O USO INDISCRIMINADO DE HIPNÓTICOS-Z PARA O TRATAMENTO DE INSÔNIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA

Publicado em 24/04/2025 - ISBN: 978-65-272-1307-9

Título do Trabalho
O USO INDISCRIMINADO DE HIPNÓTICOS-Z PARA O TRATAMENTO DE INSÔNIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA
Autores
  • Isabela Melo de Queiroz
  • Mateus Neves De Carvalho
  • FELIPE GOMES PINHEIRO
Modalidade
Resumo
Área temática
Pesquisa
Data de Publicação
24/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xoutubroacademico/692072-o-uso-indiscriminado-de-hipnoticos-z-para-o-tratamento-de-insonia-na-sociedade-brasileira
ISBN
978-65-272-1307-9
Palavras-Chave
insônia, hipnóticos-z, zolpidem, zopiclona, eszopiclona
Resumo
Introdução: A insônia tem sido um crescente problema devido ao aumento exponencial da hiperestimulação visual e mental em que o ser humano é exposto ao longo do dia. Sob esse viés, apesar da existência de terapias não farmacológicas eficientes, a busca por um sono de qualidade tem desencadeado um aumento do uso de hipnóticos sedativos, como o zolpidem, a eszopiclona e a zopiclona devido aos bons resultados proporcionados. Porém, apesar de apresentar melhorias significativas, o uso crônico e indiscriminado de hipnóticos está, cada vez mais, relacionado a casos de eventos adversos incapacitantes e prejudiciais aos usuários. Objetivos: Analisar o perfil farmacoterapêutico de hipnóticos-Z e suas devidas consequências em relação ao uso crônico e indiscriminado na sociedade brasileira. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura realizada por meio de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, baseada em estudos primários por meio da seleção de pesquisas relevantes acerca de hipnóticos-z comercializados e prescritos no Brasil. Foram selecionados, aproximadamente, 20 artigos encontrados nas bases de dados Pubmed, Scielo e Biblioteca Virutal em Saúde (BSV) do período de 2018 a 2022, utilizando-se os descritores: insônia, hipnóticos-z, drogas hipnóticos não benzodiazepínicos, zolpidem, zopiclona e eszopiclona. Resultados e Discussão: Estudos revelam o aparecimento de sintomas relacionados à insônia em até 50% da população adulta, em que, aproximadamente, 10 a 15% dos indivíduos possuem manifestações graves que acarretam sofrimento e prejuízos para a qualidade de vida, atendendo aos critérios de transtorno de insônia. Sob essa óptica, os medicamentos mais utilizados para tratamento de insônia são de três classes diferentes: sedativos-hipnóticos, benzodiazepínicos e anti-histamínicos, diferindo os sítios de ação de cada classe. Porém, nas últimas décadas tem-se observado um aumento do uso, muitas vezes indiscriminado, dos hipnóticos-z, devido ao baixo índice de reações adversas e a facilidade em comprá-los, pois podem ser prescritos não necessariamente por um médico especialista no referido assunto. Além disso, o uso irracional pode ser relacionado com diversas questões presentes na sociedade atual, como a grande e fácil obtenção de informações, precisas ou não, por meio da internet, o costume nacional de possuir uma mini farmácia dentro de casa, diagnóstico incorreto ou incompleto de doenças, automedicação e medicamentos de alto custo com preços acessíveis na internet. Comercializado sob a forma de Hemitartarato de Zolpidem, este fármaco da classe dos sedativos-hipnóticos não benzodiazepínicos é o mais prescrito do mundo atualmente, visto que, possivelmente, devido ao fato de ser um agonista seletivo do receptor GABA, está pouco associado à tolerância e à dependência em comparação aos benzodiazepínicos. Entretanto, há um aumento, cada vez mais, de relatos de casos referentes a eventos adversos associados ao uso contínuo desse fármaco, como alucinações e distorções da realidade, mesmo com o uso de doses adequadas pela faixa terapêutica. Outrossim, a zopiclona difere-se do zolpidem devido a sua maior meia-vida e por ser menos seletiva, agindo em receptores ômega 1 e 2. Entretanto, estudos o relacionam com um maior potencial de sonolência residual no período da manhã, bem como de alterações similares aos benzodiazepínicos, acarretando efeitos prejudiciais significativos no desempenho ao dirigir e de redução da concentração por, pelo menos, 11 horas após a ingestão do agente hipnótico. Ademais, estudos disponíveis demonstram que não há evidências relacionadas à síndrome de abstinência grave associada ao uso de eszopiclona, possuindo um ótimo desenvolvimento na eficiência do sono e em avaliações por polissonografia. Conclusão: Devido ao aumento da incidência de insônia no mundo moderno, a busca por novos fármacos para o tratamento desse distúrbio é incessante na sociedade brasileira. Sob esse viés, em relação aos benzodiazepínicos, os hipnóticos-z apresentam um melhor perfil no que diz respeito às reações adversas e as chances de dependência, possuindo, então efeitos adversos mais amenos. Entretanto, em virtude dos ótimos resultados alcançados por meio desse tipo de terapia, faz-se necessário um acompanhamento médico especializado, bem como cautela em relação ao uso contínuo dessa classe medicamentosa. Além disso, é de suma importância a informatização da sociedade e, principalmente, dos usuários no que diz respeito aos possíveis efeitos colaterais e interações medicamentosas antes do início do tratamento.
Título do Evento
X JORNADA OUTUBRO ACADÊMICO
Cidade do Evento
Sobral
Título dos Anais do Evento
Anais do X Outubro Acadêmico - UNINTA
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

QUEIROZ, Isabela Melo de; CARVALHO, Mateus Neves De; PINHEIRO, FELIPE GOMES. O USO INDISCRIMINADO DE HIPNÓTICOS-Z PARA O TRATAMENTO DE INSÔNIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA.. In: Anais do X Outubro Acadêmico - UNINTA. Anais...Sobral(CE) UNINTA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xoutubroacademico/692072-O-USO-INDISCRIMINADO-DE-HIPNOTICOS-Z-PARA-O-TRATAMENTO-DE-INSONIA-NA-SOCIEDADE-BRASILEIRA. Acesso em: 07/07/2025

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