MÉTODOS PARA ERRADICAÇÃO DA ESPÉCIE EXÓTICA DRACAENA TRIFASCIATA (ESPADA DE SÃO JORGE) EM MATA ATLÂNTICA

Publicado em 22/04/2025 - ISBN: 978-65-272-1295-9

Título do Trabalho
MÉTODOS PARA ERRADICAÇÃO DA ESPÉCIE EXÓTICA DRACAENA TRIFASCIATA (ESPADA DE SÃO JORGE) EM MATA ATLÂNTICA
Autores
  • Rômulo Augusto Ramos Oliveira
  • Joaquim José Barçante Sarmento Souza
  • Gustavo P. Domingues
  • Rodolfo Cesar Real de Abreu
Modalidade
Resumo
Área temática
Ciências Agrárias - Recursos Florestais e Engenharia Florestal
Data de Publicação
22/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/943020-metodos-para-erradicacao-da-especie-exotica-dracaena-trifasciata-(espada-de-sao-jorge)-em-mata-atlantica
ISBN
978-65-272-1295-9
Palavras-Chave
Manejo; controle mecânico; controle químico; plantas invasoras; biodiversidade
Resumo
As plantas exóticas invasoras são espécies não-nativas que se estabelecem e se espalham em novos ecossistemas, causando danos consideráveis à biodiversidade. Para enfrentar essa problemática, foram realizados experimentos com diferentes métodos de controle para avaliar técnicas de remoção de uma espécie exótica invasora específica. A espécie Dracaena trifasciata (espada de São Jorge), originária do continente africano, é amplamente utilizada como planta ornamental e em práticas religiosas, mas pode se tornar problemática em alguns ambientes. A espécie apresenta-se bem adaptada a regiões de Mata Atlântica onde foi previamente cultivada ou introduzida, estabelecendo-se com facilidade. Para avaliar diferentes métodos de controle, foram instaladas 12 unidades experimentais, cada uma contendo três parcelas de 0,5x0,5m, onde foram empregadas estratégias de manejo distintas: monitoramento contínuo (T1 - controle), arranquio manual das plantas (T2 - controle mecânico) e aplicação por aspersão foliar de herbicida à base de glifosato diluído a 3% (T3 - controle químico). No total, foram marcadas 36 parcelas. Esse experimento foi realizado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), na Mata do Reitor e na Mata do Instituto de Florestas (IF) em Fevereiro de 2024 (3%) e Junho de 2024 (4%). Os resultados revelaram que, no primeiro mês de observação, o controle mecânico demonstrou ser mais eficiente do que o controle químico no controle da D. trifasciata. A diluição de 3% de glifosato revelou-se insuficiente, resultando apenas em leves sinais de queimaduras nas extremidades das folhas em duas parcelas e em podridão foliar em uma parcela após 6 semanas de aplicação. Esses achados indicaram a necessidade de revisar a concentração do herbicida para obter melhores resultados no controle químico. Em uma segunda fase do experimento, elevamos a dosagem, utilizando uma solução à base de 4% de glifosato, dosagem máxima sugerida no “Guia de orientação para o manejo de espécies exóticas invasoras em unidades de conservação federais” (1) do ICMBio. Adicionalmente, além da aspersão foliar, implementamos uma abordagem diferente: ferimentos foram causados nas folhas da D. trifasciata em algumas áreas, utilizando facões, com o objetivo de acelerar a absorção do herbicida e, consequentemente, a eficácia do controle químico. O aumento na dosagem resultou em um dano foliar de 50% um mês após a aplicação por aspersão. Ainda assim, os resultados continuaram a favorecer o controle mecânico sobre o químico, mostrando que o arranquio manual é a estratégia mais eficiente para a erradicação desta espécie invasora. O cuidado para que partes da planta não fiquem no ambiente deve ser tomado, caso contrário pode ocorrer a rebrota. Portanto, a remoção manual demonstrou ser uma alternativa mais eficaz e confiável no combate à propagação desta espécie exótica do que o tratamento com glifosato diluído a 3 ou 4%. Quando comparada com outras espécies exóticas, como Tradescantia zebrina (trapoeraba roxa) e Epipremnum aureum (jibóia), verificamos que a D. trifasciata apresentou uma resistência significativamente maior ao glifosato, tornando o controle químico menos eficiente nesse caso específico. Ainda assim, deve-se ter atenção com a destinação dos resíduos do arranquio manual, uma vez que a planta pode rebrotar e colonizar novas áreas. O desenvolvimento de novos métodos de controle químico será testado nas próximas fases da pesquisa. (1) Guia de Orientação para o Manejo de Espécies Exóticas Invasoras em Unidades de Conservação Federais. ICMBio 2023. 2a ed.
Título do Evento
XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC 2024) & V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec 2024)
Cidade do Evento
Seropédica
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

OLIVEIRA, Rômulo Augusto Ramos et al.. MÉTODOS PARA ERRADICAÇÃO DA ESPÉCIE EXÓTICA DRACAENA TRIFASCIATA (ESPADA DE SÃO JORGE) EM MATA ATLÂNTICA.. In: Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais. Anais...Seropédica(RJ) UFRRJ, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/943020-METODOS-PARA-ERRADICACAO-DA-ESPECIE-EXOTICA-DRACAENA-TRIFASCIATA-(ESPADA-DE-SAO-JORGE)-EM-MATA-ATLANTICA. Acesso em: 12/07/2025

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