PAISAGEM SENSORIAL

Raphaela Martins Bera

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Trabalho

Título do Trabalho

PAISAGEM SENSORIAL

Autores

Raphaela Martins Bera

Modalidade

Resumo

Área temática

Geografia Humana

Data de Publicação

30/10/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/xx-semana-de-geografia-fcte-458956/855898-paisagem-sensorial

ISBN

978-65-272-0800-6

Palavras-Chave

Geografia, paisagem, percepção

Resumo

ntrodução: Dentre conceito múlti complexos e rótulos datados, a paisagem se perde, alienados pela sistematização do poder do capitalismo, produzindo dicotomias, líderes ou o padrão do proprietário, todavia, em proporções maiores, evoluindo a cada ciclo, que consequentemente amplia a segregação , seja ela política, econômica e social, em escala macro e micro. A geografia da percepção visa um indivíduo ativo, cujas experiências singulares moldam não só a realidade inserida, mas também sua forma de captar o espaço, por meio dos sentidos a paisagem é incorporada através de estímulos, a percepção e os sentidos. O presente resumo explora não somente a evolução conceitual, que destaca as contribuições referenciais que analisam e abrangem a percepção sensorial na compreensão da paisagem e os reflexos nas dinâmicas socioeconômicas e a configuração espacial. A retomada da percepção de modo que os sentidos absorvidos, geram paisagens individuais, fenomenologicamente o indivíduo constrói o espaço a partir de experiências singulares. Objetivos: ? Analisar como diferentes autores contribuíram para a transformação do conceito de paisagem. ? Explorar a importância da percepção sensorial e da temporalidade na análise geográfica. ? Discutir a relevância das interações entre os componentes físicos, biológicos e humanos na configuração da paisagem. Metodologia: Para alcançar os objetivos propostos, uma revisão bibliográfica de obras e teorias dos autores mencionados, incluindo a análise de textos acadêmicos, artigos e livros que discutem a evolução do conceito de paisagem na geografia, assim como a integração das perspectivas sensoriais. A abordagem metodológica qualitativa, foca na interpretação crítica e na síntese das ideias apresentadas pelos autores estudados e a contribuição no conceito de paisagem pela lente da fenomenologia. Resultados: Georges Bertrand (2004) retrata a paisagem como não estática, um produto da interação de elementos, formando sistemas dinâmicos, relações que afetam a configuração paisagística, sistema em constante evolução, onde os elementos interagem de modo dialético. Consequentemente, as integrações resultam num conjunto singular para cada indivíduo, onde mudanças em um aspecto alteram decorrências significativas: A paisagem não é a simples adição de elementos geográficos disparatados. É, em uma determinada porção do espaço, o resultado da combinação dinâmica, portanto instável, de elementos físicos, biológicos e antropológicos que, reagindo dialeticamente uns sobre os outros, fazem da paisagem um conjunto único e indissociável, em perpétua evolução (Bertrand, 2004, p. 141). A filosofia fenomenológica de Merleau-Ponty oferece uma perspectiva única sobre a percepção e construção da paisagem, focado na experiência sensorial como a relação entre indivíduo e mundo, influenciando a forma como percebemos e interpretamos a paisagem, de modo multissensorial e corpóreo, envolvendo todos os sentidos e nossa própria corporeidade. Neste prospecto, a experiência sensorial na construção do espaço geográfico e na nossa compreensão da paisagem: No início da experiência, o campo visual parece ao mesmo tempo invertido e irreal porque o sujeito não vive nele e não está às voltas com ele. No decorrer da experiência, constata-se uma fase intermediária em que o corpo tátil parece invertido e a paisagem direita porque, já vivendo na paisagem, eu percebo por isso mesmo como direita, e porque a perturbação experimental é atribuída ao corpo próprio que é preciso ter para perceber um espetáculo dado. Tudo nos reenvia às relações orgânicas entre o sujeito e o espaço, a esse poder do sujeito sobre seu mundo que é a origem do espaço (Merleau-Ponty, 2018, p. 338). O compilado literário selecionado será ampliado ao longo da pesquisa, visando aprofundamento e novas perspectivas, os sentidos e sua participação na construção das paisagens. Todavia, ao abordar os cinco sentidos humanos (a visão, o olfato, o paladar, a audição e o tato) não citamos a fala, a emissão de som do indivíduo que demonstra suas particularidades são negligenciados. Dessa forma, os resultados têm como objetivo valorizar a língua, a linguística e a própria fala e a linguística relacionada ao espaço, a fim de ampliar a reflexão e a compreensão da paisagem e tudo que a compõem. Conclusão: Portanto, as paisagens sensoriais transbordam significados culturais resultantes de reflexos identitários da história, sequência de experiências sensoriais que a percepção molda a tradição e a suas múltiplas ramificações e adaptações. Sons característicos, aromas específicos e texturas únicas podem evocar memórias e fortalecer a identidade cultural de um espaço, valorizando os aspectos sensoriais da conexão cultural das comunidades. Assim, ao reconhecer a experiência sensorial com relevância permite construção de espaços funcionais e estéticos, mas que também promove estímulos à identidade cultural das comunidades e suas paisagens, proporcionando experiências empíricas, significativas e memoráveis aos indivíduos. BERTRAND, Georges. Paisagem e geografia física global: esboço metodológico. Revista Ra’e ga, Curitiba, n. 8, p. 141-152, 2004. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/328067418.pdf. Acesso em: 17 maio 2024. MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. 5.ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2018. PANIZZA, Andrea de Castro. Paisagem. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2014. (Como um ensino). ROSA, Hartmut. Alienação e aceleração: Por uma teoria crítica da temporalidade tardo-moderna. Editora Vozes, 2022

Título do Evento: XX Semana de Geografia da FCTE/UNESP-Campus de Ourinhos/SP - “20 anos da Semana da Geografia da FCTE-UNESP: perspectivas geográficas atuais e futuras”
Cidade do Evento: Ourinhos
Título dos Anais do Evento: Anais da XX Semana da Geografia da FCTE/UNESP-Campus de Ourinhos/SP - "20 anos da Semana da Geografia da FCTE-UNESP: perspectivas geográficas atuais e futuras"
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

BERA, Raphaela Martins. PAISAGEM SENSORIAL.. In: Anais da XX Semana da Geografia da FCTE/UNESP-Campus de Ourinhos/SP - "20 anos da Semana da Geografia da FCTE-UNESP: perspectivas geográficas atuais e futuras". Anais...Ourinhos(SP) FCTE/UNESP, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xx-semana-de-geografia-fcte-458956/855898-PAISAGEM-SENSORIAL. Acesso em: 29/05/2025