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Os modelos de organização social hegemônicos estão dando sinais cada vez mais alarmantes de esgotamento. A natureza que nos cerca, através dos diferentes biomas, cada vez mais pulsa, vibra, chora, grita, denunciando os efeitos da posição arrogante, negligente e antropocêntrica que a espécie humana assumiu no ecossistema.

O caráter alarmante nos convoca a buscar o aprofundamento da compreensão das relações entre o meio e a população, para então assumirmos a nossa autorresponsabilidade enquanto seres que coabitam e coexistem com outras formas de vida e existência, animal, vegetal e mineral.  A demanda por inovações, nas mais diferentes áreas: tecnológica, acadêmica, gestora, econômica, educacional, humana, cultural e científica, nos aponta para a importância de bebermos de outras águas, resgatando saberes tradicionais ribeirinhos, quilombolas, indígenas, caiçaras, que nos demonstram formas de ser e estar no mundo em harmonia com o ecossistema.

Durante a Semana Científica nos empenharemos no aprofundamento das relações entre a espécie humana e a natureza a nossa volta. Partindo do ponto de vista de quem habita o bioma da Mata Atlântica, buscaremos entender as potencialidades de promoção de saúde biopsicosocioexistencial em harmonia com o ecossistema. Nos desdobraremos sobre as elaborações de estratégias de articulação entre diferentes saberes que nos ofereça formas de desenvolvimento sustentável, de conservação e regeneração do bioma em que nos encontramos. Afinal NA NATUREZA NADA EXISTE SOZINHO e se não repensarmos a nossa atual prepotência na imposição de uma relação de subserviência com ela e assumirmos a nossa responsabilidade na harmonização desse ecossistema, a própria natureza se encarregará disso.