“BONITO PRA CHOVER” TAMBÉM É MEU CORPO-IMAGEM SERTÃO

Francisco Edinho Fernandes Alves; Daniela Alves

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Trabalho

Título do Trabalho

“BONITO PRA CHOVER” TAMBÉM É MEU CORPO-IMAGEM SERTÃO

Autores

Francisco Edinho Fernandes Alves
Daniela Alves

Modalidade

Comunicação performativa

Área temática

Performance

Data de Publicação

30/06/2023

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/xijornadaiicoloquio/531904-bonito-pra-chover-tambem-e-meu-corpo-imagem-sertao

ISSN

2358-6877

Palavras-Chave

Corpo, Imagem, Sertão, Performatividade, Cena expandIdA

Resumo

O presente trabalho apresenta impressões e reflexões geradas a partir da vivência promovida pelo projeto “bonito pra chover”. Desenvolvido pelo grupo de pesquisa BACIA – Busca por Ações na Cena ExpandIdA, da Universidade Regional do Cariri - URCA, que tem como objetivo repensar as transformações do artista da cena e suas estratégias de intervenção no mundo através de processos criativos que tem como base a noção de ação. A ação aqui é definida como manifestação artística, política e cultural que ultrapassa a ideia de arte como um evento isolado. "bonito pra chover" tem como proposta o mergulho nessa expressão tão ouvida em épocas de chuva pelo sertão caririense para investigar esse imaginário e construir estratégias poéticas que nos levem a uma ação-onírica. O recorte apresentado aqui, a partir da pesquisa de iniciação científica ainda em desenvolvimento, discute a relação bonito pra chover/corpo/sertão e tem como objetivo a criação de imagens de um corpo/sertão na cena expandida. Durval Muniz (1996) nos conta no seu livro, Invenção do Nordeste, que o sertão é interior, terra estranha, distante, terra do outro. Mas é o outro - o estrangeiro - que o define, me define, desenha sobre mim imagens. A partir dessa proposição e de uma perspectiva performática busca-se construir uma imagem-corpo que carrega o sertão que sou. Quem sou, dentro de um sistema colonial-capitalista (RolniK, 2018) cheio de normas e regras para o bem-estar social e que nunca reflete o bem-viver? (Costa, 2016). Aqui o sertão é onde se faz corpo. Krenak (2019), nos pergunta o que é feito de nos rios, nossas florestas, nossas paisagens? Para tentar responder tais perguntas, acrescentamos a pergunta: o que é feito do nosso corpo nessa paisagem? Então, mergulhamos na criação de cenas audiovisuais que misturam paisagens, ações, histórias e sonhos. A qualidade do corpo que olha a nuvem e espera a chuva é o que, aqui, se torna ação e me move em direção a outra ação, sensação e incorporação do sertão. Busco o corpo como ponto zero do mundo (Foucault, 2013), em que os caminhos, os sonhos, os espaços e a chuva se cruzam. Um mergulho interior, uma qualidade quase parada para observar os sonhos, imagens do consciente-inconsciente. Real, imaginário, cotidiano e cena se misturam nessa construção. O projeto tem como principais referências teóricas Sidarta Ribeiro, Durval Muniz, Ailton Krenak, mas também cada pessoa que nos contou uma história ou compartilhou conosco uma imagem da chuva. Este recorte traz como referências teóricas Suely Rolnik e Michel Foucault.

Título do Evento: XI Jornada de Pesquisa em Artes Cênicas e II Colóquio de Pesquisa em Artes nas Escolas
Cidade do Evento: João Pessoa
Título dos Anais do Evento: Anais da Jornada de Pesquisa em Artes Cênicas
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

ALVES, Francisco Edinho Fernandes; ALVES, Daniela. “BONITO PRA CHOVER” TAMBÉM É MEU CORPO-IMAGEM SERTÃO.. In: Anais da Jornada de Pesquisa em Artes Cênicas. Anais...João Pessoa(PB) UFPB- CCTA, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/XIJornadaIIColoquio/531904-BONITO-PRA-CHOVER-TAMBEM-E-MEU-CORPO-IMAGEM-SERTAO. Acesso em: 15/12/2025