PARA ALÉM DAS TRANÇAS, UM MAPA

LAYLA MARYZANDRA COSTA SILVA

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Trabalho

Título do Trabalho

PARA ALÉM DAS TRANÇAS, UM MAPA

Autores

LAYLA MARYZANDRA COSTA SILVA

Modalidade

Resumo

Área temática

Corpos em luta: Movimentos Sociais, Conflito e Participação Política

Data de Publicação

11/12/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/meu-corpo-e-terra-territorio/981593-para-alem-das-trancas-um-mapa

ISBN

978-65-272-1016-0

Palavras-Chave

Trançadeiras, Saberes tradicionais, Territórios negros

Resumo

A prática de trançar cabelos afros, presente em culturas tradicionais e populares, destaca-se como um ofício que atravessa territórios negros como quilombos e periferias. Essa prática reflete um “conjunto de códigos e símbolos compartilhados”, configurando-se como um modo de vida específico (RATTS, 2004, p. 85). Historicamente, tem sido uma estratégia econômica importante, especialmente para mulheres negras, gerando renda familiar e preservando saberes. Nos últimos anos, grupos marginalizados pelas narrativas coloniais têm buscado formas de recontar suas próprias histórias e reafirmar seus espaços de pertencimento. Isso tem dado destaque à dimensão espacial dos fenômenos socioculturais, que desafiam as realidades impostas por poderes hegemônicos, que freqüentemente tratam os saberes tradicionais como mercadorias. Nesse contexto, metodologias colaborativas e afetivas, como mapeamentos e cartografias sociais, têm sido utilizadas como ferramentas de luta para valorizar essas práticas. A pesquisa em questão, que ainda está em andamento, utiliza a minha experiência como trancista, bem como a de outras trancistas para identificar as características desse ofício como saber tradicional. Esse saber constitui uma importante referência sociocultural para os territórios negros, necessitando de políticas de reparação e salvaguarda para suas detentoras. Sendo assim, utilizo a minha linhagem materna de trançadeiras que atravessam três territórios: o Quilombo de Damásio, o Quilombo Urbano da Liberdade, no Maranhão, e Santa Maria, no Distrito Federal. Esses territórios, marcados por migrações, formam um corpo-território com discursos próprios, reforçando a ideia de que “os mapas são sempre um ato ou uma declaração política” (HARLEY, 2009, s/p.) em defesa dos nossos territórios. Referências HARLEY, John Brian, Mapas, saber e poder, Confins [Online], v. 5, 2009, Disponível em: http://confins.revues.org/5724, Acesso em 22 agosto. 2024. RATTS, Alex. As etnias e os outros: as espacialidades dos encontros/confrontos. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro: UERJ, N. 17-18, jan/dez, 2004, pp. 77.88. Disponível em: . Acesso em: 11 agosto. 2024

Título do Evento: 1º Seminário Internacional "Meu Corpo é Terra Território" e 5ª Mostra ObservaCampos "Territórios em Retomada"
Título dos Anais do Evento: Anais do Seminário Internacional Meu Corpo é Terra Território e Mostra ObservaCampos Territórios em Retomada
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SILVA, LAYLA MARYZANDRA COSTA. PARA ALÉM DAS TRANÇAS, UM MAPA.. In: Anais do Seminário Internacional Meu Corpo é Terra Território e Mostra ObservaCampos Territórios em Retomada. Anais...São Francisco de Paula(RS) UERGS HORTÊNSIAS, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/meu-corpo-e-terra-territorio/981593-PARA-ALEM-DAS-TRANCAS-UM-MAPA. Acesso em: 09/06/2025