IMAGENS DIVERTIDAS, IMAGENS COLORIDAS: ESTUDO DE SUPORTES

Publicado em 11/11/2021 - ISBN: 978-65-5941-410-9

Título do Trabalho
IMAGENS DIVERTIDAS, IMAGENS COLORIDAS: ESTUDO DE SUPORTES
Autores
  • Fernanda Ferreira de Oliveira
Modalidade
Sessões de Diálogos - Resumo Expandido
Área temática
LINGUAGENS NOS COTIDIANOS EDUCATIVOS: CULTURAS E ARTES
Data de Publicação
11/11/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xfalaoutraescola2021/367662-imagens-divertidas-imagens-coloridas--estudo-de-suportes
ISBN
978-65-5941-410-9
Palavras-Chave
educação infantil, suporte, experiência, imagem
Resumo
O objetivo deste Diálogo é conversar um pouco sobre um projeto que foi realizado com uma turma de jardim I da educação infantil pública da cidade de Piracicaba SP. A turma da qual fez parte do projeto constituiu recíproca as provocações e desafios propostos, mesmo porque o olhar pedagógico presente bem como a concepção de infância creditada é de perceber as crianças pequenas capazes de compreender/afetar a cultura de diferentes formas. A ideia do projeto nasceu em duas situações, a partir da observação realizada nos momentos em que a crianças estavam brincando, e das minhas próprias indagações de querer entender a complexidade que circundam as proposituras para a pequena infância no espaço educacional, nesse sentido, a proposta era pensar: na produção de imagens criadas no processo de experimentação de diferentes superfícies, bem como na utilização de diferentes materiais. Para isso, sentiu-se a necessidade de estudar o que é o suporte, e o que são os suportes artísticos, e os desafios que esses poderiam proporcionar durante a investigação. A Intencionalidade do projeto era possibilitar espaço/tempo para que as crianças pudessem experimentar uma variedade de materiais e de diferentes naturezas. O contato sensorial com os suportes possibilitou vários processos de criação. Houve um esforço das crianças de tentarem identificar por meio da nomeação os resultados daquela experimentação. A partir das próprias posturas delas levantei perguntas provocativas? Qual imagem formou com os materiais e suportes? É possível identificar? Quais seriam as imagens? Essa imagem é algo conhecido, ou você inventou agora? Também não havia uma obrigação, a priori, de produzir imagens predeterminadas como uma cópia da realidade, mas quais os sentidos que poderiam ser atribuídos. É um processo que exigiu esforço das crianças na compreensão que o suporte é capaz de facilitar/colaborar no processo de criação, ou seja, o que é elaborado na imaginação é possível de ser produzido no concreto. A experimentação do material possibilitou entender o domínio que se tem sobre ele objetivando o reconhecimento da diversidade estética. As referencias bibliográfica consultadas foram os trabalhos da Susane Rangel e Anna Marie Holm as duas pesquisadoras e artistas desenvolvem a arte na perspectiva da pequena infância e a arte contemporânea, e que a todo o momento elas provocam as educadoras buscarem possibilidades de suportes e os mais diferentes possíveis, ou seja, muitas coisas podem ser suporte na experimentação com a arte, que vai de uma pequena lasca de pedra a uma parede, e a própria natureza. E também o estudo de Glenda Maíra Silva Melo, sobre o emprego de suportes que historicamente foram rejeitados pela tradição artística e no ensino de artes visuais. Para o grupo de crianças apresentei uma variedade de catálogos de exposições realizadas no próprio município como a Bienal Naifi. A Revista SESC foi também um material rico de imagens trazendo instalações de artistas. Foram exibidos vídeos de instalações artísticas que estão presentes na plataforma do YOUTUBE, por exemplo, o Yayoi Kusama: Infinity Mirrors at the Hirshhorn in DC. Ou, vídeos de performances como CONTATO - Escultura Lumínica Interativa, que parece uma “brincadeira” com as luzes sobre o suporte, que vai iluminando um determinado setor. O projeto está alinhado com a proposta pedagógica da escola, pois trata de uma visão de criança que é capaz. Capaz de experimentar e descobrir as coisas do mundo. Sendo assim, não tive nenhum problema, por exemplo, em trazer materiais de diferentes naturezas para a instituição, bem como não foi um incomodo as marcas deixadas pelas crianças como rastro de suas experimentações e produções. As famílias também foram parceiras, no sentido de colaborar com materiais enviados por meio das próprias crianças. As instalações produzidas para as vivências desse projeto afetaram outras turmas que ao se depararem com o cenário montado também queriam experimentar. Todos os tipos de suportes, compostos ou não, apresentados às crianças para a produção das imagens, em linhas gerais passaram pelas mesmas etapas: 1. Preparação do Espaço (Sala, Quintal, Área externa, Pátio, Parque) essa escolha dependia de como o espaço poderia valorizar o suporte e por sua vez a criação da imagem; 2. Experimentação Sensorial, exploração heurística; 3. Identificação da imagem, ou atribuição de sentidos; 4. Registro documental da Imagem (fotografia, vídeos, desenhos, relato); Retomada ou processo de ressignificação do suporte e da imagem e novos sentidos sendo atribuídos, ou seja, iniciando-se um novo ciclo. Ressalto que depois de um período do projeto, as crianças antes de iniciarem a etapa 2 projetavam oralmente ou por meio de desenhos o que desejavam produzir com os suportes, ensaiavam um croqui depois iam para a experimentação. Os materiais da natureza remanescente e objetos comuns foram valorizados nesse processo, e as próprias crianças pesquisaram possibilidades de suportes. A mudança de postura nesse estudo foi tanto minha como a das crianças, pois foi no processo da experimentação que se deu conta de perceber como cada suporte possibilita uma produção de imagem diferente. E mesmo quando as crianças projetavam uma determinada forma de imagem era somente no momento do contato e exploração com os limites do suporte, bem como os limites de cada criança, que era possível perceber o que poderia ser criado. Foram situações também de lidar com as frustrações, porque entender essas emoções faz parte do processo; as crianças produzem expectativas, mas somente no processo de elaboração e construção com o material, ou seja, com a realidade objetiva que se compreende do que é capaz fazer, e ao compreender isso as crianças começam a ter percepções sobre si, as coisas e o mundo. Outro ponto importante foi aprender a romper com ideia do belo dado a partir de um padrão, e começar a olhar para a imagem produzida como algo brincante e colorido, assim como diverso, encantador e autoral valorizando o que é capaz de produzir naquele momento. E os registros iniciais em relação aos últimos demonstram esse crescimento. A documentação pedagógica se deu por meio de registro escrito, fotográfico, vídeos, áudios e desenhos. E alguns desses processos foram lançados para a exposição anual. Referência: MELO, Glenda Maíra Silva. O emprego de suportes historicamente rejeitados pela tradição artística no ensino de artes visuais. Revista Educação, Artes e inclusão. 2018.
Título do Evento
X FALA Outra ESCOLA
Título dos Anais do Evento
Anais do Seminário Fala Outra Escola
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

OLIVEIRA, Fernanda Ferreira de. IMAGENS DIVERTIDAS, IMAGENS COLORIDAS: ESTUDO DE SUPORTES.. In: Anais do Seminário Fala Outra Escola. Anais...Campinas(SP) UNICAMP, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xfalaoutraescola2021/367662-IMAGENS-DIVERTIDAS-IMAGENS-COLORIDAS--ESTUDO-DE-SUPORTES. Acesso em: 08/06/2025

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