PRIVAÇÃO DO SONO: CONSEQUÊNCIAS NO ORGANISMO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

Publicado em 30/09/2024 - ISBN: 978-65-272-0746-7

Título do Trabalho
PRIVAÇÃO DO SONO: CONSEQUÊNCIAS NO ORGANISMO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Autores
  • Graciela Alessandra Rait Denardi
  • Taís Oliveira
  • Graciela de Brum Palmeiras
  • Fernanda Ceolin Teló
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
Eixo 1 – Cuidado na Prática de Enfermagem
Data de Publicação
30/09/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xxxi-semana-academica-de-enfermagem-upf-enfermagem-em-movimento-rumo-a-excelencia-inovacao-e-bem-estar-451886/845988-privacao-do-sono--consequencias-no-organismo-de-profissionais-de-enfermagem
ISBN
978-65-272-0746-7
Palavras-Chave
Trabalho Noturno; Enfermagem; Sono.
Resumo
Introdução: A enfermagem é essencial e indispensável no cuidado do paciente durante as 24 horas do dia, porém as equipes da noite, fazendo na maioria das vezes 12 horas de trabalho, por ser uma jornada de trabalho mais longa. O fato dessa atividade ocorrer à noite e muitas vezes com equipes reduzidas, esse trabalho se torna exaustivo, causando alterações significativas no sono, nas funções fisiológicas, o que pode reduzir a qualidade da assistência prestada, o que propicia à erros e/ou falhas na assistência. Sendo assim, profissionais de enfermagem que trabalham no período noturno passam pela privação do sono, tendo seu período de descanso no turno diurno, com horas de sono reduzidas, fazendo com que o organismo se adapte à essa mudança, o que pode gerar prejuízos à saúde. Segundo CATTANI et al. (2021), o trabalho no turno noturno pode impossibilitar a reposição adequada das horas de sono perdidas, considerando que o sono é uma necessidade fundamental para o relaxamento do corpo e restauração física. Objetivo: Identificar as consequências da privação do sono na saúde de profissionais noturnos de enfermagem. Método: Para a realização deste estudo, optou-se por uma revisão integrativa da literatura, que tem por finalidade reunir, analisar e sintetizar os resultados de pesquisas, de forma sistemática e ordenada, buscando desenvolver um conhecimento ampliado e aprofundado dos assuntos abordados (GIL, 2010). Para a realização da revisão integrativa foram seguidas seis etapas distintas tendo como referencial os estudiosos desse método: a) identificação do tema e elaboração da questão norteadora do estudo; b) estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos (busca na literatura); c) definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados (categorização dos estudos); d) avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; e) interpretação dos resultados e f) apresentação da revisão (síntese do conhecimento) (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). Foi consultado o Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico, entre os meses de agosto e outubro de 2023, sendo consideradas as dez primeiras páginas no Google Acadêmico. Os artigos selecionados obedeceram aos critérios de inclusão: estar disponível online para leitura na íntegra, em língua portuguesa, ter sido publicado no período pré-estabelecido (2018 a 2023), responder à questão norteadora e estar em conformidade com o tema e objetivo do estudo. Os critérios de exclusão foram: artigos que não abordavam o tema, que só disponibilizavam o resumo, estudos que não eram gratuitos, aqueles repetidos em mais de uma base de dados foram contabilizados como apenas um, além de teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso, capítulos de livros, trabalhos apresentados em congressos e artigos de revisão de literatura. Resultados e Discussão: Após avaliar os achados da revisão de literatura foram elencadas seis publicações que atendiam a todos os critérios de inclusão, passando então para avaliação e discussão dos mesmos. Dentre os seis artigos selecionados para compor esta revisão, três foram encontrados no Portal Regional da BVS (A 1, A 2 e A 3) e três no Google Acadêmico (A 4, A 5 e A 6). Os anos que mais prevaleceram foram o de 2018, com dois artigos publicados (A 3 e A 5), e o ano de 2022 com dois artigos publicados (A 4 e A 6). Seguido de 2021, com um artigo publicado (A 1) e 2019, com um artigo publicado (A 2). Os tipos de estudos mais encontrados foram estudo transversal (A 1, A 4 e A 6), estudos quantitativos, exploratório, descritivo (A 2, A 3) e estudo exploratório, descritivo, qualitativo (A5). Esses estudos foram realizados com profissionais de enfermagem, em instituições públicas de saúde nos estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. O trabalho noturno pode impossibilitar a reposição adequada das horas de sono perdidas, considerando que dormir é uma necessidade fundamental para o relaxamento do corpo e restauração física (CATTANI, et al. 2021). O trabalho de enfermagem requer alto grau de atenção, concentração, destreza e responsabilidade que, somado ao turno noturno, às longas jornadas e à qualidade do sono ruim, pode repercutir em prejuízo na saúde. Ao investigar os danos à saúde neste grupo de trabalhadores, identificou-se avaliação crítica para danos físicos, o que indica sofrimento no trabalho e sinaliza estado de alerta (CATTANI, et al. 2021). A confirmação desse achado foi identificada no A1 que a exaustão pode favorecer o adoecimento físico. Nos artigos (A 1, A 2, A 5 e A 6) foram encontrados nos trabalhadores noturnos, predomínio de sono ruim, distúrbios metabólicos, distúrbios gastrointestinais e aumento do peso corporal. O aumento de peso foi identificado também no A 5 e A 6 como efeito fisiológico em decorrência do trabalho noturno. No artigo (A 4) foi utilizado para mensurar a qualidade do sono, o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, versão validada em português do Brasil (PSQI-BR). Foi evidenciado no A4 e A6, predomínio de trabalhadores do sexo feminino, e predominância de qualidade de sono ruim associada à sintomas de saúde como: ganho de peso, irritabilidade, dificuldade de concentração, cefaleia, labilidade de humor, flatulência ou distensão abdominal. Outro dado importante que o A 4 mostra está relacionado à concentração, atenção e memória que são importantes no processo do trabalho da enfermagem e podem estar prejudicados devido às alterações do sono, sobrecarregando o trabalho mental e aumentando o estresse. Esses fatores juntamente com uma carga horária e não recuperação do sono contribuem para o adoecimento psicológico dos trabalhadores noturnos. Esses dados sinalizam que o trabalho realizado no turno noturno afeta a qualidade do sono e potencializa o adoecimento físico, social e psicológico dos trabalhadores de enfermagem (CATTANI, et al. 2022). No artigo A 3 foi observado a sonolência diurna excessiva em profissionais da enfermagem que trabalham em unidades de terapia intensiva, principalmente os técnicos de enfermagem e os profissionais que apresentavam sobrepeso, podendo indicar uma vulnerabilidade profissional relacionada aos riscos ocupacionais em que esta categoria está exposta. No artigo (A 5) foi constatado que os trabalhadores noturnos de enfermagem apresentam dificuldades para dormir durante o dia, com sono mais curto e não reparador, afetando assim a saúde do trabalhador, pois o mesmo encontra-se sempre cansado, indisposto para realizar as atividades diurnas diárias, apresentando desgaste físico e mental, estresse, sensação de fraqueza no corpo e dores na coluna. Isso ocorre em decorrência de que estão trabalhando em horário que as funções orgânicas se encontram diminuídas. A6 identificou, além da prevalência da qualidade do sono ruim, sonolência diurna excessiva e ganho de peso como já descrito e distúrbios de apetite. Insônia e sensação de depressão ou infelicidade foram identificadas associados a má qualidade do sono. Conclusão: Conclui-se através desta revisão integrativa de literatura que, a privação de sono em profissionais de enfermagem que desempenham suas funções durante o turno noturno resulta em inúmeros prejuízos à saúde desses profissionais. Foi evidenciado sonolência diurna excessiva, qualidade do sono ruim, adoecimento psicológico, labilidade de humor, estresse, exaustão, dores na coluna, fraqueza no corpo, aumento do peso corporal, irritabilidade, dificuldade de concentração, cefaléia, distúrbios metabólicos e gastrointestinais, o que impacta na saúde física, psicológica e social desses trabalhadores.
Título do Evento
XXXI SEMANA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM UPF - Enfermagem em Movimento: Rumo à Excelência, Inovação e Bem-Estar
Cidade do Evento
Passo Fundo
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Acadêmica de Enfermagem e Mostra de Trabalhos Científicos: Enfermagem movimento - Rumo à excelência, inovação e bem-estar
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

DENARDI, Graciela Alessandra Rait et al.. PRIVAÇÃO DO SONO: CONSEQUÊNCIAS NO ORGANISMO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM.. In: Anais da Semana Acadêmica de Enfermagem e Mostra de Trabalhos Científicos: Enfermagem movimento - Rumo à excelência, inovação e bem-estar. Anais...Passo Fundo(RS) UPF, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xxxi-semana-academica-de-enfermagem-upf-enfermagem-em-movimento-rumo-a-excelencia-inovacao-e-bem-estar-451886/845988-PRIVACAO-DO-SONO--CONSEQUENCIAS-NO-ORGANISMO-DE-PROFISSIONAIS-DE-ENFERMAGEM. Acesso em: 16/07/2025

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