todos: Anais de Artigos Completos do II Simpósio Internacional da ABBri
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital
DOI

Como citar

NASCIMENTO, Jamiris Carla do; SANTOS, Pablo Natan Macedo dos; ROCHA, Giovana Ribeiro Peixoto. O BRINCAR NO BRASIL: A INFLUÊNCIA DA COLONIZAÇÃO NA CULTURA DAS BRINCADEIRAS... In: Brincar e Criar um Mundo Sustentável para Todos: Anais de Artigos Completos do Simpósio Internacional da ABBri. Anais...São Paulo(SP) ABBri, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/simposioabbri2023/622808-O-BRINCAR-NO-BRASIL---A-INFLUENCIA-DA-COLONIZACAO-NA-CULTURA-DAS-BRINCADEIRAS. Acesso em: 04/05/2025