1. TECNOLOGIA SOCIAL E ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS PARA O CAMPO
Ministrantes: Felipe Addor (UFRJ) e Victor Marques (IFRN)
RESUMO Esse minicurso pretende trazer uma reflexão sobre a necessidade de se pensar um novo arcabouço tecnológico para o meio rural brasileiro. A partir de um resgate histórico da disputa de projetos, apresentaremos um debate sobre disputa do modelo tecnológico que se apresenta nas formas de vida e produção para o trabalhador e a trabalhadora rural. Trabalharemos os princípios da Tecnologia Social e de como essa perspectiva pode servir para ajudar a pensar uma nova prática que pense a tecnologia a partir das demandas locais e da cultura do território, propiciando maior autonomia e apropriação tecnológica por parte dos trabalhadores e das trabalhadoras. Serão apresentadas experiências que vêm sendo desenvolvidas em parceria com movimentos sociais e com camponeses e camponesas e que buscam consolidar essa perspectiva tecnológica alternativa. A metodologia do minicurso será com base em apresentação por parte dos facilitadores seguida de debate com os/as participantes. Esperamos promover uma reflexão sobre a necessidade de se traçar novos caminhos tecnológicos para o campo, de forma que a ciência e a tecnologia deixem de servir como ferramentas de exploração e passem a se tornar ferramentas de emancipação e de garantia da qualidade de vida e trabalho dos camponeses e das camponesas.
2. INICIAÇÃO À PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Ministrante: Dra. Maria Cristina Rocha Barreto (UERN)
RESUMO Neste minicurso vamos conversar e procurar desmistificar este conjunto de atividades que é, no senso comum, atribuído apenas a cientistas fechados em um laboratório. Assim, procuraremos discutir o que é fazer pesquisa, quais as práticas que devemos adotar para ser um pesquisador e como escolher um tema e ter ideias para começar. Finalmente, vamos apresentar algumas das metodologias utilizadas mais frequentemente e de forma ampla na pesquisa em Ciências Sociais.
3. A EDUCAÇÃO POPULAR NO DIÁLOGO COM OS ARQUIVOS DE MEMÓRIA DA HISTÓRIA LOCAL DO TERRITÓRIO DO CAMPO
Ministrantes: Gildivan Francisco das Neves (UFPB) e Patrícia Cristina de Aragão (UEPB)
RESUMO Considerando o campo como um território de múltiplos saberes e, historicamente, marcado pela realização de diversos movimentos sociais, protagonizados por homens e mulheres com trajetórias e experiências de vidas diferenciadas, em que no contexto destas ações coletivas se apresentam como guardiões, acervos das memórias, misticas, simbologias e narrativas, o presente minicurso se propõe a discutir os participantes dos movimentos sociais como arquivos de memórias, pois estes nos fornecem indícios para, na perspectiva da Educação Popular, pensar uma história local do território do campo. Para tanto, nossa proposta, metodologicamente, será alicerçada na realização de debates, tomando como referência a trajetória de vida de participantes de movimentos sociais e referências bibliográficas que versam sobre memória, história local e Educação Popular. Como resultado, esperamos que as discussões que serão tecidas sobre os arquivos de memórias, representados em homens e mulheres partícipes dos movimentos sociais, possam contribuir, no contexto da Educação do Campo, nos princípios da Educação Popular, para uma educação socialmente referenciada nas práticas e saberes deste território, numa perspectiva da dialogicidade.
4. PRÁTICAS DE MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA EM OLIMPÍADA EM CIÊNCIAS HUMANAS
Ministrante: Prof. Me. Robson Campanerut (IFCE) e Prof. Me. Zilfran Varela Fontenele (IFCE)
RESUMO: O minicurso será pautado na troca de experiências em mediação pedagógica em Olimpíadas de Ciências Humanas, a partir do modelo da Olimpíada de Ciências Humanas do Estado do Ceará (OCHE Ceará) e da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB). O uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) fez desdobrar o uso de metodologias ativas e inovadoras para a aprendizagem no contexto híbrido. Para este trabalho, dialogamos com autores que abordam TDICs (FONTENELE e COSTA Jr., 2020; SILVA e CAMARGO, 2015; RODRÍGUEZ, ALMERICH, LÓPEZ y ALIAGA, 2013; PAIS, 2008; KENSKI, 2007); e metodologias ativas (MORAN, 2018, 2019; DIESEL, BALDEZ e MARTINS, 2017; BERBEL, 2011). Deve-se observar que os princípios pedagógicos são pautados na aprendizagem colaborativa (TORRES; IRALA,2004) e na gamificação do ensino (BUSARELLO, 2016; FARDO, 2013; KAPP, 2012). O professor, como mediador dos conteúdos abordados, se verterá no desenvolvimento das condições dinâmicas de aprendizagem. O objetivo geral do minicurso é capacitar professores para o desenvolvimento de uma educação colaborativa; e os objetivos específicos são: estimular os participantes em abordar a aprendizagem centrada no aluno; experienciar a Aprendizagem Baseadas em Projetos (ABP) e Investigação em Grupos; e desenvolver dinâmicas de aprendizagem digitais e/ou híbridas.
5. OFICINA DE TUPI - UM POUCO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA DO CATU, POVO POTIGUARA
Ministrante: Meyriane Oliveira (Potiguara)
RESUMO: O objetivo da oficina é a valorização dos saberes dos troncos antigos quanto à língua; suas falas a partir de códigos próprios de uma época em que foi proibido falar sua língua nativa. Hoje faz -se necessário a reparação e o direito de se expressar como fator de memória e retorno ao povo brasileiro. É contar a partir de nós mesmos e não mais ter a história apagada pois justamente isso que fizeram com os habitantes de toda costa brasileira a fim de que a dominação começasse pelo corte da língua brasílica dos primeiros dois séculos do período colonial. Possuidora de uma literatura de mais de quatrocentos anos, o tupi é sem dúvida a expressão máxima de povo nativo do Brasil onde se evidencia registros falantes de nossos costumes e tradições comuns a todo povo brasileiro.
6. PRODUÇÃO DE GALINHA CAIPIRA NA VISÃO AGROECOLÓGICA
Ministrante: Andréia Maria da Silva (IFRN) e Paloma de Matos Macchi (IFRN)
RESUMO: A produção de aves caipiras é uma fonte de renda
para muitas famílias que vivem em zona rural, assim como uma fonte de alimento,
podendo ser produzida tanto a carne como ovos. Nesse contexto a aplicação de um
manejo correto associada a práticas agroecológicas podem aumentar a
produtividade e melhorar o bem-estar animal. Logo durante esse minicurso, serão
abordados, manejo nutricional, sanitário e bem-estar animal, no intuito de
mostrar técnicas simples de manejo que podem ser de grande serventia para os pequenos
produtores rurais, favorecendo a produtividade e consequentemente a melhoria de
renda. Assim é esperado que o minicurso leve conhecimento, e faça os produtores
refletir sobre quais manejos precisam ser melhorados.
7. A GESTÃO AMBIENTAL NO PODER PÚBLICO
Ministrante: Gabriella Minora (IFRN)
RESUMO: O artigo 225 da Constituição Federal de 1988 estabelece que todos nós temos direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e que é obrigação de todos zelar por isso. A Gestão Ambiental no setor público é um conjunto de ações pautadas em diretrizes e normas ambientais que visam a melhoria das condições ambientais, assim como a sensibilização da população de que se constituem atores fundamentais na promoção da qualidade ambiental e consequentemente, na melhoria de sua própria condição de vida. Nesse sentido, este minicurso tem como objetivo demostrar de forma didática as atribuições de um Gestor Ambiental no setor público, assim como os desafios enfrentados atualmente por esses profissionais. O minicurso abordará a teoria e a prática da atividade de um Gestor Ambiental em uma prefeitura municipal e espera-se que os participantes possam apreender a importância do trabalho em conjunto entre o setor público e a sociedade civil para a eficiência das políticas públicas ambientais.
8. A ETNOMATEMÁTICA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA CRÍTICO
Ministrante: Dra. Maria Alves de Azerêdo (UFPB)
RESUMO:
A etnomatemática envolve um campo de investigação sobre práticas matemáticas
para além da Matemática escolar. Ela surge na perspectiva de resgate e
valorização de diferentes modos de fazer e de compreender matemática,
contribuindo para uma perspectiva crítica e inclusiva em seu ensino. No Brasil,
pesquisas realizadas com comunidades indígenas, ou mesmo com comunidades rurais
constatam uma diversidade na forma de raciocínio matemático para medir e contar
que ainda vem sendo desconsiderado pela escola formal. Assim, essa abordagem
engloba fundamentos teóricos que ajudam a compreender a cisão entre a
matemática escolar e a vida dos alunos e suas histórias. Nosso objetivo é
proporcionar uma abordagem inicial sobre esse campo, situando pesquisas que se
propõem a articulação desses conhecimentos com a matemática escolar. A
metodologia de abordagem qualitativa, terá a problematização e o diálogo como
base, bem como a utilização de recursos digitais para intermediar esse
processo. Espera-se contribuir com reflexões críticas sobre o ensino de
Matemática na escola, sobre a importância e valorização de conhecimentos
matemáticos de diferentes grupos culturais, mas principalmente sobre a
necessária articulação desse campo de investigação às escolas públicas, cuja
função é promover acesso e apropriação do conhecimento.