AVALIAÇÃO DOS POLUENTES ANTRÓPICOS EM SEDIMENTOS DE TERRAS INDÍGENAS (TI) NA AMAZÔNIA

Publicado em 15/04/2024 - ISBN: 978-65-272-0404-6

Título do Trabalho
AVALIAÇÃO DOS POLUENTES ANTRÓPICOS EM SEDIMENTOS DE TERRAS INDÍGENAS (TI) NA AMAZÔNIA
Autores
  • Guilherme de Sá Lopes D'Albuquerque
  • Sofia Ellen Caumo Miranda
  • Profa. Dra. Adriana Gioda
Modalidade
Resumo
Área temática
Química atmosférica e poluição do ar
Data de Publicação
15/04/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xv-laseac-x-enqamb-2024i/790940-avaliacao-dos-poluentes-antropicos-em-sedimentos-de-terras-indigenas-(ti)-na-amazonia
ISBN
978-65-272-0404-6
Palavras-Chave
Amazônia, Desmatamento, Queimadas, Saúde, Sedimento, Terras indígenas
Resumo
As ações antrópicas na Amazônia brasileira têm impacto direto na qualidade dos serviços ecossistêmicos desse bioma e, consequentemente, na saúde da população, principalmente dos mais vulneráveis, com destaque para as populações indígenas da região. Dados compilados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) evidenciam que a Amazônia brasileira perdeu mais de 569 mil km² para desmatamento e queimadas entre 2015 e 2023 (INPE, 2023a). A exposição aos poluentes emitidos durante os incêndios florestais desencadeia uma série de impactos a saúde associados ao aparelho respiratório, com efeitos sistêmicos e danos em diversos órgãos, além de problemas como morte prematura em crianças e adultos, baixo peso ao nascer, doenças pulmonares e cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, aumento na incidência de câncer, aumento da diabetes, alteração do desenvolvimento cognitivo em crianças e demência em idosos. Diante desse cenário no aumento do número de queimadas da região da floresta amazônica e o aumento no número de casos das doenças supracitadas, a presente pesquisa visa analisar a composição química de sedimentos coletados nas terras indígenas mais degradas pelos incêndios na Amazônia e avaliar os impactos desses poluentes na saúde das comunidades indígenas. Para tal, foram identificados os principais elementos químicos e compostos que apresentam grande influência na ascensão dessas doenças, com destaque para o câncer. Durante a queima de matéria orgânica, são produzidos os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), que são poluentes persistentes, com potencial para bioacumulação, podendo causar efeitos adversos aos seres vivos e ao meio ambiente (Lin et al., 2020). Além disso, os HPA podem ser marcadores para incêndios florestais, identificando a vegetação e as condições em que ocorreu a queima (Karp et al., 2020). Além dos HPA encontrados em queimadas, os elementos tóxicos, como arsênio e mercúrio também são produzidos durante incêndios florestais. Cádmio (Cd), arsênio (As) e chumbo (Pb), são frequentemente encontrados em amostras de solo coletadas pós-incêndios e podem ser prejudiciais à saúde humana e ambiental. O mercúrio (Hg) é um elemento tóxico de particular preocupação por ser volátil, tóxico, persistente e neurotóxico. Portanto, elementos tóxicos são espécies químicas relevantes a serem monitoradas em incêndios florestais. Dessa forma, a pesquisa visa a identificação desses elementos e compostos em diversas amostras coletadas em comunidades indígenas no bioma, a fim de se obter dados que comprovem a relação das queimadas com o aumento de doenças relacionadas a essas ações antrópicas. A primeira etapa do trabalho consiste na coleta das amostras, seguida da preparação dos sedimentos para as análises em espectrômetro de massas com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS), para a quantificação dos metais tóxicos e posterior cálculo de risco à saúde humana. Para a identificação dos HPA, obtida através da cromatografia em fase gasosa acoplada a espectrometria de massas (GC-MS), a quantificação baseia-se numa curva de calibração e método utilizando padrão interno. Após a obtenção desses dados, os resultados dos HPA e da composição elementar nas amostras serão submetidos a estatística descritiva para avaliar as variações da concentração destes compostos ao longo dos períodos de coleta. Os riscos de exposição não carcinogênico e carcinogênico serão determinados a partir de equação proposta pela literatura (EPA, 2008; NRC, 1991). Por fim, análises estatísticas multivariadas serão usadas para auxiliar na atribuição das fontes dos poluentes determinados nas amostras. Até agora, evidencia-se a presença de metais pesados, assim como de HPAs, nas amostras analisadas, indicando uma possível exposição danosa do povo indígena a esses elementos que têm potencial risco carcinogênico para adultos e crianças. A partir dos fatores supracitados, este projeto tem o objetivo de mostrar a relação e/ou associação estatística entre a exposição aos poluentes dos incêndios florestais e os impactos à saúde indígena na Amazônia.
Título do Evento
XV LASEAC - X ENQAmb 2024.
Cidade do Evento
Ouro Preto
Título dos Anais do Evento
Anais do XV LASEAC (Latin American Symposium on Environmental Analytical Chemistry) & X ENQAmb (Encontro Nacional de Química Ambiental)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

D'ALBUQUERQUE, Guilherme de Sá Lopes; MIRANDA, Sofia Ellen Caumo; GIODA, Profa. Dra. Adriana. AVALIAÇÃO DOS POLUENTES ANTRÓPICOS EM SEDIMENTOS DE TERRAS INDÍGENAS (TI) NA AMAZÔNIA.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xv-laseac-x-enqamb-2024i/790940-AVALIACAO-DOS-POLUENTES-ANTROPICOS-EM-SEDIMENTOS-DE-TERRAS-INDIGENAS-(TI)-NA-AMAZONIA. Acesso em: 06/05/2025

Trabalho

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