BRINCAR É COISA SÉRIA: OFICINAS LÚDICAS NA PREVENÇÃO PRECOCE EM PSICOLOGIA

Helena Rinaldi Rosa; Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo; Hilda Rosa Capelão Avoglia; Cleusa Sakamoto

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Resumo

Título do Trabalho

BRINCAR É COISA SÉRIA: OFICINAS LÚDICAS NA PREVENÇÃO PRECOCE EM PSICOLOGIA

Autores

Helena Rinaldi Rosa
Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo
Hilda Rosa Capelão Avoglia
Cleusa Sakamoto

Modalidade

Artigo

Área temática

EIXO 2 - Brinquedoteca como território de criação, descoberta e humanização: Brincar e bem-estar para todos e em todas as idades; Brincar e intergeracionalidade; Brincar e igualdade (social, de gênero, etnia etc.).

Data de Publicação

19/05/2023

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/simposioabbri2023/621668-brincar-e-coisa-seria--oficinas-ludicas-na-prevencao-precoce-em-psicologia

ISBN

978-85-5722-763-7

Palavras-Chave

Brincar, Prevenção Precoce, Infância.

Resumo

O presente trabalho vincula-se ao Eixo Temático 2, que propõe abordar o “Brincar e bem-estar para todos e em todas as idades”. O objetivo é discutir a função do brincar enquanto estratégia de prevenção precoce em saúde psíquica na infância, com base na realização de Oficinas Lúdicas para crianças de 6 a 11 anos, vinculadas ao Projeto APOIAR no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. As Oficinas Lúdicas pretendem oferecer um lugar preparado contendo recursos lúdicos, como material gráfico, brinquedos e jogos, cujo setting pode promover a livre expressão das crianças. A finalidade da proposta é favorecer insights à criança sobre si e seu entorno, bem como aprendizado por meio da interação com conteúdos, sejam estes, internos ou externos. O referencial teórico que dá sustentação às Oficinas Lúdicas reúne uma ampla gama de estudos, baseada tanto em textos clássicos que abordam desde os primórdios da utilização do brincar na prática psicanalítica infantil, quanto em pesquisas recentes sobre o tema. A literatura aponta que o brincar é uma prática universal e própria da civilização humana, constituindo-se como uma linguagem que cumpre as funções de expressão e comunicação, especialmente importante na infância, quando a criança se encontra em uma etapa que necessita de recursos expressivos não verbais para manifestar seus anseios, desejos e angústias. A perspectiva psicanalítica entende o brincar como um procedimento técnico que permite conhecer a realidade interna da criança, pois por meio da atividade lúdica, ela se comunica com o ambiente, elabora os impulsos destrutivos, entra em contato com seus aspectos libidinais e transforma emoções e sentimentos negativos. A atividade lúdica também oferece prazer à criança, possibilitando contato social, conhecimento de regras e outros fatores da realidade, auxílio na abordagem da angústia e certa experimentação para evitar o desprazer. De acordo com a literatura, ao brincar, a criança expressa os recursos de sua personalidade e, portanto, pode encontrar na atividade um elemento mediador entre a realidade interna e o mundo externo, aliviando a ansiedade e favorecendo a elaboração de conflitos psíquicos. Partindo dessas considerações, é possível se pensar na criança que não brinca como aquela que demonstra um estado de inibição psicológica e que está impedida de fazer uso desse importante canal de interação e mudança. Neste prisma, caracterizar o brincar como elemento na prevenção primária precoce, no âmbito da saúde mental infantil, mostra-se promissor, uma vez que poderá reduzir, ou mesmo eliminar, prováveis dificuldades psicológicas, que poderão surgir mais tarde no percurso do desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Ao brincar é possível reconhecer precocemente sinais preditores de dificuldades no desenvolvimento e tratá-las antecipadamente. Assim, destaca-se a importância de se oferecer espaços livres para as crianças brincarem, ou salas e Oficinas Lúdicas inseridas em instituições educativas, de saúde, de lazer, esportivas, ou mesmo, em parques e praças, sejam permanentes ou em eventos com ocorrências pontuais e programadas. Contudo, esses locais devem ser devidamente equipados com materiais apropriados, conforme a faixa etária alvo das crianças participantes e serem monitorados por profissionais capacitados. É necessário que esses espaços e ações de oferta ao brincar de crianças sejam coordenados por pessoas qualificadas profissionalmente, na medida em que a atividade lúdica requer dos profissionais, que sejam dotados de disponibilidade psíquica e habilitados para o exercício dessa função. Isto porque o contato da criança com o brincar e com os brinquedos deve levar em conta que eles se constituem representantes simbólicos de suas vivências cotidianas que estão relacionados à sua história de vida e a inumeráveis conteúdos subjetivos e singulares. As Oficinas Lúdicas podem reduzir prejuízos psíquicos futuros, prevenir o surgimento de sintomas, enfim, promover a saúde mental na infância.

Título do Evento: II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DA ABBRI
Título dos Anais do Evento: Brincar e Criar um Mundo Sustentável para Todos: Anais de Artigos Completos do II Simpósio Internacional da ABBri
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

ROSA, Helena Rinaldi et al.. BRINCAR É COISA SÉRIA: OFICINAS LÚDICAS NA PREVENÇÃO PRECOCE EM PSICOLOGIA.. In: Brincar e Criar um Mundo Sustentável para Todos: Anais de Artigos Completos do Simpósio Internacional da ABBri. Anais...São Paulo(SP) ABBri, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/simposioabbri2023/621668-BRINCAR-E-COISA-SERIA--OFICINAS-LUDICAS-NA-PREVENCAO-PRECOCE-EM-PSICOLOGIA. Acesso em: 25/06/2025