Título do Trabalho
APLICAÇÃO DE LÍQUIDO IÔNICO NO PROCESSO DE POLPAÇÃO DE MADEIRA
Autores
  • HELENA DA SILVA RIBEIRO
  • Fernando José Borges Gomes
  • Larisse Aparecida Ribas Batalha
  • Nilton Louvem Da Silva Junior
  • Diana Catalina Cubides-Román
  • Roberto Carlos Costa Lelis
Modalidade
Resumo
Área temática
Ciências Agrárias - Recursos Florestais e Engenharia Florestal
Data de Publicação
22/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/940700-aplicacao-de-liquido-ionico-no-processo-de-polpacao-de-madeira
ISBN
978-65-272-1295-9
Palavras-Chave
líquido iônico; pré-tratamento; polpação Kraft
Resumo
Entre os métodos de deslignificação existentes, destaca-se o processo Kraft, amplamente aplicado nas indústrias de celulose e papel. Esse método tem como função converter a madeira em um material fibroso, dissolvendo a lignina e liberando as fibras. No entanto, esse processo apresenta desvantagens, como alto custo no branqueamento e a geração de forte odor durante o processo. O objetivo do trabalho foi remover a lignina da biomassa de Eucalyptus spp., mantendo os padrões qualitativos da indústria e reduzindo custos, utilizando líquidos iônicos como pré-tratamento. Para a síntese e purificação do líquido iônico [2-HTEAF]mesy foram realizados procedimentos conforme o descrito por estudos anteriores. Utilizando um reator, os cavacos foram submetidos a pré-tratamentos com o líquido iônico em diferentes tempos (30, 60 e 90 minutos), temperatura (140°C, 150°C e 160°) e proporção de biomassa/líquido-iônico (1:1, 1:2 e 1:3). Para iniciarmos os testes, foram definidos parâmetros fixos de temperatura (150°C) e proporção (1:2), tendo como variável o tempo. Os cavacos foram vaporizados a 120°C por 30 minutos e depois levados ao reator. Após concluído o tempo, os cavacos foram lavados com 150 mL de etanol e água quente em excesso, até atingir pH neutro e levados para secar em sala climatizada. Após secarem, os cavacos foram moídos e submetidos às análises de percentual de lignina, hemicelulose e quando necessário, holocelulose e alfa-celulose. Com os resultados obtidos, o melhor tempo de remoção foi fixado e a próxima variação foi a de temperatura, e posteriormente, a variação de proporção. Para avaliar se era o líquido iônico que estava removendo os componentes presentes no cavaco, foram necessários testes de referência com auto-hidrólise nas diferentes temperaturas 140°C, 150°C e 160°C, utilizando o melhor tempo definido para fins de comparação. Observamos na primeira etapa do pré-tratamento que foi possível remover 4.6%, 6.0% e 10.1% de xilana e 1.44%, 0.07% e 5.48% de lignina, nos tempos de 30, 60 e 90 minutos respectivamente, em comparação com a biomassa não tratada. Desse modo, o tempo de 90 minutos foi o escolhido para ser fixado. Variando a temperatura, observamos que a 140°C a remoção de lignina não se mostra eficaz, porém a 150°C e 160°C, foi possível remover 5.48% e 2.03% de lignina e 10.1% e 12.8% de xilana, respectivamente, quando comparada com a biomassa inicial. Analisando as informações obtidas pelo pré-tratamento com a auto-hidrólise, é nítida a capacidade remoção de xilana pela água, removendo 4.6%, 8.0% e 11.45% de xilana nas temperaturas de 140°C, 150°C e 160°C respectivamente, quando comparada com a biomassa não tratada. Porém, quando comparada a remoção de xilana pelo auto-hidrólise com a do líquido iônico, podemos perceber que o líquido iônico consegue se sobressair em duas temperaturas, removendo 2.1% e 1.35% a mais de xilana a 150°C e 160°C respectivamente. Além disso, observamos que a auto-hidrólise é ineficiente quando se trata da remoção de lignina. Comparando os resultados de auto-hidrólise e da variação de temperatura, foi possível definir que a temperatura ideal para fixarmos foi a de 160°C, devido a maior remoção de hemicelulose e preservação da celulose presente nas fibras da biomassa. Analisando todos os resultados obtidos, observou-se que não seria necessário o teste de variação de proporção (biomassa/líquido iônico). Ao comparar a remoção de xilana com o processo Kraft, notamos que, com kappa 17, a polpa contém 13,0% de xilana. Desse modo, o uso de líquido iônico se mostrou eficaz como um pré-tratamento da biomassa, pois com os parâmetros de 90 minutos, 160°C e proporção de 1:2 foi possível remover 2.03% de lignina e 12.8% de xilana em comparação com a biomassa inicial, podendo ser explorado o seu potencial para outros fins.
Título do Evento
XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC 2024) & V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec 2024)
Cidade do Evento
Seropédica
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RIBEIRO, HELENA DA SILVA et al.. APLICAÇÃO DE LÍQUIDO IÔNICO NO PROCESSO DE POLPAÇÃO DE MADEIRA.. In: Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais. Anais...Seropédica(RJ) UFRRJ, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/940700-APLICACAO-DE-LIQUIDO-IONICO-NO-PROCESSO-DE-POLPACAO-DE-MADEIRA. Acesso em: 12/09/2025

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