EXPECTATIVAS ACERCA DA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA POR MEIO DO PIBID/UFSCAR- EM TEMPOS DE PANDEMIA

Publicado em 11/11/2021 - ISBN: 978-65-5941-410-9

Título do Trabalho
EXPECTATIVAS ACERCA DA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA POR MEIO DO PIBID/UFSCAR- EM TEMPOS DE PANDEMIA
Autores
  • Ana Laura Cruz Aquino
Modalidade
Sessões de Diálogos - Resumo Expandido
Área temática
EDUCAÇÃO DAS SENSIBILIDADES E NARRATIVAS: O MUNDO NA ESCOLA E A ESCOLA NO MUNDO
Data de Publicação
11/11/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xfalaoutraescola2021/374887-expectativas-acerca-da-formacao-inicial-e-continuada-por-meio-do-pibidufscar--em-tempos-de-pandemia
ISBN
978-65-5941-410-9
Palavras-Chave
Reflexão docente, práticas pedagógicas, formação inicial e continuada, educação geográfica.
Resumo
Sou professora de Geografia na EM Dr. Getúlio Vargas, desde o ano de 2013. Dou aula para os 6º, 7º e 8º anos do ensino fundamental- anos finais. É uma escola antiga e considerada como uma referência na Educação Pública de Sorocaba, onde as crianças entram a partir do 1º ano do ensino fundamental e permanecem até o 9º ano. Minha trajetória enquanto professora se deu logo no ensino médio, em que optei em cursar o magistério e posteriormente ingressar no curso de licenciatura em Geografia na Unesp, campus de Presidente Prudente/SP. No decorrer do curso, percebia que as disciplinas da Educação não eram priorizadas como deveriam ser, sendo contempladas as disciplinas específicas do curso. Assim, logo quando ingressei na rede estadual, comecei a ter consciência das fragilidades da minha formação enquanto docente, possuía um bom domínio acerca dos conteúdos específicos, porém a didática se tornava complexa, à medida que tinha contato com turmas de nível de aprendizagem muito heterogêneo. Tal dificuldade, fez com que eu voltasse a estudar e prestar o vestibular para Pedagogia, pela UFscar, modalidade EAD. E foi assim que comecei a compreender a importância da formação docente. Em 2014 o Pibid/Ufscar abriu edital e a EM Dr. Getúlio Vargas foi selecionado, assim participei da seletiva e também fui escolhida para atuar no subprojeto da Geografia, o que perdurou até o ano de 2017. Nesse período, passaram muitos bolsistas pela escola e alguns projetos foram relevantes tanto para a formação inicial dos futuros professores quanto para a minha formação. Estreitar uma relação com o meio acadêmico, permitiu analisar a minha prática docente e otimizar as aulas também. Outro aspecto interessante reside no cotidiano da escola, o presencial, que permitiu estabelecer vínculos entre os bolsistas e os alunos da escola, desenvolver as atividades in loco, garantindo de certa forma, a produção de saberes e de experiências singulares. Permitindo assim, a compreensão da dinâmica do desenvolvimento das atividades geográficas, como são planejadas e com qual intencionalidade. (CAVALCANTI,2010). Havia ali momentos de reflexão, por meio das devolutivas dos alunos, a clareza das práticas produzidas, pautadas no Construtivismo, que concebe o ensino como uma intervenção intencional nos processos intelectuais, sociais e afetivos dos alunos. Assim como também, a contextualização do entorno da escola, muito significativo para a Geografia, que convergia para a conceituação da categoria de análise espacial, o Lugar. Em meados de setembro de 2020, o edital do Pibid/Ufscar subprojeto Geografia abre e as duas escolas municipais foram selecionadas, entre elas o “Getúlio” e novamente me interessei em participar do programa. Fui selecionada e estão sob a minha supervisão oito bolsistas, que cursam o primeiro e o segundo anos do curso de licenciatura da Geografia. Porém, de outra forma, que não a presencial. Inicialmente, fizemos as reuniões de forma remota, relatei as características da escola, fiz um vídeo de apresentação da mesma, conversamos sobre os conteúdos, livro didático adotado. Enfim, assuntos do cotidiano escolar de fato. Logo fui percebendo que o maior desafio seria desenvolver os temas sem ter o contato presencial tanto com os bolsistas quanto com os alunos da escola. Como trabalhar uma disciplina das Ciências Humanas sem o chão da sala de aula? Como construir um vínculo com os bolsistas, sem o contato presencial? Quantas incertezas me cercaram e ainda permanecem, frente ao presente. Mesmo criando grupos de whatsapp, mesmo utilizando plataforma como o Google Sala de Aula, o inesperado está aí. No final de dezembro, começamos a esboçar ideias e assuntos que poderiam ser trabalhados de forma remota e incentivar os bolsistas para que não perdessem o ânimo foi relevante também. Logo no início do ano, dei uma devolutiva das turmas que iríamos trabalhar e destacamos os conteúdos selecionados. Fizemos a divisão dos bolsistas por turmas e foram inseridos na plataforma junto com os alunos, assim eles poderiam acompanhar as postagens do bimestre, bem como organizar suas atividades colaborativas. Fizemos a seleção dos temas: 6º anos- Cultura Alimentar, 7º anos- Identidade e Pertencimento e os 8º anos- Identidade da América. Cada grupo se organizou, selecionou os conteúdos e a modalidade de atividade a ser proposta. Todos optaram por elaborar formulários, como um meio de viabilizar um levantamento de dados mais sistematizado. Para os 6º anos foi feita uma seleção de links para que os alunos pudessem responder o formulário. Já para os 7º anos, foi elaborado um formulário de sondagem acerca do conceito de identidade e para os 8º anos, as pibidianas optaram em produzir um material de estudo para nortear os alunos no momento de responderem o formulário proposto por elas. Fiz todas as postagens na plataforma, foi dado um prazo de uma semana para desenvolver a tarefa. As devolutivas dos alunos aos bolsistas, foi o que mais me chamou a atenção, e ainda mais a percepção que os pibidianos produziram acerca do trabalho realizado. Fizemos uma reunião para que eu pudesse analisar as impressões e os dados levantados pelos grupos e foi aí que percebi que eles haviam feito reflexões que são fundamentais para a formação deles e para a minha também. O quanto a subjetividade, os saberes e a prática docente são essenciais para a trajetória profissional de um professor. É um ir e vir que enriquece os pensamentos e os sentidos de ser professor, e sair do porto seguro, mudar a forma de trabalhar, do presencial para o remoto, surpreende, porque tudo é inesperado. Das falas dos pibidianos e das pibidianas, resgata-se a importância da reflexão acerca da prática docente, em que a missão educativa da escola, assenta-se na figura do professor. Em que interessar-se pelos saberes e pela subjetividade dele é tentar penetrar no próprio cerne do processo concreto de escolarização, tal como ele se realiza a partir do trabalho cotidiano dos professores, em interação com os alunos. (TARDIFF,2002). Alguns desses relatos merecem atenção, como o caso do grupo dos 6º anos, que refletiu acerca do uso de links como sugestão de leitura e verificou que os alunos na sua maioria, não acessou, pontuando a necessidade em mudar a abordagem e produzir textos para que os alunos pudessem se apropriar de forma exitosa dos temas a serem trabalhados. O grupo dos 7º anos pontuou a necessidade em trabalhar melhor o conceito de lugar nas tarefas, pois percebeu-se que uma boa parte das crianças não conseguiu compreender o significado desta categoria de análise espacial. Já o grupo dos 8º anos, apontou a necessidade em refletir melhor sobre as etapas de avaliação, como avaliar e para que avaliar, ao analisar as respostas do formulário proposto. São inquietações inerentes ao trabalho docente e mesmo de forma remota conseguiram sinalizar os ajustes, as falhas e os acertos que permeiam a prática em sala de aula. São falas que irão nortear o nosso trabalho, que merecem escuta e discussão, pois convergem para a formação docente em sua totalidade. Referências Bibliográficas: CAVALCANTI, Lana de Souza. In: CASTELLAR,S. (Org.) Educação geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo: Contexto, 2005.p.66-71; TARDIFF, Maurice. Saberes Docentes e Formação Profissional.14ª Edição. Petrópolis, 2002.
Título do Evento
X FALA Outra ESCOLA
Título dos Anais do Evento
Anais do Seminário Fala Outra Escola
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

AQUINO, Ana Laura Cruz. EXPECTATIVAS ACERCA DA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA POR MEIO DO PIBID/UFSCAR- EM TEMPOS DE PANDEMIA.. In: Anais do Seminário Fala Outra Escola. Anais...Campinas(SP) UNICAMP, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xfalaoutraescola2021/374887-EXPECTATIVAS-ACERCA-DA-FORMACAO-INICIAL-E-CONTINUADA-POR-MEIO-DO-PIBIDUFSCAR--EM-TEMPOS-DE-PANDEMIA. Acesso em: 02/12/2025

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