DO EU AO OUTRO: A SUBJETIVIDADE DO PSICÓLOGO NA RELAÇÃO TERAPÊUTICA

Publicado em 09/09/2024 - ISBN: 978-65-272-0688-0

Título do Trabalho
DO EU AO OUTRO: A SUBJETIVIDADE DO PSICÓLOGO NA RELAÇÃO TERAPÊUTICA
Autores
  • Jean Jacques Souza Cordeiro Filho
  • Ana Luiza Rodrigues Arruda
  • Juliano Pedro Dourado Costa
  • Pétria Cristina Silva Moreira Fonseca
Modalidade
PÔSTER
Área temática
PSICOLOGIA (PSICOLOGIA CLÍNICA E RELIGIÃO, PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E RELIGIÃO, PSICOPATOLOGIA E RELIGIÃO, ABORDAGENS PSICOLÓGICAS E RELIGIÃO, PSICOLOGIA ANOMALÍSTICA E RELIGIÃO, PSICOLOGIA, RELIGIÃO E OUTROS SABERES) E OUTRAS ÁREAS DA SAÚDE
Data de Publicação
09/09/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xiii-seminario-de-psicologia-e-senso-religioso/834320-do-eu-ao-outro--a-subjetividade-do-psicologo-na-relacao-terapeutica
ISBN
978-65-272-0688-0
Palavras-Chave
Eu, Religião, Psicólogo, Ciência, Psicanálise.
Resumo
Introdução: Cada psicólogo traz consigo um conjunto único de experiências, crenças e valores que compõem o modo como ele vê o mundo, entretanto, para se ter um atendimento eficaz, o psicólogo deve suspender suas crenças como afirma o CFP N 10/2005 no Art.2 “Ao psicólogo é vedado: induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual, ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais”. É essencial para que se crie um espaço seguro, acolhedor e imparcial, que vise promover o autoconhecimento e diminua o sofrimento psíquico que o analisando se encontra. Esta prática é desafiadora, todavia é uma habilidade que com o tempo e experiência, é aprimorada. Assim sendo uma peça fundamental para a maturação do pensamento do psicólogo, além do que se desvincula do seu Eu e pode, paradoxalmente, reduzir a autenticidade do terapeuta tornando-o passivo, distante, menos receptivo às nuances culturais e individuais, levando a uma prática menos inclusiva e menos eficiente de modo que se pareça com falta de empatia e desinteresse no ambiente clínico. Objetivo: Este estudo visa vislumbrar os possíveis danos que esse afastamento das crenças, cultura, experiência e religião causam ao Eu do psicólogo. Métodos: Pesquisa bibliográfica através de autores psicanalistas ( Freud e Vilela) e utilizando do arcabouço oferecido pelas plataformas Pepsic e SciELO foram utilizados livros e artigos. Discussão: Deste modo, quando confrontado com o desamparo existencial, o ser humano tende a buscar formas de tornar sua existência mais suportável, como apontado por Freud (1927, p. 17). Diante das forças imprevisíveis da natureza, como terremotos, tempestades e a sensação de desorientação durante a chuva, o indivíduo se apega a representações que lhe proporcionem algum sentido de segurança e significado na vida. Ao empreender essa suposta separação do Eu, percebe-se que o psicólogo ou um indivíduo acaba por estabelecer uma relação com a ciência de forma semelhante à religião, conforme observado por Vilela (2010). Ele destaca que a persistência do desejo por algo transcendental, como Deus, um grande Outro leva o sujeito a se relacionar com a ciência de maneira análoga, buscando nela um amparo e uma sensação de proteção baseados nas certezas científicas. Conclusão: Entende-se que embora a ciência tenha avançado significativamente na compreensão e na explicação dos fenómenos naturais e humanos, ela não conseguiu eliminar por completo a necessidade humana por significado, segurança e transcendência, que historicamente foi atendida pela religião. Em vez disso, a ciência muitas vezes preenche esse vácuo ao oferecer explicações racionais e conforto emocional por meio de suas descobertas e teorias. No entanto, é importante reconhecer que essa tendência pode criar uma espécie de "fé científica", na qual os indivíduos depositam sua confiança cega no poder explicativo da ciência, sem considerar seus limites ou ambiguidades. Essa fé na ciência pode ser tão dogmática e irracional quanto a fé religiosa que outrora busca substituir, ou seja, a ciência, apesar de seu papel crucial na sociedade moderna, não conseguiu suprimir inteiramente a necessidade humana por algo além do material e do tangível.
Título do Evento
XIII SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PSICOLOGIA E SENSO RELIGIOSO
Cidade do Evento
São Luís
Título dos Anais do Evento
Anais do XIII Seminário Internacional de Psicologia e Senso Religioso
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FILHO, Jean Jacques Souza Cordeiro et al.. DO EU AO OUTRO: A SUBJETIVIDADE DO PSICÓLOGO NA RELAÇÃO TERAPÊUTICA.. In: Anais do XIII Seminário Internacional de Psicologia e Senso Religioso. Anais...São Luís(MA) UniCEUMA, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xiii-seminario-de-psicologia-e-senso-religioso/834320-DO-EU-AO-OUTRO--A-SUBJETIVIDADE-DO-PSICOLOGO-NA-RELACAO-TERAPEUTICA. Acesso em: 16/07/2025

Trabalho

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