DIAGNÓSTICO HEMATOLÓGICO, MORFOLÓGICO E MOLECULAR DE AGENTES ANAPLASMATACEAE EM AVES SILVESTRES DO ESPÍRITO SANTO

Publicado em 22/04/2025 - ISBN: 978-65-272-1295-9

Título do Trabalho
DIAGNÓSTICO HEMATOLÓGICO, MORFOLÓGICO E MOLECULAR DE AGENTES ANAPLASMATACEAE EM AVES SILVESTRES DO ESPÍRITO SANTO
Autores
  • Thainá Rodrigues Fernandes
  • Luana Spinozzi Di Lelli
  • Renan Rezende Afonso
  • Flávia Guimarães Chaves
  • Cristiane Divan Baldani
  • Huarrisson Azevedo Santos
  • Karen Barcellos Da Silva
  • Andresa Guimarães
Modalidade
Resumo
Área temática
Ciências Agrárias - Medicina Veterinária
Data de Publicação
22/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/936463-diagnostico-hematologico-morfologico-e-molecular-de-agentes-anaplasmataceae-em-aves-silvestres-do-espirito-santo
ISBN
978-65-272-1295-9
Palavras-Chave
PCR, esfregaço sanguíneo, Espírito Santo, Sanidade Avícola
Resumo
Os Agentes Anaplasmataceae pertencem à ordem Rickettsiales e incluem bactérias do tipo gram negativas intracelulares obrigatórias, como Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. Essas bactérias podem infectar vários hospedeiros, dentre eles, as aves silvestres, que participam como os próprios reservatórios naturais da doença ou hospedeiros acidentais. Os ectoparasitas, como carrapatos, atuam como vetores, podendo gerar implicações para a saúde animal e humana. A técnica de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) é comumente utilizada para a detecção de patógenos, quando se necessita maior especificidade e sensibilidade. Anaplasma spp. já foi detectado em aves do Brasil, por isso o objetivo do presente estudo foi analisar a ocorrência de potenciais reservatórios para Anaplasmataceae em aves alojadas no Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) no Espírito Santo. Foi solicitada autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) pelo Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade SISBIO (88352). No estudo, foram amostradas 30 aves, do tipo carnívoras, Psittaciformes e Piciformes. A coleta de amostras de sangue foi realizada na veia jugular direita em um volume de aproximadamente 0,5mL de sangue armazenado em tubo pediátrico, contendo o anticoagulante Ácido Etilenodiaminotetracético (EDTA). Os esfregaços sanguíneos foram confeccionados no momento da coleta, sua análise foi realizada no Laboratório de Patologia Clínica Veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), corados pela metodologia de Panótico Rápido e examinados no microscópio óptico em objetiva de imersão. Parte desse material foi armazenado em microtubos e congelados a -20°C, posteriormente foi realizada a extração de DNA com o Extracta® Kit – DNA (Loccus®). Todas as amostras foram submetidas a reação de amplificação, do gene endógeno Beta Actina (ACTB), utilizando primers específicos (B-actin-aveF e B-actin-aveR) que confirmaram a presença de DNA das aves, ao apresentarem banda. Foi utilizado como método de diagnóstico para Anaplasma spp., a técnica de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR), utilizando os primers para o gene 16SrRNA (EHR16SD e EHR16SR). Os produtos gerados na PCR foram analisados por eletroforese em gel de agarose e corados com Brometo de Etídio e observado sob transiluminador de fluorescência ultravioleta, animais com produtos na altura do controle positivo utilizado (345 pares de base) foram considerados positivos. Dos 30 esfregaços sanguíneos realizados, 10 apresentaram alterações hematológicas ou inclusões intracelulares sugestivas de hemoparasitas, apesar disso, deve-se considerar inúmeros fatores que podem afetar a leitura das lâminas, por isso, a realização de técnicas de biologia molecular são fundamentais para a correlação entre os achados na lâmina e a efetiva presença de hemoparasitas. Vale ressaltar que estudos recentes mostram que algumas espécies de Anaplasma produzem inclusão citoplasmática em células de aves. Dentre as 30 aves utilizadas na pesquisa, seis apresentaram bandas positivas para Anaplasmataceae na PCR, correnpondendo a 20% das amostras (2 Crax blumenbachii; 2 Ortalis araucauan; 1 Amazona rhodocorytha e 1 Amazona farinosa). O uso da reação de PCR permitiu a detecção de agentes da família Anaplasmataceae nessas aves, mas não excluiu a presença de outros agentes específicos nas aves do presente estudo, uma vez que dependem de primers específicos para cada agente. Para melhor compreensão deste achado, os produtos foram purificados e serão encaminhados ao sequenciamento para identificação de gênero e espécie. Em razão da capacidade de voo das aves, se faz necessário conhecer os seus patógenos e as relações que eles desempenham, pois podem apresentar um potencial risco epidemiológico em outras áreas da avifauna brasileira. Agentes Anaplasmataceae estão presentes em amostras de sangue de aves do Espírito Santo, maiores estudo são necessários para melhor caracterizar as espécies e o ciclo de transmissão desses agentes nas aves.
Título do Evento
XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC 2024) & V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec 2024)
Cidade do Evento
Seropédica
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FERNANDES, Thainá Rodrigues et al.. DIAGNÓSTICO HEMATOLÓGICO, MORFOLÓGICO E MOLECULAR DE AGENTES ANAPLASMATACEAE EM AVES SILVESTRES DO ESPÍRITO SANTO.. In: Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais. Anais...Seropédica(RJ) UFRRJ, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/936463-DIAGNOSTICO-HEMATOLOGICO-MORFOLOGICO-E-MOLECULAR-DE-AGENTES-ANAPLASMATACEAE-EM-AVES-SILVESTRES-DO-ESPIRITO-SANTO. Acesso em: 03/07/2025

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