VEIA JUGULAR INTERNA – UM VASO UTILIZADO PARA PUNÇÕES VENOSAS PROFUNDAS: ENSINO E DEMONSTRAÇÃO EM PRÁTICA DE DISSECÇÃO DE PEÇA CADAVÉRICA FRESCA

Publicado em 19/02/2025 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
VEIA JUGULAR INTERNA – UM VASO UTILIZADO PARA PUNÇÕES VENOSAS PROFUNDAS: ENSINO E DEMONSTRAÇÃO EM PRÁTICA DE DISSECÇÃO DE PEÇA CADAVÉRICA FRESCA
Autores
  • Geraldo Julio Pitzer Santos
  • Carol Galeb Mossi
  • Gabriel Souza de Moraes
  • Lia Raquel de Sousa Ponce
  • Lucas de Assis Xavier
  • Ronald Rodrigues França
  • Sofia Lepper Cristovam
Modalidade
PRÁTICAS EDUCATIVAS INOVADORAS - atividades e produtos de caráter pedagógico, que NÃO são fruto de pesquisa científica ou de atividade de extensão, mas exploram novas possibilidades de aplicação do conhecimento científico através de atividades educativas no âmbito dora ensino em sala de aula ou fora dela, que são inspiradas pelo espírito científico-investigativo sobre a realidade.
Área temática
CUIDADO E HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE - Cuidado em saúde transcende a realização de técnicas e aspectos físicos, contempla a compreensão do conceito ampliado de saúde, e envolve uma interação afetiva que respeita, acolhe e considera a diversidade da existência humana. Nesse contexto, a humanização significa dialogar com a singularidade de cada pessoa, reconhecendo suas crenças e valores, compartilhando assim um ambiente de cuidado implicado com a realidade, com as políticas públicas e com a necessidade dos coletivos que vivem nos territórios.
Data de Publicação
19/02/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2024/944723-veia-jugular-interna--um-vaso-utilizado-para-puncoes-venosas-profundas--ensino-e-demonstracao-em-pratica-de-diss
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
veia jugular interna, punção venosa profunda, anatomia do pescoço
Resumo
A veia jugular interna é um vaso potencialmente utilizado para a realização de punções venosas profundas. Seu acesso merece estudo sistematizado, pois, além de não ser visualizada como sua homônima externa, apresenta relações anatômicas relevantes, dentre elas, o íntimo contato com o sistema carotídeo e a proximidade com estruturas nervosas localizadas na região cervical. Originada a partir da convergência da drenagem craniana profunda, onde o seio sigmoide atravessa o forame jugular, percorre regiões cervicais até desembocar na veia subclávia, em topografia variável, levando à transformação desta última veia em braquiocefálica e realizando a mistura do sangue oriundo do membro superior com o sangue vindo da parte profunda da cabeça. O objetivo deste trabalho é a dissecção da região cervical superficial e profunda, acompanhada do estudo e da comparação do trajeto e calibre, assim como das relações encontradas entre as veias jugulares internas direita e esquerda e as estruturas cervicais musculares, arteriais e nervosas, com especial atenção ao seu trajeto profundamente ao músculo esternocleidomastóideo e aos demais músculos que delimitam as regiões topográficas cervicais conhecidas como trígonos do pescoço. A metodologia empregada consistiu na utilização de peça anatômica fresca de cabeça e pescoço de cadáver descongelado, do feminino, de 89 anos, após a introdução de meio de contraste arterial e venoso composto por corante e cola, introduzido por sondagem nas artérias carótidas comuns e veias jugulares internas, bilateralmente. A peça foi descongelada para a coloração e depois novamente congelada, permanecendo a uma temperatura de -11°c para o endurecimento do contraste. Posteriormente, o espécime foi novamente descongelado e, após 36 horas, iniciou-se a dissecação pelos autores, sob supervisão do orientador. Todos os componentes do grupo são estudantes de medicina do quarto período e utilizaram máscara cirúrgica, luvas e vestimenta adequada para o procedimento. Durante o rebatimento estratigráfico, o sistema arterial foi observado com coloração vermelha, enquanto o sistema venoso foi identificado por cor azul em seus vasos, após a separação por planos (pele, tecido subcutâneo superficial, platisma, fáscia muscular, músculo esternocleidomastóideo). Foi realizada uma incisão transversal neste músculo, com rebatimento de suas extremidades superior e inferior, seguida pela identificação profunda da bainha carotídea. A bainha carotídea foi aberta, e seus componentes foram separados. Dentre os achados no interior desta fáscia (bainha carotídea), foram observados a veia jugular interna, a artéria carótida comum, o corpúsculo retrocarotídeo e o nervo vago (décimo nervo craniano). Foi possível observar também os músculos digástrico (ventre posterior) e omo-hióideo (ventre inferior), sendo que este último apresenta um tendão intermediário que cruza superficialmente a bainha e permite a delimitação entre subdivisões topográficas cervicais componentes do trígono anterior. Observou-se também a artéria carótida comum e sua bifurcação, ao nível da lâmina da cartilagem tireoide, em artérias carótida interna e externa, juntamente ao seio carotídeo, um importante local para o controle rápido da pressão arterial. Ao seguirmos a técnica e acompanharmos a artéria carótida externa, foi possível identificar seus ramos importantes, como a artéria facial, artéria occipital, artéria lingual, artéria maxilar e artéria temporal superficial. Como resultado deste procedimento, acreditamos que os estudantes compreenderam efetivamente a importância desta região cervical ao manipularem cirurgicamente suas estruturas musculares, vasculares e nervosas. Os autores apresentaram seus achados a alunos de períodos anteriores do curso de medicina, que estavam presentes em uma aula prática no salão anexo à sala de dissecação, no laboratório de anatomia, o que gerou grande empolgação entre todos os presentes. Acreditamos que essa prática educacional, em um ambiente supervisionado, pode transmitir um aprendizado significativo para os estudantes, ao observar em uma peça cadavérica de pescoço humano, com consistência e densidade mais próximas do ser humano vivo, as estruturas fundamentais para a melhor compreensão de procedimentos médicos invasivos, como punções da veia jugular, que podem ser realizados no futuro com mais segurança e precisão, resultando em melhorias significativas para a sobrevida e a qualidade da assistência.
Título do Evento
XXX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SANTOS, Geraldo Julio Pitzer et al.. VEIA JUGULAR INTERNA – UM VASO UTILIZADO PARA PUNÇÕES VENOSAS PROFUNDAS: ENSINO E DEMONSTRAÇÃO EM PRÁTICA DE DISSECÇÃO DE PEÇA CADAVÉRICA FRESCA.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) UNIFASE/FMP, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2024/944723-VEIA-JUGULAR-INTERNA--UM-VASO-UTILIZADO-PARA-PUNCOES-VENOSAS-PROFUNDAS--ENSINO-E-DEMONSTRACAO-EM-PRATICA-DE-DISS. Acesso em: 02/07/2025

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