ESCRAVAS DE NAÇÃO: MULHERES INDÍGENAS NAS USINAS DE CANA DE AÇÚCAR (1978-1992). ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA E O ESTADO BRASILEIRO.

Publicado em 19/08/2022 - ISBN: 978-65-5941-789-6

Título do Trabalho
ESCRAVAS DE NAÇÃO: MULHERES INDÍGENAS NAS USINAS DE CANA DE AÇÚCAR (1978-1992). ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA E O ESTADO BRASILEIRO.
Autores
  • Marco Antonio Delfino de Almeida
Modalidade
Apresentação de trabalho em simpósio temático
Área temática
ST15 - Populações Tradicionais
Data de Publicação
19/08/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xviencontronacionaldehistoriaoral/493773-escravas-de-nacao--mulheres-indigenas-nas-usinas-de-cana-de-acucar-(1978-1992)-escravidao-contemporanea-e-o-esta
ISBN
978-65-5941-789-6
Palavras-Chave
Mulheres Indígenas; Escravidão contemporânea; Cana de Açúcar; FUNAI
Resumo
“El indígena es un elemento inapreciable para ciertas industrias, porque está aclimatado y supone la mano de obra barata, en condiciones de difícil competencia.”Mensaje del presidente de la nación, Roque Sáenz Peña, D.S.C.S., 7 de junio de 1912.A pesquisa de campo, aponta uma semelhança da estrutura do trabalho indígena com o regime de colonato, pela presença de todo o núcleo familiar (mulheres e crianças), mas se diferenci.a na migração coletiva e temporária (períodos de 60 ou 45 dias, renovados após breve período nas comunidades de origem, normalmente 10 dias) bem como na divisão de tarefas das mulheres (cortadoras, cozinheiras e lavadeiras). Importante traçar a semelhança entre a situação verificada entre os Kaiowá e Guarani e o trabalho indígena nos engenhos argentinos no final do século XIX: "A las tres indias que se hallaban presentes, les hicimos las preguntas necesarias por medio de nuestro intérprete, a fin de saber cómo eran tratadas. (...) Que éste las castigaba, mostrándonos una de ellas, la más anciana, las cicatrices de heridas producidas por el látigo en el brazo y la cara. Que sólo le daban de comer una vez al día y su comida con¬sistía en maíz con carne, y los más de los días, en maíz solamente. Que muchas de sus compañeras enfermas de viruela murieron porque no podían comer esa comida. Que esto y por los castigos recibidos habían sido la causa de la fuga de los demás indios" Ao examinarmos obras específicas sobre violações de direitos humanos em face das mulheres, a ausência do recorte indígena permanece. Por exemplo, a obra “Gênero, feminismos e ditaduras no Cone Sul: perspectivas recentes (Cristina Scheibe Wolff, Janine Gomes da Silva, Núcia A. S. de Oliveira) não avança, da mesma forma que a Comissão Nacional da Verdade de um conceito classista de violação, a que afeta a mulher branca, de classe média, no Brasil. No livro, os únicos relatos que abordam as mulheres indígenas se referem, essencialmente, à Bolívia (país com sessenta por cento da população de origem indígena). Neste ponto, necessário avançar sobre o conceito de interseccionalidade, uma vez que, como explicitado, por Sojourner Truth, elas são igualmente mulheres. A definição do caráter secundário da população indígena exposta por Von Martius dialoga diretamente com a definição de Edward Thompson de que “de que as pessoas comuns não eram apenas ‘um dos problemas com que o governo tinha de lidar’(Apud Sharpe, 1992, p.62). É necessário o resgate de sua invisibilidade mediante a construção de uma “história vinda de baixo”. Uma história que demonstre que o desenvolvimento econômico da Grã-Bretanha, no século XIX “(...)envolveu o que Thompson descreveu com o ‘a pobre e sangrenta infantaria da Revolução Industrial.”(Sharpe, 1992, p.53).
Título do Evento
XVI Encontro Nacional de História Oral - Pandemia e Futuros Possíveis
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Pandemia e Futuros Possíveis: Anais do XVI Encontro Nacional de História Oral
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ALMEIDA, Marco Antonio Delfino de. ESCRAVAS DE NAÇÃO: MULHERES INDÍGENAS NAS USINAS DE CANA DE AÇÚCAR (1978-1992). ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA E O ESTADO BRASILEIRO... In: Pandemia e Futuros Possíveis: Anais do XVI Encontro Nacional de História Oral. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/XVIEncontroNacionaldeHistoriaOral/493773-ESCRAVAS-DE-NACAO--MULHERES-INDIGENAS-NAS-USINAS-DE-CANA-DE-ACUCAR-(1978-1992)-ESCRAVIDAO-CONTEMPORANEA-E-O-ESTA. Acesso em: 11/05/2025

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