MAPEAMENTO MICOLÓGICO E MICOTOXICOLÓGICO DE RAÇÕES CANINAS ORIUNDAS DE LOJAS COMERCIAIS NO MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA-RJ

Publicado em 22/04/2025 - ISBN: 978-65-272-1295-9

Título do Trabalho
MAPEAMENTO MICOLÓGICO E MICOTOXICOLÓGICO DE RAÇÕES CANINAS ORIUNDAS DE LOJAS COMERCIAIS NO MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA-RJ
Autores
  • Camila Schulze Ramos
  • Soraya Stephanie de Frias
  • Luiza Moreira Da Costa
  • Fernanda Carpanese Figueiredo
  • Mário Mendes Bonci
  • Aguida Aparecida de Oliveira
Modalidade
Resumo
Área temática
Ciências Agrárias - Medicina Veterinária
Data de Publicação
22/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/930000-mapeamento-micologico-e-micotoxicologico-de-racoes-caninas-oriundas-de-lojas-comerciais-no-municipio-de-seropedic
ISBN
978-65-272-1295-9
Palavras-Chave
Aflatoxina, Micotoxinas, Monitoramento, Segurança do Alimento.
Resumo
Dentre os diversos fungos estudados pela Micologia, o presente estudo tem como foco os produtores de micotoxinas, metabólitos tóxicos secundários sintetizados por fungos filamentosos, com ênfase nos gêneros Aspergillus, Penicillium e Fusarium. Dentre as micotoxinas, no âmbito da segurança do alimento, destaca-se as aflatoxinas, ocratoxina A, patulina, fumonisinas, zearalenona e desoxinivalenol, causadoras das micotoxicoses, de caráter crônico e sintomatologia inespecífica, sem tratamento específico, apenas de suporte e minimização da clínica, restando-se a prevenção. A ração canina, base da dieta desta espécie, é relativamente recente no Brasil, destacando-se a carência de normas acerca das concentrações aceitáveis de micotoxinas presentes nesse produto, provavelmente, pela utilização de grãos contaminados na fabricação, tendo em vista a falta de fiscalização, e ambiente de armazenamento propício com alta umidade, elevando a probabilidade de ocorrência de micotoxicoses. Este estudo objetivou analisar 30 amostras de rações caninas oriundas do município de Seropédica-RJ, no âmbito micológico e micotoxicológico, com foco na distinção entre o perfil de rações comercializadas a granel e ensacadas e seu tipo (Standard, Premium, Super premium e Premium especial), visando ressaltar a necessidade de monitoramento microbiológico regular e adoção de normas mais rígidas e efetivas para manutenção da qualidade do alimento comumente consumido pelos pets, de modo a garantir a saúde animal. A análise de cada amostra foi realizada pelo método de diluição em placa para isolamento e contagem da microbiota total. As colônias identificadas como Aspergillus, Penicillium e Fusarium foram sub cultivadas e armazenadas para posterior identificação das espécies. A análise do perfil micotoxicológico foi feita pelo método de TLC. A contagem de unidades formadoras de colônia por grama (UFC/g) foi maior nas rações vendidas a granel (33,3% das amostras), com uma média de 4050 UFC/g, quando comparadas às ensacadas, com uma média de 2410 UFC/g, fato que corrobora com a influência direta das condições de armazenamento no que diz respeito ao desenvolvimento fúngico, visto que rações a granel possuem maior exposição ambiental, destacando-se a umidade. As rações do tipo Premium apresentaram maiores níveis de contaminação fúngica, com uma média de 4000 UFC/g, seguidas das Standard (média de 3967 UFC/g), Super premium (1289 UFC/g) e Premium especial (400 UFC/g), destacando a ausência de uma diferença significativa entre as rações Standard e Premium em termos de contagem microbiológica, embora preços distintos, mas uma diferença significativa quando comparadas às Super premium e Premium especial, o que traduz a precificação quanto à qualidade da proteína utilizada na fabricação, indiferente ao nível de contaminação microbiológica. Os principais gêneros isolados foram Aspergillus (70% das amostras), Cladosporium (50%), Penicillium (43,3%), Curvularia (10%), Fusarium (6,7%), Scopulariopsis (6,7%) e Trichoderma (6,7%). Quanto à análise micotoxicológica, encontrou-se aflatoxina nas amostras 3 (ração Standard a granel; >10000 UFC/g; presença da espécie Aspergillus parasiticus) e 24 (ração Standard ensacada; 200 UFC/g; presença do gênero Aspergillus). A produção de aflatoxinas e sua espécie produtora são favorecidas pelas condições climáticas tropicais ou subtropicais, assim como pela exposição dos grãos utilizados na fabricação de rações à alta temperatura e umidade durante armazenamento. Em suma, rações ensacadas apresentaram menor contaminação microbiológica se comparadas às a granel, da mesma forma que rações do tipo Super premium e Premium especial quando comparadas às Standard e Premium, com destaque ao gênero Aspergillus; 28 amostras mostraram-se livres de micotoxinas e apenas 2 positivaram, embora 86,67% das amostras apresentaram gêneros potencialmente produtores, alertando-se o risco iminente de comprometimento à saúde animal, fazendo-se necessário repensar as políticas voltadas à fiscalização do comércio de rações caninas.
Título do Evento
XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC 2024) & V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec 2024)
Cidade do Evento
Seropédica
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RAMOS, Camila Schulze et al.. MAPEAMENTO MICOLÓGICO E MICOTOXICOLÓGICO DE RAÇÕES CANINAS ORIUNDAS DE LOJAS COMERCIAIS NO MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA-RJ.. In: Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais. Anais...Seropédica(RJ) UFRRJ, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/930000-MAPEAMENTO-MICOLOGICO-E-MICOTOXICOLOGICO-DE-RACOES-CANINAS-ORIUNDAS-DE-LOJAS-COMERCIAIS-NO-MUNICIPIO-DE-SEROPEDIC. Acesso em: 04/07/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes