TECNOLOGIAS: A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FISICA NA ESCOLA CONECTADA COM MUNDO

Publicado em 11/11/2021 - ISBN: 978-65-5941-410-9

DOI
10.29327/140280.1-2  
Título do Trabalho
TECNOLOGIAS: A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FISICA NA ESCOLA CONECTADA COM MUNDO
Autores
  • Rodrigo da Cruz Oliveira
  • Renata Helena Pin Pucci
Modalidade
Sessões de Diálogos - Resumo Expandido
Área temática
EDUCAÇÃO DAS SENSIBILIDADES E NARRATIVAS: O MUNDO NA ESCOLA E A ESCOLA NO MUNDO
Data de Publicação
11/11/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xfalaoutraescola2021/372791-tecnologias--a-formacao-de-professores-de-educacao-fisica-na-escola-conectada-com-mundo
ISBN
978-65-5941-410-9
Palavras-Chave
Educação Física; Tecnologias; Formação de professores; Educação Básica.
Resumo
INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados de uma revisão sistemática da literatura que discute as tecnologias na educação e na atuação dos professores de Educação Física da educação básica. Foram realizadas buscas nos bancos de dados da Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Educational Resources Information Center (ERIC) e Google Scholar. Após utilização dos descritores e aplicação dos filtros, priorizando: Área geral: ciências humanas, Áreas temáticas: Educação e pesquisa educacional, chegamos a 236 trabalhos. Estes foram compilados usando o Rayyan e aplicados novos filtros (leitura dos resumos, leitura na íntegra, importância para discussão), além dos critérios de inclusão e exclusão. Por fim, restaram 36 trabalhos que foram utilizados nesta revisão, apresentada a seguir. O trabalho encontra-se articulado com a proposta do evento, pois, frente à ampliação da inserção das tecnologias no cotidiano de alunos e professores, vinculadas ao mundo em que vivemos, sabemos que as transformações sociais provocadas por esses recursos fazem parte da vida dos sujeitos, os transformam e é preciso compreender o espaço que tem nas escolas. EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA Para Cagliari (2018), a Educação Física é também uma disciplina escolar, assim como é previsto na Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Na medida em que a sociedade se transformava, a área também passou por transformações de ordem histórica, política, social e econômica e, atualmente, é considerada um componente curricular obrigatório na área de linguagens, códigos e suas tecnologias. Conforme ocorrem as transformações sociais no mundo pelo uso de novas tecnologias, as escolas e, por consequência, os alunos e professores, também passam por essas transformações, refletindo na maneira como a disciplina Educação Física Escolar se apresenta. Constatam-se, nas escolas, salas de informáticas, lousas digitais, softwares, tabletes e celulares, algumas vezes, pertencentes aos próprios alunos, além de outros tipos de materiais. Portanto, “professores e alunos são bombardeados por equipamentos tecnológicos e não há como se abstrair dessa perspectiva que está surgindo” (CAGLIARI, 2018, p.19). O novo ambiente de aprendizagem apresenta desafios para aqueles que participam diretamente de sua construção, propõe novas estruturas e ferramentas para lidar com novos objetivos. As tecnologias passam a fazer parte desse novo mundo globalizado e também a ser vista como a lógica da eficiência por conta desse cientificismo. A superestimação da ciência levou ao mito de salvação da humanidade, pois as pessoas acreditam que todos os problemas humanos podem ser resolvidos cientificamente e por meio do desenvolvimento tecnológico. “As sociedades modernas passaram a confiar na ciência e na tecnologia como se confia em uma divindade” (SANTOS; MORTIMER, 2002, p.111). Nesse sentido, assume-se, inicialmente, os mesmos pressupostos de Cunha et al. (2015, p.14) quando ao falar das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC, relatam que: “inserção das TIC nas ações pedagógicas não resolverá os problemas enfrentados pela educação” (CUNHA et al., 2015, p.14), elas são ferramentas que podem contribuir com as transformações das aulas, portanto, as inserções desses recursos não podem ser de maneira sucateada como tem ocorrido, muito menos limitadora. É uma premissa que o uso pedagógico das tecnologias depende de computadores e laboratórios, internet etc, porém, a utilização dessas ferramentas depende, principalmente, da formação do professor e de políticas públicas para essa formação. Para Silva (2011), os programas de formação de professores ou de educação continuada não tem dado conta de garantir a qualidade do ensino. Um exemplo, são as políticas públicas de informatização e erradicação do analfabetismo que não atingiram suas metas. Desde a década de 1990 a Educação brasileira vem passando constantemente por reformas em todos os níveis, que são direcionadas por um conjunto de decisões políticas que vão fundamentando os objetivos da Educação no contexto em que está inserida e, assim, objetiva “guiar” o trabalho da escola e do professor. Essa não é uma condição impensada, ao contrário, são políticas pensadas racionalmente como formas de ideologia, capacitando o indivíduo para ação e participação no mundo (POPKEWITZ, 1997). A literatura demonstra diversas dificuldades dos professores para trabalhar com esses recursos no âmbito escolar, porém, demonstram o uso desses instrumentos de maneira positiva e também que essas novas tecnologias favoreceram a aprendizagem, contribuindo para o aumento do interesse dos alunos pelas aulas e pelo conteúdo. Aborda as maneiras como os professores tem atuado com esses mecanismos no âmbito escolar, porém, pouco discute a formação do professor para esse fim. Isso permitiu realizar um levantamento sobre a atuação, relacionando as ferramentas tecnológicas mais citadas pelos professores. CONSIDERAÇÕES Os aparelhos mais utilizados pelos professores foram computadores, celulares, vídeo game, televisores, projetores e aparelhos de som. Os recursos mais utilizados foram as redes sociais (whatsapp, facebook e instagram), vídeos no youtube, fotos, e-mail, gifs, aplicativos e sensores kinect. O uso de todos esses recursos foram possíveis mesmo com todos os problemas relacionados, ou seja, falta de materiais e infraestrutura, além da carência de estudos que possam aprofundar a discussão e a compreensão do tema sobre maneiras de utilização desses recursos. Apenas um trabalho (SOUZA et al., 2017), abordou a temática na formação continuada, demonstrando que é um assunto pouco discutido nesse eixo. O acesso às tecnologias móveis, como os celulares por exemplo, facilitou e possibilitou o uso de parte desses recursos no ambiente escolar, porém, a formação do professor para esse fim é apenas de mais um usuário que, em meio às possibilidades criativas, encontram maneiras de utilização desse recurso e de outros, como ferramenta de ensino/aprendizagem. Além dos mecanismos mais utilizados, essa revisão sintetiza em mais 4 eixos, os tópicos que surgem com maior frequência nos artigos: Em primeiro lugar os autores concordam que é necessário planejamento no uso das tecnologias para que os objetivos pedagógicos sejam alcançados, elas podem ser ferramentas didáticas importantes, proporcionando a melhora na aprendizagem e na comunicação com o outro, esses mecanismos não podem ser inseridos no cotidiano das escolas apenas por conveniência, porque a tecnologia existe ou simplesmente por ser possível. Em segundo, o uso das tecnologias estabeleceu um processo colaborativo e que facilitou a comunicação entre professores, alunos, gestores e comunidades que vai além da socialização e interação e propiciou aprendizagem real para o contexto específico de cada aluno. O terceiro é que existe um propósito de imposição ideológica no uso das tecnologias na educação. A gestão de pessoas é objeto de disputas políticas e isso inclui diversas instituições responsáveis pela educação de indivíduos. Para tanto, reformulam uma série de normas e mobilizam diversos discursos e tecnologias (como currículo, métodos de ensino, organização escolar e métodos de gestão etc.) para tornar as pessoas e suas habilidades objeto alienado em um cenário político competitivo (GARCIA, 2010). Portanto, é “caracterizada por discursos que tendem a naturalizar sua relação com a educação e, assim, mascarar a não neutralidade da tecnologia” (FERREIRA; SÁ, 2018, p.740). Nesse sentido, discute-se o fracasso da educação básica ao lidar com essa nova geração de nativos digitais e em segundo, a educação superior, que objetiva formar os professores para esse novo mercado de trabalho (FERREIRA; SÁ, 2018). E o quarto e último, é que as tecnologias não vão resolver todos os problemas da Educação, porém não são as ferramentas que definem seu próprio uso, mas sim as pessoas. Os professores, segundo a literatura, têm dificuldades para utilizarem esses mecanismos ou de planejarem as ações com o uso de tecnologia de maneira mais efetiva. REFERÊNCIAS CAGLIARI, M. S. Pedagogia do esporte e TIC: contribuições para o ensino do handebol na educação física escolar. 2018. 106f. Dissertação (Mestrado em desenvolvimento humano e tecnologias). UNESP, Rio Claro, 2018. CUNHA, A. L. et al. Matemática do ensino médio e as tecnologias de informação e comunicação nas escolas públicas estaduais de Goiás. Risti-Revista Ibérica de Sistemas e Tecnologias de Informação, Anápolis, n.4, p.1-15, set.2015. GARCIA, M. M. A. Políticas educacionais contemporâneas: tecnologias, imaginários e regimes éticos. Revista Brasileira de Educação, [S.L.], v.15, n.45, p.445-455, dez.2010. FERREIRA, G. M. S.; SÁ, J. C. Recursos educacionais abertos como tecnologias educacionais: considerações críticas. Educação&Sociedade, [S.L.], v.39, n.144, p.738-755, abr.2018. POPKEWITZ, T. Reforma educacional: uma política sociológica. Poder e conhecimento em educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. SANTOS, W. L. P.; MORTIMER, E. F. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem C-T-S (Ciência - Tecnologia - Sociedade) no contexto da educação brasileira. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v.2, n.2, p.110-132, dez. 2000. SILVA, Ângela Carrancho. Educação e tecnologia: entre o discurso e a prática. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v.19, n.72, p.527-554, set.2011. SOUZA, Vânia de Fátima Matias de et al. The use of tics as facilitator in the process of continued education training of a social sports program. Journal Of Physical Education, [s.l.], v. 28, n. 1, p.1-13, 2017. Universidade Estadual de Maringa. http://dx.doi.org/10.4025/jphyseduc.v28i1.2851.
Título do Evento
X FALA Outra ESCOLA
Título dos Anais do Evento
Anais do Seminário Fala Outra Escola
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

OLIVEIRA, Rodrigo da Cruz; PUCCI, Renata Helena Pin. TECNOLOGIAS: A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FISICA NA ESCOLA CONECTADA COM MUNDO.. In: Anais do Seminário Fala Outra Escola. Anais...Campinas(SP) UNICAMP, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xfalaoutraescola2021/372791-TECNOLOGIAS--A-FORMACAO-DE-PROFESSORES-DE-EDUCACAO-FISICA-NA-ESCOLA-CONECTADA-COM-MUNDO. Acesso em: 25/06/2025

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