O Encontro Maranhense sobre Educação, Mulheres e Relações de Gênero no Cotidiano Escolar (EMEMCE), e o Simpósio Maranhense de Pesquisadoras(es) sobre Mulher, Relações de Gênero e Educação (SIMPERGEN) são frutos da atuação acadêmica do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Educação, Mulheres e Relações de Gênero (GEMGe), do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
O GEMGe iniciou suas atividades, em 15 de fevereiro de 2002, com apoio do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre Mulher, Cidadania e Relações de Gênero (NIEPEM), afiliado a Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre Mulher e Relações de Gênero (REDOR). A partir de 2003, o GEMGe tem realizado, regular e bianualmente, o EMEMCE e o SIMPERGEN, conforme o quadro abaixo, e, neste ano de 2023, completa sua IX edição.
EMEMCE SIMPERGEN |
TEMA |
ANO |
I |
Memória de mulheres professoras |
2003 |
II |
Territorialidade e cultura escolar |
2009 |
III |
Masculinidades nas relações de gênero no
espaço escolar |
2011 |
IV |
Diversas faces da violência contra a mulher
no cotidiano escolar |
2013 |
V |
Intergeracionalidade, gênero e educação |
2015 |
VI |
A mulher afrodescendente no cotidiano
escolar |
2017 |
VII |
Feminismos nos espaços educativos |
2019 |
VIII |
Mulher e educação nos espaços alternativos |
2021 |
Fonte: GEMGe (2023).
Desde 2011, as edições passaram a ter abrangência
internacional com a participação da Universidade Aberta de Lisboa e da
Universidad Complutense/Madrid.
Em todos os oito eventos foi outorgada a Medalha “Professora Laura Rosa” em reconhecimento às mulheres professoras por suas atuações no magistério e na constituição da história das mulheres, sobretudo, na política educacional maranhense. Nesta edição de 2023 serão homenageadas mulheres professoras latino-americanas que trabalham ou trabalharam na Universidade Federal do Maranhão, na Cidade Universitária Dom Delgado.
HISTORIA DE LOS EMEMCEs
El Encuentro en Maranhão sobre Educación, Mujeres y Relaciones de Género en la Vida Escolar Cotidiana (EMEMCE) y el Simposio en Maranhão de Investigadores sobre Mujeres, Relaciones de Género y Educación (SIMPERGEN) son el resultado del trabajo académico del Grupo de Estudio e Investigación sobre Educación, Mujeres y Relaciones de Género (GEMGe) del Programa de Posgrado en Educación (PPGE) de la Universidad Federal de Maranhão (UFMA).
El GEMGe inició sus actividades el 15 de febrero de 2002 con el apoyo del Centro Interdisciplinario de Estudios e Investigaciones sobre las Mujeres, la Ciudadanía y las Relaciones de Género (NIEPEM), afiliado a la Red Feminista del Norte y Nordeste de Estudios e Investigaciones sobre las Mujeres y las Relaciones de Género (REDOR). Desde 2003, el GEMGe organiza EMEMCE y SIMPERGEN de forma periódica y bianual, como se muestra en el cuadro a continuación, y este año, 2023, celebrará su IX edición.
EMEMCE SIMPERGEN |
TEMA |
ANO |
I |
Recuerdos de maestras |
2003 |
II |
Territorialidad y cultura
escolar |
2009 |
III |
Masculinidades en las
relaciones de género en la escuela |
2011 |
IV |
Diversas faces da violência
contra a mulher no cotidiano escolar |
2013 |
V |
Intergeneracionalidad, género
y educación |
2015 |
VI |
Mujeres afrodescendientes en
la vida escolar cotidiana |
2017 |
VII |
Feminismos en los espacios
educativos |
2019 |
VIII |
Mujeres y educación en
espacios alternativos |
2021 |
Fonte: GEMGe (2023).
Desde 2011, las ediciones se han internacionalizado con la participación de la Universidade Abierta de Lisboa y la Universidad Complutense/Madrid.
En los ocho eventos se concedió la Medalla "Profesora Laura Rosa" en reconocimiento a las profesoras por su labor en la enseñanza y en la configuración de la historia de las mujeres, especialmente en la política educativa de Maranhão. Esta edición de 2023 honrará a las profesoras latinoamericanas que trabajan o han trabajado en la Universidad Federal de Maranhão, en la Ciudad Universitaria Dom Delgado.
IX EMEMCE e IX SINPERGEN
Para a realização do IX
EMEMCE e do IX SINPERGEN partimos do reconhecimento de que somos América Latina,
apesar de pouco assim nos reconhecermos. A expressão “América” foi inicialmente
usada em 1507, por Martin Waldseemüller (1475-1520), baseado na crença errônea de
haver sido descoberto o “Novo Mundo” por Américo Vespúcio (1451-1512). E
o termo “América Latina”, foi utilizado pela primeira vez pelo filósofo chileno
Francisco Bilbao (1823-1865), em 1856. Mas, desde 2004, a expressão Abya Yala,
na língua do povo Kuna, que significa "Terra Madura", "Terra Viva" ou "Terra em Florescimento",
vem sendo usada como uma autodesignação dos povos originários do continente,
como contraponto à América.
Este vasto território foi
dividido pelo acordo internacional feito entre espanhóis e portugueses,
assinado em Tordesilhas, na Espanha, no ano de 1494, e extinto em 1750. E no
processo de dominação e colonização a que os povos originários foram submetidos
estavam inseridas as mulheres, a quem também foi imposto o patriarcado, o
machismo e o marianismo. As lutas e as insurreições, ocorridas ao longo da
história, tiveram a participação de mulheres com audácia e resistência.
E nas lutas das mulheres
latino-americanas foram incluídas: a conquista dos espaços públicos, dos seus
direitos políticos e à educação. Do protagonismo de mulheres como a Sor Juana
Inés de La Cruz (1651-1695), freira mexicana, considerada a primeira feminista
das Américas e Nísia Floresta (1810-1885) considerada a primeira feminista
brasileira, chegamos a mais de meio século de Feminismo na América Latina.
Hoje, as mulheres
latino-americanas são a maioria da população e atuam na ciência, na tecnologia,
na arte e na educação, mas a historiografia latino-americana não lhes faz
referência, assim como a outros grupos de excluídos da história. E é inegável o apagamento das mulheres, se
entrecruzando com a discriminação socioeconômica e racial, visto que a América
Latina é multirracial.
Assim sendo, o GEMGe, por meio do IX EMEMCE e IX SINPERGEN, pretende dar visibilidade às mulheres latino-americanas, suas percepções na ciência, na tecnologia e na educação. Para tanto, os dois eventos visam divulgar as produções das mulheres latino-americanas nas áreas artísticas, científicas e tecnológicas e quanto às temáticas relativas ao seu ser mulher; evidenciar as atuações femininas na história e na educação na América Latina; e discutir sobre matizes étnico-religiosos latino-americanos nos estudos feministas.
IX EMEMCE e IX SINPERGEN
Para la IX EMEMCE y la IX
SINPERGENIA partimos del reconocimiento de que somos América Latina, aunque
difícilmente nos reconozcamos así. El término "América" fue utilizado
por primera vez en 1507,por Martin Waldseemüller (1475-1520), basándose en la
creencia errónea de que el "Nuevo Mundo" había sido descubierto por
Américo Vespucio (1451-1512). Y el término "América Latina" fue
utilizado por primera vez por el filósofo chileno Francisco Bilbao (1823-1865), en 1856. Pero desde 2004, la expresión Abya Yala, en la lengua del pueblo Kuna,
que significa "Tierra Madura", "Tierra Viva" o "Tierra Floreciente", ha sido
utilizada como autodenominación por los pueblos originarios del continente,
como contrapunto a América.
Este vasto territorio fue
repartido por el acuerdo internacional entre españoles y portugueses, firmado
en Tordesillas, España, en 1494, y anulado en 1750. El proceso de dominación y
colonización al que fueron sometidos los pueblos originarios incluyó a las
mujeres, que también fueron sometidas al patriarcado, al machismo y al
marianismo. En las luchas e insurrecciones que han tenido lugar a lo largo de
la historia han participado mujeres con audacia y resistencia.
Y las luchas de las mujeres
latinoamericanas incluyeron la conquista de los espacios públicos, sus derechos
políticos y la educación. A partir del protagonismo de mujeres como Sor Juana
Inés de La Cruz (1651-1695), monja mexicana, considerada la primera feminista
de América, y Nísia Floresta (1810-1885), considerada la primera feminista
brasileña, hemos llegado a más de medio siglo de Feminismo en América Latina.
Hoy en día, las mujeres
latinoamericanas constituyen la mayoría de la población y participan
activamente en la ciencia, la tecnología, el arte y la educación, pero la
historiografía latinoamericana no hace referencia a ellas ni a otros grupos
excluidos de la historia. Y es innegable
el borrado de las mujeres, que se cruza con la discriminación socioeconómica y
racial, dado que América Latina es multirracial.
Así, a través de la IX
EMEMCE y la IX SINPERGEN, el GEMGe pretende dar visibilidad a las mujeres
latinoamericanas y a sus percepciones en la ciencia, la tecnología y la
educación. Para ello, los dos eventos pretenden dar a conocer las producciones
de las mujeres latinoamericanas en los ámbitos artístico, científico y
tecnológico, así como las cuestiones relacionadas con su condición de mujeres;
destacar el papel de la mujer en la historia y la educación en América Latina;
y debatir los matices étnico-religiosos latinoamericanos en los estudios
feministas.