AS RELAÇÕES BILATERAIS ENTRE CHINA E BRASIL: COMO A CONEXÃO SINO-BRASILEIRA INFLUENCIA NO DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA NACIONAL?

Publicado em 22/04/2025 - ISBN: 978-65-272-1295-9

Título do Trabalho
AS RELAÇÕES BILATERAIS ENTRE CHINA E BRASIL: COMO A CONEXÃO SINO-BRASILEIRA INFLUENCIA NO DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA NACIONAL?
Autores
  • Isabella Silva Carvalho
  • Marcelo Pereira Fernandes
Modalidade
Resumo
Área temática
Ciências Sociais Aplicadas - Economia
Data de Publicação
22/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/913376-as-relacoes-bilaterais-entre-china-e-brasil--como-a-conexao-sino-brasileira-influencia-no-desenvolvimento-da-econ
ISBN
978-65-272-1295-9
Palavras-Chave
Economia brasileira,China,Relações bilaterais,Parceria estratégica,Desenvolvimento econômico,Economia internacional,
Resumo
A mudança no eixo geopolítico mundial, na qual a China emerge como uma grande potência, trouxe grandes transformações nas relações internacionais. Com a ascensão chinesa, muitas nações, principalmente aquelas em processo de desenvolvimento, buscaram firmar acordos e fortalecer os laços com a China em busca de melhores oportunidades de crescimento econômico. Esse cenário se faz extremamente presente na América Latina e, em especial, no Brasil. Sendo uma peça-chave na região, as relações diplomáticas sino-brasileiras, firmadas em agosto de 1974, são fundamentais para ambos os países, ao passo que em 2009, supera os Estados Unidos e se torna a maior parceira comercial do Brasil. O presente trabalho tem como objetivo analisar a evolução das relações bilaterais entre Brasil e China, debatendo acerca da influência chinesa no desenvolvimento brasileiro, com ênfase no período da década de 2000 a 2024. Examinando as mudanças ocasionadas pela formalização de tais relações, assim como o impacto da elevação chinesa ao posto de “maior parceiro econômico do Brasil”, verificando a possível relação entre a conexão sino-brasileira e o processo de reprimarização da economia do Brasil. A metodologia utilizada na elaboração desta pesquisa é a análise de dados e documentos do governo federal do Brasil, fornecendo compreensão ampla das relações China-Brasil. Também foram utilizadas publicações acadêmicas, incluindo os trabalho de Diego Bonaldo Coelho, Gilmar Masiero e Luiz Caseiro, e publicações do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), bem como outros autores relevantes. Os resultados históricos mostram que a China tem sido uma das principais fontes de investimento externo direto (IED); parceria estratégica e cooperação bilateral, por meio de projetos como a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN) (BRASIL, 2024) e ações que vão além do bilateralismo, a exemplo do BRICS. Entretanto, mudanças na pauta exportadora brasileira nos anos 2000, com o aumento da demanda chinesa por produtos primários, evidenciam um processo de reprimarização ou especialização progressiva do padrão comercial do país (COELHO; MASIERO; CASEIRO, 2015). Dessa forma, cabe a análise da conjuntura brasileira à época do aumento das relações com o governo Chinês e, a comparação entre ônus e bônus que esta relação proporciona para o Brasil, tendo em vista as divergências que o modelo de parceria chinês possui com relação às demais potências mundiais. Com relação aos investimentos chineses em solo brasileiro, segundo a pesquisa de investimentos do CEBC realizada com dados de 2022, o setor de energia elétrica, com ênfase em fontes limpas e renováveis, recebeu o maior investimento e o maior número de projetos confirmados. Ele foi seguido pelas áreas de tecnologia da informação, fabricação de automóveis, infraestrutura, agricultura, serviços relacionados, entre outros. O investimento nessas áreas traz diversas vantagens para o desenvolvimento industrial, intercâmbio tecnológico e aumento das oportunidades de emprego no Brasil. Entretanto, a progressiva elevação dos níveis de investimentos contrasta com a tendência de reprimarização da pauta exportadora brasileira. Entre 1981 e 1990, a composição era predominantemente de metalurgia, soja, máquinas e equipamentos, café, material de transporte, minérios, produtos químicos, calçados e couros, petróleo e combustíveis (BRASIL, 2022). A partir da década de 2010, observa-se uma composição pautada em produtos agropecuários e minérios (MDIC, 2016). Tal cenário abre caminho para a discussão acerca de como devem ser alocados e administrados os investimentos, tanto chineses quanto dos demais países, pelo governo brasileiro. Tendo em vista que os recursos, sejam em forma de IED ou de intercâmbio tecnológico, decorrentes dos acordos sino-brasileiros devem ser utilizados como apoio ao desenvolvimento da economia nacional, de modo a constituírem, junto às instituições brasileiras, um plano de ação para o fomento de políticas de desenvolvimento.
Título do Evento
XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC 2024) & V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec 2024)
Cidade do Evento
Seropédica
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CARVALHO, Isabella Silva; FERNANDES, Marcelo Pereira. AS RELAÇÕES BILATERAIS ENTRE CHINA E BRASIL: COMO A CONEXÃO SINO-BRASILEIRA INFLUENCIA NO DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA NACIONAL?.. In: Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais. Anais...Seropédica(RJ) UFRRJ, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/913376-AS-RELACOES-BILATERAIS-ENTRE-CHINA-E-BRASIL--COMO-A-CONEXAO-SINO-BRASILEIRA-INFLUENCIA-NO-DESENVOLVIMENTO-DA-ECON. Acesso em: 16/07/2025

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