PREVALÊNCIA DE CASOS DE AIDS IDENTIFICADOS NO BRASIL POR REGIÃO E UNIDADE DE FEDERAÇÃO ENTRE 2018-2022

Publicado em 19/02/2025 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
PREVALÊNCIA DE CASOS DE AIDS IDENTIFICADOS NO BRASIL POR REGIÃO E UNIDADE DE FEDERAÇÃO ENTRE 2018-2022
Autores
  • Luiza Pannain Kaufman
  • Letícia Assumpção Sillos
  • Vitor Morelli De Siqueira
Modalidade
PESQUISAS CIENTÍFICAS - aquelas que são fruto de pesquisa empírica dentro dos parâmetros do método científico.
Área temática
CUIDADO E HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE - Cuidado em saúde transcende a realização de técnicas e aspectos físicos, contempla a compreensão do conceito ampliado de saúde, e envolve uma interação afetiva que respeita, acolhe e considera a diversidade da existência humana. Nesse contexto, a humanização significa dialogar com a singularidade de cada pessoa, reconhecendo suas crenças e valores, compartilhando assim um ambiente de cuidado implicado com a realidade, com as políticas públicas e com a necessidade dos coletivos que vivem nos territórios.
Data de Publicação
19/02/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2024/965630-prevalencia-de-casos-de-aids-identificados-no-brasil-por-regiao-e-unidade-de-federacao-entre-2018-2022
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Prevalência, AIDS, Brasil, 2018-2022
Resumo
Introdução A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), emergiu nos anos 1980 como uma grave crise de saúde pública global. O HIV é um retrovírus que ataca o sistema imunológico, especialmente as células T CD4, essenciais para a defesa do organismo. Embora a infecção por HIV possa ser controlada com tratamento, a AIDS representa a fase avançada da infecção, permitindo o surgimento de infecções oportunistas e certos tipos de câncer. Nos primeiros anos da epidemia, o desconhecimento e o preconceito associaram a doença principalmente a homens homossexuais, gerando estigmatização. No entanto, pesquisas mostraram que o HIV pode afetar qualquer pessoa, independentemente de gênero ou orientação sexual. A disseminação ocorre por meio de práticas sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas e, menos frequentemente, de mãe para filho. Atualmente, jovens entre 10 e 24 anos estão entre os grupos mais afetados pela epidemia, destacando a necessidade de políticas públicas voltadas para a educação sexual e prevenção. A AIDS continua a ser um desafio significativo, especialmente em países em desenvolvimento, como o Brasil. Este artigo analisa a prevalência de AIDS no Brasil entre 2018 e 2022, utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), focando em variações regionais e estaduais e discutindo fatores socioeconômicos e culturais que influenciam o acesso à saúde. Metodologia Este estudo descritivo utiliza dados secundários do SINAN, fornecidos pelo DATASUS, abrangendo o período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022. A prevalência de AIDS foi calculada pela razão entre o número de casos notificados e a população total de cada UF, resultando em índices por 1000 habitantes. As variáveis incluem casos diagnosticados, população estimada, PIB per capita e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Essa abordagem identifica padrões e disparidades regionais, associando a distribuição da doença a fatores sociais e econômicos, comparando com a literatura existente. Resultados A análise revelou alta prevalência de AIDS no Brasil, com destaque para as regiões Norte e Sul. Em 2021, o Amazonas e Roraima apresentaram as maiores taxas, com 0,397190 e 0,292625 casos por 1000 habitantes, respectivamente. Fatores como dificuldade de acesso a serviços de saúde e menores índices socioeconômicos aumentam a vulnerabilidade nessas regiões. No Sul, o Rio Grande do Sul também apresentou altos índices, com taxa de 0,175043 em 2021. A desigualdade no acesso aos serviços de saúde, especialmente em áreas rurais, e barreiras culturais são fatores que contribuem para a disseminação da doença. Em contrapartida, as regiões Sudeste e Nordeste mostraram as menores taxas de prevalência. Minas Gerais, no Sudeste, e Piauí e Ceará, no Nordeste, tiveram taxas de 0,118722, 0,055525 e 0,054234, respectivamente. O acesso a serviços de saúde, programas de prevenção e educação em saúde sexual explica as menores taxas nessas regiões. Discussão Os resultados indicam uma correlação significativa entre a prevalência de AIDS e as condições socioeconômicas e geográficas das regiões brasileiras. A alta incidência nas regiões Norte e Sul está relacionada a diversos fatores. No Norte, estados como Amazonas e Roraima enfrentam grandes desafios no acesso a serviços de saúde, especialmente em áreas remotas, além de altos índices de pobreza e baixa escolaridade, que aumentam a vulnerabilidade ao HIV. A falta de educação sexual e diálogos abertos sobre saúde sexual contribuem para o risco, especialmente entre jovens e adolescentes, levando a práticas de sexo desprotegido e compartilhamento de seringas. Na região Sul, apesar de melhores indicadores socioeconômicos, a desigualdade no acesso à saúde persiste, como evidenciado pelos altos índices de prevalência no Rio Grande do Sul. Barreiras culturais e tabus sobre sexualidade limitam o acesso à informação sobre prevenção e tratamento. Por outro lado, as regiões Sudeste e Nordeste apresentam menor prevalência, devido a esforços mais eficazes em saúde pública e educação. Programas de prevenção e maior disponibilidade de preservativos têm sido fundamentais na redução das taxas de infecção. A Estratégia Saúde da Família (ESF), especialmente no Nordeste, tem mostrado resultados positivos, embora ainda haja desigualdades no acesso. A pandemia de COVID-19 também trouxe desafios adicionais, interrompendo o acesso a serviços de saúde e programas de prevenção, ressaltando a necessidade de um sistema de saúde resiliente. Em resumo, as disparidades regionais refletem condições socioeconômicas e a necessidade de políticas de saúde pública adaptáveis. Estratégias que promovam educação sexual abrangente e a distribuição de preservativos são essenciais para enfrentar a epidemia de AIDS no Brasil. Conclusão Este estudo evidencia a disparidade na prevalência de AIDS no Brasil entre 2018 e 2022, com as regiões Norte e Sul apresentando as maiores taxas, enquanto Sudeste e Nordeste mostraram índices mais baixos. Essas diferenças decorrem da desigualdade no acesso aos serviços de saúde, barreiras culturais e socioeconômicas, além da disponibilidade de programas de prevenção. Ampliar o acesso à saúde nas regiões mais afetadas é crucial para reduzir a prevalência. A implementação de programas de educação sexual nas escolas e intervenções que promovam diálogos abertos sobre sexualidade são fundamentais para melhorar o acesso à informação sobre prevenção e tratamento. Além disso, a pandemia de COVID-19 pode ter impactado a saúde sexual, dificultando a continuidade dos serviços essenciais, e deve ser considerada nas análises futuras. Portanto, desenvolver políticas de saúde pública que considerem as particularidades regionais é essencial. A educação sexual e a distribuição de preservativos são medidas indispensáveis para reduzir a prevalência da AIDS, especialmente entre os jovens.
Título do Evento
XXX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

KAUFMAN, Luiza Pannain; SILLOS, Letícia Assumpção; SIQUEIRA, Vitor Morelli De. PREVALÊNCIA DE CASOS DE AIDS IDENTIFICADOS NO BRASIL POR REGIÃO E UNIDADE DE FEDERAÇÃO ENTRE 2018-2022.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) UNIFASE/FMP, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2024/965630-PREVALENCIA-DE-CASOS-DE-AIDS-IDENTIFICADOS-NO-BRASIL-POR-REGIAO-E-UNIDADE-DE-FEDERACAO-ENTRE-2018-2022. Acesso em: 29/06/2025

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