FORÇAS ARMADAS E O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964: A MEMÓRIA DOS MILITARES CASSADOS NAS ENTREVISTAS DO MEMORIAL DA RESISTÊNCIA DE SÃO PAULO

Publicado em 19/08/2022 - ISBN: 978-65-5941-789-6

Título do Trabalho
FORÇAS ARMADAS E O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964: A MEMÓRIA DOS MILITARES CASSADOS NAS ENTREVISTAS DO MEMORIAL DA RESISTÊNCIA DE SÃO PAULO
Autores
  • Rodrigo Musto Flores
Modalidade
Apresentação de trabalho em simpósio temático
Área temática
ST08 - História Oral e Arquivos
Data de Publicação
19/08/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xviencontronacionaldehistoriaoral/488314-forcas-armadas-e-o-golpe-civil-militar-de-1964--a-memoria-dos-militares-cassados-nas-entrevistas-do-memorial-da-r
ISBN
978-65-5941-789-6
Palavras-Chave
Esquerda Militar; Ditatura Militar; Militares cassados.
Resumo
Segundo as estimativas levantadas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), cerca de 6,5 mil militares foram alvos de perseguições pela ditadura. As estimativas da CNV corroboram os relatórios do projeto Brasil: nunca mais, um dos primeiros esforços de recuperação de uma memória sobre as perseguições políticas ocorridas durante os “anos de chumbo”, evidenciando que o próprio meio militar figurou como um dos setores sociais mais duramente atingidos pela repressão desfechada após a derrubada de Goulart. Nesse sentido, os dados acima apresentados invalidam a hipótese de um comportamento monolítico, coeso e homogêneo no interior das Instituições Militares às vésperas e, posteriormente, ao golpe civil-militar de 1964. A constituição de acervos plurais trazendo à público as memórias da repressão política no Brasil evidenciaram as diversas “resistências” à ditadura militar, inclusive à referente aos próprios militares que discordavam da tomada de poder por seus pares. Nesse sentido, as entrevistas que compõem o acervo citado recuperam as trajetórias políticas desses indivíduos, atestando o substancial número de processos que atingiram militares durante o período, bem como o combate a uma esquerda militar presente no interior dos quartéis, duramente reprimida após março de 1964. Com efeito, o aparato repressivo, utilizado de forma geral contra a sociedade a partir do golpe, é posto em funcionamento ainda ao longo dos anos 1950, primeiramente, para punir oficiais superiores “dissidentes” em vista dos embates cada vez mais sucessivos entre as facções nacionalista e internacionalista. O desenrolar de um longo processo de inquéritos, perseguições e expurgos que fazem de alguns setores da classe militar um dos maiores alvos de perseguições durante a ditadura. Nesse sentido, a presente proposta de comunicação tem como objetivo discutir a construção de uma memória social de resistência ao regime militar, protagonizada pelos próprios membros das Forças Armadas, uma vez que tidos como vencidos por seus pares, que tomavam o poder político de assalto, foram silenciados pelo aparato repressor e pelo esquecimento social.
Título do Evento
XVI Encontro Nacional de História Oral - Pandemia e Futuros Possíveis
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Pandemia e Futuros Possíveis: Anais do XVI Encontro Nacional de História Oral
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FLORES, Rodrigo Musto. FORÇAS ARMADAS E O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964: A MEMÓRIA DOS MILITARES CASSADOS NAS ENTREVISTAS DO MEMORIAL DA RESISTÊNCIA DE SÃO PAULO.. In: Pandemia e Futuros Possíveis: Anais do XVI Encontro Nacional de História Oral. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/XVIEncontroNacionaldeHistoriaOral/488314-FORCAS-ARMADAS-E-O-GOLPE-CIVIL-MILITAR-DE-1964--A-MEMORIA-DOS-MILITARES-CASSADOS-NAS-ENTREVISTAS-DO-MEMORIAL-DA-R. Acesso em: 09/06/2025

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