MÚSICA, CULTURA E ANCESTRALIDADE: A RITMIZAÇÃO DENTRO DA AFRORELIGIOSIDADE

Publicado em 09/05/2025 - ISBN: 978-65-272-1340-6

Título do Trabalho
MÚSICA, CULTURA E ANCESTRALIDADE: A RITMIZAÇÃO DENTRO DA AFRORELIGIOSIDADE
Autores
  • João Vitor dos Santos Ramos
  • Fernanda Siqueira de Azevedo
  • Tais Carolaine Souza Almeida
  • THAIS OLIVEIRA COTRIM
  • Daniele de Brito Trindade
Modalidade
Resumo Simples
Área temática
Interdisciplinar
Data de Publicação
09/05/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/imepexbio2025/1097160-musica-cultura-e-ancestralidade--a-ritmizacao-dentro-da-afroreligiosidade
ISBN
978-65-272-1340-6
Palavras-Chave
Afroreligiosidade, Musicalidade, Resistência.
Resumo
A música e as religiões de matriz africana desempenham papéis fundamentais na preservação e transmissão da cultura afro-brasileira. Manifestações artísticas, como o samba, a capoeira e o jongo, se entrelaçam com o sagrado, sendo expressões da resistência à opressão histórica que o povo negro enfrentou no Brasil. Desde o carnaval até os ritmos contemporâneos, a música tem sido uma ferramenta poderosa para exaltar e preservar a ancestralidade africana. O objetivo desta pesquisa é analisar as relações entre música, cultura e ancestralidade nas religiões de matriz africana, destacando como a musicalidade desempenha um papel fundamental na preservação e transmissão dos saberes tradicionais. A pesquisa busca compreender a influência da música nas práticas religiosas do Candomblé e da Umbanda, bem como sua inserção na Música Popular Brasileira (MPB), evidenciando de que forma esses ritmos sagrados fortalecem a identidade cultural Afro-brasileira e perpetuam a memória ancestral. Além disso, pretende-se demonstrar como os instrumentos e cânticos utilizados nos terreiros contribuem para a resistência e valorização das tradições afro-religiosas ao longo do tempo. Os instrumentos musicais do Candomblé, como atabaques, agogôs e xequerês, desempenharam um papel essencial na fusão entre a música religiosa e a MPB. Os atabaques, fundamentais nos rituais afro-religiosos, foram incorporados ao samba, ao ijexá e à MPB, enriquecendo ritmos com sua cadência ancestral. O agogô, com seu som metálico característico, influenciou a percussão do samba e do axé, enquanto o xequerê, com suas contas vibrantes, trouxe texturas sonoras que ecoam a musicalidade dos terreiros. Essa influência ajudou a consolidar a presença da cultura afro-brasileira na música nacional, preservando suas raízes e tradições. Ao longo das décadas, a MPB também se fez eco das influências das religiões de matriz africana. Vinícius de Moraes e Baden Powell, nos anos 60, trouxeram para o cenário da Bossa Nova canções dedicadas aos orixás, como “Canto de Xangô” e “Canto de Ossanha”, que permitiram a presença do Candomblé nas rádios brasileiras e nas salas da elite carioca. Jorge Ben Jor, com "Mas que nada", incorporou elementos das religiões de matriz africana, incluindo saudações aos orixás como Obá, em um dos maiores sucessos da música brasileira. Na década de 70, durante o período da ditadura militar, Clara Nunes se destacou ao cantar sobre as divindades africanas, especialmente Iemanjá, com músicas como "Mar Serenou" e "Deusa dos Orixás". Essa presença de elementos da afroreligiosidade nas músicas populares ajudou a reforçar a identidade cultural negra no Brasil. Artistas contemporâneos, como Luedji Luna, MC Tha e Xênia França, continuam esse legado, misturando os ritmos tradicionais com as sonoridades do pop, axé e funk, garantindo que a ancestralidade africana se mantenha viva na cultura popular. A música e a religiosidade de matriz africana expressam a ancestralidade e a resistência cultural do povo negro no Brasil. Dos terreiros à música popular, ritmos, instrumentos e mensagens espirituais preservam tradições afro-brasileiras. A influência dessas religiões na MPB, no samba e na capoeira evidencia seu impacto na identidade nacional, tornando essencial valorizar essa interseção para combater o apagamento histórico e fortalecer a representatividade afro-brasileira.
Título do Evento
I MEPEX BIO
Cidade do Evento
Guanambi
Título dos Anais do Evento
Anais MEPEX BIO: Mostra Científica de Ensino, Pesquisa e Extensão do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RAMOS, João Vitor dos Santos et al.. MÚSICA, CULTURA E ANCESTRALIDADE: A RITMIZAÇÃO DENTRO DA AFRORELIGIOSIDADE.. In: Anais MEPEX BIO: Mostra Científica de Ensino, Pesquisa e Extensão do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Anais...Guanambi(BA) IFBAIANO Campus Guanambi, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/imepexbio2025/1097160-MUSICA-CULTURA-E-ANCESTRALIDADE--A-RITMIZACAO-DENTRO-DA-AFRORELIGIOSIDADE. Acesso em: 22/07/2025

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