COBERTURA VACINAL BCG NAS REGIÕES GEOGRÁFICAS DO BRASIL: 2015-2021

Publicado em 19/02/2025 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
COBERTURA VACINAL BCG NAS REGIÕES GEOGRÁFICAS DO BRASIL: 2015-2021
Autores
  • Ana Lia Guedes
  • Laura Bernardes Cunha
Modalidade
PESQUISAS CIENTÍFICAS - aquelas que são fruto de pesquisa empírica dentro dos parâmetros do método científico.
Área temática
CUIDADO E HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE - Cuidado em saúde transcende a realização de técnicas e aspectos físicos, contempla a compreensão do conceito ampliado de saúde, e envolve uma interação afetiva que respeita, acolhe e considera a diversidade da existência humana. Nesse contexto, a humanização significa dialogar com a singularidade de cada pessoa, reconhecendo suas crenças e valores, compartilhando assim um ambiente de cuidado implicado com a realidade, com as políticas públicas e com a necessidade dos coletivos que vivem nos territórios.
Data de Publicação
19/02/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2024/931184-cobertura-vacinal-bcg-nas-regioes-geograficas-do-brasil--2015-2021
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Vacina BCG, Tuberculose, Cobertura vacinal, Plano Brasil livre da Tuberculose, Imunização, DataSUS/TabNet, SIPNI, Análise quantitativa, Movimento antivacina, Fake news, Pandemia do Coronavírus, Unidades Básicas de Saúde (UBS),Programas de imunização, Taxa de cobertura vacinal, Saúde pública**
Resumo
INTRODUÇÃO A vacina BCG, criada em 1921 por Calmette e Guérin, previne as formas mais graves da doença Tuberculose, a qual, apesar de ser antiga, ainda caracteriza-se como um empecilho persistente na saúde pública brasileira. A vacina contra essa patologia, apesar de não possuir eficácia de 100% na prevenção, sua aplicação em massa permite a prevenção de formas graves da doença. Consiste em uma única dose, e é preferencialmente administrada nas primeiras 12 horas após o nascimento, deixando a famosa “marca do braçinho”. Em 2017, foi criado o “Plano Brasil livre da Tuberculose”, visando reduzir significativamente os casos. Para alcançar a proteção coletiva, metas mínimas de cobertura vacinal são cruciais, e a BCG tem uma meta de 90% de imunização em bebês menores de 1 ano, diferente da maioria das outras vacinas do calendário infantil, as quais buscam 95%. OBJETIVO Observar a cobertura vacinal da BCG nas Regiões Brasileiras entre os anos de 2015 e 2021. METODOLOGIA Esse trabalho é baseado num estudo quantitativo, a partir da coleta de dados sobre as doses aplicadas da BCG em nascidos vivos por região geográfica brasileira, no período entre 2015 a 2021 - ambos extraídos no site do governo DataSUS/TabNet e do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI). A pesquisa não leva em consideração a variável sexo. Foi montado uma tabela através do Excel com o cálculo da cobertura vacinal nos nascidos vivos no Brasil e regiões ao longo dos anos citados. O coeficiente foi calculado para 100 nascimentos, fomentando resultados mais concretos. A cobertura vacinal é feita através do cálculo de doses aplicadas de BCG divido pela quantidade de nascidos vivos entre os anos de 2015 a 2021, e esse resultado é multiplicado por 100. RESULTADOS Observa-se que a Cobertura Vacinal de BCG nas Regiões Brasileiras, possui uma decaída entre os anos de 2015 e 2021. Até 2018, todas as regiões cumpriram a meta de imunização de 90%. Já a partir de 2019, as regiões Norte e Nordeste não conseguiram alcançar a meta vacinal. Este também foi o último período anual em que o Brasil manteve-se com a taxa dentro da meta. No ano de 2020, apenas a região Sul ficou dentro da meta, com 92% de cobertura. Já no último ano pesquisado, todas as regiões estão abaixo de 90%, com o Sudeste possuindo a menor taxa vacinal, de apenas 78%. DISCUSSÃO O movimento antivacina no território brasileiro é um fator plausível de acarretar uma queda da taxa da cobertura vacinal de BCG. O Pew Research Center, centro de pesquisa americano, realizou uma pesquisa no ano de 2019, o qual constatou que o Brasil é o país onde menos indivíduos acreditam ou possuem confiança na ciência, fomentando uma oposição à vacinação pública baseada, principalmente, no negacionismo científico. A não adesão de vacinas foi ainda mais potencializado com a pandemia do Coronavírus estabelecido em 2020 no país, período onde “fake news” em relação às vacinações, em geral, foi instalado e fortemente propagado. Esse quadro pode ocasionar a diminuição do índice de imunização de BCG por influenciar negativamente diversas mães a tomarem a decisão de não vacinar os seus filhos. Outrossim, há uma outra possível problemática: a ausência de imunização dos bebês em hospitais privados. Essa questão fomenta a discussão de que a aplicação da BCG, quando feita na maternidade, garante uma melhor cobertura vacinal, uma vez que para algumas famílias torna-se mais difícil, após a alta hospitalar, procurar uma UBS para vacinar o recém nascido. Entretanto, caso a imunização contra a Tuberculose não ocorra ainda na maternidade, as unidades básicas de saúde brasileiras realizam a administração da BCG em dias específicos. Dessa maneira, para não haver perda da vacina, o imunizante passou a ser ofertado em dias específicos para otimizar o seu uso, visando evitar o desperdício. O que dificulta, ainda mais, o aumento da cobertura vacinal de BCG no Brasil. CONCLUSÃO Conclui-se que a cobertura vacinal de BCG no Brasil apresentou uma queda gradativa nos anos estudados, destacando a Sudeste com a menor taxa no último ano estudado, provavelmente por conta dos fatores apresentados ao longo da discussão. Ademais, em 2021 o Ministério da Saúde elevou o Programa Nacional de Imunizações a um departamento dentro da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, que terá a responsabilidade de elevar as taxas de proteção contra doenças imunopreveníveis. Com isso, cria-se uma necessidade de ampliação de movimentos desmentindo as falácias criadas pelo Movimento Antivacina, como palestras, visando demonstrar a importância sobre as vacinas, as quais são responsáveis pelo aumento da nossa expectativa de vida e pela diminuição da mortalidade infantil, caracterizando-se como um marco na história da saúde humana; além de uma mudança na política de aplicação da BCG, para que ela volte a ser aplicada dentro dos hospitais, possibilitando, a partir disso, uma maior cobertura vacinal.
Título do Evento
XXX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GUEDES, Ana Lia; CUNHA, Laura Bernardes. COBERTURA VACINAL BCG NAS REGIÕES GEOGRÁFICAS DO BRASIL: 2015-2021.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) UNIFASE/FMP, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2024/931184-COBERTURA-VACINAL-BCG-NAS-REGIOES-GEOGRAFICAS-DO-BRASIL--2015-2021. Acesso em: 16/07/2025

Trabalho

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