ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA TOXOPLASMOSE EM GAMBÁS-DE-ORELHA-PRETA (DIDELPHIS AURITA) NO RIO DE JANEIRO

Publicado em 22/04/2025 - ISBN: 978-65-272-1295-9

Título do Trabalho
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA TOXOPLASMOSE EM GAMBÁS-DE-ORELHA-PRETA (DIDELPHIS AURITA) NO RIO DE JANEIRO
Autores
  • Beatriz Pereira Coelho
  • Anieli Vidal Stocco
  • Anna Elisa Athayde Gusmão
  • Ágatha Ferreira Xavier de Oliveira
  • Leila Maria De Carvalho Alves Dos Santos
  • Bernardo De Paula De Miranda
  • Felipe Kataoka
  • Arthur Carlos da Trindade Alves
  • Andressa Ferreira da Silva
  • Cristiane Divan Baldani
  • Daniel de Almeida Balthazar
Modalidade
Resumo
Área temática
Ciências Agrárias - Medicina Veterinária
Data de Publicação
22/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/943282-estudo-epidemiologico-da-toxoplasmose-em-gambas-de-orelha-preta-(didelphis-aurita)-no-rio-de-janeiro
ISBN
978-65-272-1295-9
Palavras-Chave
Marsupiais, Saúde única, Zoonose, Conservação, Protozoários
Resumo
O gambá de orelha preta (Didelphis aurita) é um mamífero marsupial de hábito noturno que habita fragmentos de regiões marginais da Mata Atlântica. Devido à expansão dos centros urbanos, a proximidade a fragmentos de matas e florestas têm colocado esta espécie em situação de sinantropia, devido à sua capacidade de adaptação ao ambiente urbano e periurbano. O Toxoplasma gondii é um protozoário coccídio intracelular obrigatório pertencentes ao filo Apicomplexa e família Sarcocystidae, sendo distribuído mundialmente, possui ciclo heteroxeno, necessitando de um hospedeiro definitivo, onde ocorre a reprodução sexuada e um hospedeiro intermediário, onde ocorre a reprodução assexuada. O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento sorológico da toxoplasmose em gambás-de-orelha-preta (Didelphis aurita) no Rio de Janeiro. Foram utilizadas 29 amostras de soro sanguíneo de gambás-de-orelha-preta armazenadas na soroteca da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e do Bioparque do Rio de Janeiro. A análise sorológica para a pesquisa de anticorpos anti-Toxoplasma gondii, foi realizada pela técnica do MAT (Teste de Aglutinação Modificada), para detecção de anticorpos tipo IgG, segundo Dubey e Desmonsts (1987). Os soros sanguíneos foram testados pelo MAT utilizando taquizoítos inativados na formalina e 2-mercaptoetanol. Em seguida as placas foram colocadas na estufa de incubação a 37 ºC por 12-16 horas. A interpretação dos resultados ocorre de tal forma que as amostras que demonstraram uma formação de botão azul ao fundo do poço são negativas e as amostras que tiverem um fundo claro em forma de teia serão consideradas positivas. Anticorpos anti-Toxoplasma gondii foram identificados em 37,93% (11/29) das amostras, indicando que 11 gambás de orelha preta foram soropositivos. As amostras soropositivas foram submetidas ao exame confirmatório nas diluições de 1:25, 1:50, 1:100 e 1:200. O ponto de corte foi estabelecido em título 1:25, representando uma infecção passada pelo T. gondii. Sendo assim, obtemos 1 (3,45%) amostra soropositiva em titulação 1:200, 3 (10,35%) amostras soropositivas em titulação 1:50 e 7 (24,13%) amostras soropositivas em titulação 1:25. O T. gondii acomete animais homeotérmicos tornando-os hospedeiros intermediários, formando cistos em diversos órgãos, porém apenas os felídeos domésticos e selvagens são hospedeiros definitivos, ocorrendo o ciclo sexuado do coccídeo. Como os gambás de orelha preta são animais silvestres em situação de sinantropia coabitando ambientes urbanos e silvestres existe uma possibilidade de aproximação desses marsupiais com os felídeos domésticos e selvagens, podendo influenciar na cadeia epidemiológica do Toxoplasma gondii. Por isso, é essencial o estudo dos fatores epidemiológicos que possam aumentar a taxa de transmissão desse agente infeccioso no ambiente, assim como o seu impacto na conservação e saúde das espécies silvestres e do ecossistema. A infecção prévia dos animais soropositivos para a ocorrência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii mostra uma possível dispersão do parasita no Rio de Janeiro. Esses resultados evidenciam que gambás-de-orelha preta possuem um papel na cadeia epidemiológica de transmissão do Toxoplasma gondii no Rio de Janeiro. Referências: 1. Cáceres, N. C. Os Marsupiais do Brasil: Biologia, Ecologia e Conservação. 2º ed. Campo Grande, MS: UFMS, 2012.; 2. Dubey, J. P. Toxoplasmosis of animals and humans, 3ed, Nova Iorque: CRC Press. 2022.; 3. Horta, M. C. et al. Detection of anti-Toxoplasma gondii antibodies in small wild mammals from preserved and non-preserved areas in the Caatinga biome, a semi-arid region of Northeast Brazil. Vet Parasitol: Reg. Stud. Reports, v. 14, p. 75-78, 2018.; 4. Siqueira, Daniel Barreto de et al. Detecção de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em marsupiais e roedores silvestres da Mata Atlântica do estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Dissertação de Mestrado. UFRPE. 2010.; 5. OIE - Office International des Epizooties. Toxoplasmosis. Manual of Diagnostic Tests and Vaccines for Terrestrial Animals, 2008.
Título do Evento
XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC 2024) & V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec 2024)
Cidade do Evento
Seropédica
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

COELHO, Beatriz Pereira et al.. ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA TOXOPLASMOSE EM GAMBÁS-DE-ORELHA-PRETA (DIDELPHIS AURITA) NO RIO DE JANEIRO.. In: Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais. Anais...Seropédica(RJ) UFRRJ, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/943282-ESTUDO-EPIDEMIOLOGICO-DA-TOXOPLASMOSE-EM-GAMBAS-DE-ORELHA-PRETA-(DIDELPHIS-AURITA)-NO-RIO-DE-JANEIRO. Acesso em: 02/07/2025

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