A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UMA REVISÃO BIBLIOMÉTRICA

Publicado em 23/12/2021

DOI
10.29327/154029.10-5  
Título do Trabalho
A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UMA REVISÃO BIBLIOMÉTRICA
Autores
  • ANA LUIZA BARCELOS RIBEIRO
  • Fernanda Rodrigues Guedes Gomes
  • Priscilla Gonçalves de Azevedo
  • Bianka Pires André
Modalidade
Resumo Expandido e Trabalho Completo
Área temática
GT 17 - Análises Bibliométricas na Produção Científica Interdisciplinar
Data de Publicação
23/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xc22021/437915-a-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva--uma-revisao-bibliometrica
ISSN
Palavras-Chave
Educação Especial, Inclusão, Bibliometria
Resumo
Introdução Nas últimas décadas tem tido um aumento significativo no número de matrículas de alunos público alvo da educação especial em escolas regulares, levantando assim diversos questionamentos, reflexões sobre possibilidades e metodologias que possam facilitar o processo de ensino aprendizagem e também alavancando as pesquisas sobre essa temática. Esse trabalho tem como objetivo buscar através da bibliometria dados, informações, autores e estudos relacionados à educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Tendo como método um levantamento quantitativo que possibilite uma análise qualitativa sobre o tema e seu respectivo resultado. O trabalho se constitui em primeiro momento a partir da análise qualitativa a partir dos descritores inclusão, educação, especial encontrando-se trinta artigos para a análise qualitativa, 1. Fundamentação teórica A educação especial, que se configurava como um sistema de ensino paralelo, com papel destinado ao atendimento direto dos educandos com deficiência, passa a atuar, prioritariamente, como suporte à escola regular no recebimento desse alunado (SASSAKI, 2004), demonstrando que tem havido uma mudança significativa no papel da educação. Assim, compreendemos a educação especial como uma modalidade de educação escolar, conforme especificado na LDB e no Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, Artigo 24, § 1º. Entende-se como um processo educacional definido em uma proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais em todos os níveis, etapas e modalidades da educação (MAZZOTTA, 1998). A educação especial é algo mais direcionado para um público especifico, ou seja, pessoas com deficiência, enquanto que a educação inclusiva é caracterizada pela inclusão de todas as pessoas no espaço escolar, assim como afirmam Stainback e Stainback (1999, p. 21) que o ensino inclusivo pode ser definido como “a prática da inclusão de todos – independentemente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou cultural – em escolas e salas de aula provedoras onde as necessidades desses alunos estejam satisfeitas”. O termo educação inclusiva foi cunhado inicialmente pela Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) na literatura educacional, assumindo o conceito de “escola para todos”, relacionado ao conjunto de alunos marginalizados pela escola, considerados todos como “estudantes com necessidades especiais”. O princípio que orienta esta Estrutura é o de que escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Aquelas deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos desvantajosos ou marginalizados (UNESCO, 1994, p.3). Corroborando com os ideais dispostos na Declaração de Salamanca, Prieto (2006, p.8) ressalta que a educação inclusiva: [...] se constitui pelo apreço à diversidade como condição a ser valorizada, pois é benéfica à escolarização de todas as pessoas, pelo respeito aos diferentes ritmos de aprendizagem e pela proposição de outras práticas pedagógicas, o que exige ruptura com o instituído na sociedade e, consequentemente, nos sistemas de ensino. A Educação Inclusiva implica em mudança de paradigma que visa a uma educação transformadora em benefício de todos, na qual os alunos, com desempenhos diferentes, alcançarão o mesmo objetivo que os demais alunos na sala de aula, que é a aprendizagem. Educação inclusiva é o processo que ocorre em escolas de qualquer nível preparadas para propiciar um ensino de qualidade a todos os alunos independentemente de seus atributos pessoais, inteligências, estilos de aprendizagem e necessidades comuns ou especiais. A inclusão escolar é uma forma de inserção em que a escola comum tradicional é modificada para ser capaz de acolher qualquer aluno incondicionalmente e de propiciar-lhe uma educação de qualidade. Na inclusão, as pessoas com deficiência estudam na escola que frequentariam se não fossem deficientes (SASSAKI, 1998, p. 8). Sobre a inclusão escolar, Mantoan (2011, p. 37) aponta que a educação inclusiva “implica uma mudança de paradigma educacional, que gera uma reorganização das práticas escolares: planejamentos, formação de turmas, currículo, avaliação, gestão do processo educativo”. A inclusão vai além da matrícula de um aluno com deficiência na rede regular de ensino, é uma mudança de pensamento, de atitudes que envolvem todas as pessoas que estão inseridas no contexto educacional. 2. Resultados alcançados A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, que é uma pesquisa que permite detectar um debate de ideias, as críticas e impasses da área da educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Na prática de construção de uma revisão sistemática e bibliométrica, no que tange a sua metodologia, primeiro temos a definição de um protocolo investigativo. Onde se estabelece as normas, regras e parâmetros de configuração para as buscas e, portanto, construção da pesquisa. Havendo assim a definição das estratégias, a escolha da base de dados; o planejamento para a organização dos documentos; a caracterização, padronização, seleção dos artigos e ainda a disposição de portfólio bibliográfico (CORDEIRO; OLIVEIRA; RENTERIA, 2007). O protocolo investigativo dessa pesquisa se deu a partir das palavras chave Inclusão e Educação Especial. Foi escolhida a base de dados Scopus Elsevier para a busca por ser considerada a maior base de dados em relação a resumos e citações, de literatura revisada por pares que indexa revistas científicas, livros e trabalhos de conferência (Dantas, 2004). A busca se deu no período temporal dos últimos dez anos, sendo privilegiados assim os periódicos publicados de 2011 a 2020. Quanto ao idioma priorizamos os artigos publicados em português o que nos leva ao próximo critério que são as pesquisas realizadas no Brasil cujo idioma oficial é o português. Foram utilizados os aplicativos utilizados: Zotero e Vos Viewer. Com os descritores inclusão, educação, especial foram encontrados cinquenta e cinco artigos e resumos, mas após a delimitação de temporalidade, língua e país foram reduzidos para trinta e um artigos. Foram excluídos vinte e quatro artigos, sendo que um foi publicado em 2008 estando fora do período proposto, vinte e um por estarem em inglês e a delimitação da língua foi em português; quanto ao território foram excluídos três por terem realizado a sua pesquisa em Portugal, um na Itália, um na Espanha e um nos Estados Unidos. Os artigos trazem dados de vários estados do Brasil sendo dois artigos do Paraná, dois artigos do Rio Grande do Sul, três artigos do Espírito Santo, seis artigos de São Paulo, três artigos do Rio de Janeiro, um do Ceará e um do Mato Grosso do Sul mostrando assim a preocupação a cerca da temática em diversos estados. Ao analisar os artigos pesquisados podemos perceber que treze deles são revisão bibliográfica, sendo que desses treze, dois utilizaram a bibliometria. Treze artigos são de pesquisa qualitativa, um relato de experiência, um estudo de caso, uma pesquisa ação, uma pesquisa qualitativa exploratória e um estudo etnográfico. Os artigos foram publicados dois deles na Revista Espacios, um na CEDES, um na revista Educação e Pesquisa, dezoito na Revista Brasileira de Educação Especial e sete na Revista de Pesquisa em Necessidades Educacionais Especiais. As principais questões tratadas pelos autores foram: a formação docente e a inclusão de alunos com algum tipo de deficiência (física, auditiva, TEA), discussões acerca da legislação e a inclusão, formação docente, inclusão escolar no ensino superior, além da temática sobre inclusão e pesquisa. Conclusões O trabalho realizado mostra que é possível através da bibliometria ampliar os estudos e identificar que a produção acadêmica a respeito do tema vem aumentando nos últimos anos, devido tanto à intensa cobrança social e das políticas públicas quanto ao processo de inclusão escolar. Observou-se que há diversos estudos direcionados a cada deficiência, como deficiência auditiva, visual, intelectual e Altas Habilidades/ Superdotação, devido à complexidade de cada uma frente a inclusão. Sendo a inclusão escolar uma ramificação da inclusão social e uma não se sobrepõe a outra, há ainda diversos estudos que tratam deste aspecto a fim de que a escola atenda a todas as pessoas indiscriminadamente. Referências bibliográficas CORDEIRO, Alexander Magno; OLIVEIRA, Glória Maria de; RENTERIA, Juan Miguel. Revisão sistemática: uma revisão narrativa. Rev. Col. Bras. Cir, v. 34, n. 6, p. 428 – 431, 2007. DANTAS, Paulo Elias C.. Indexação bibliográfica em bases de dados: O que é? Para que serve? Onde estamos?. Arq. Bras. Oftalmol. São Paulo, v. 67, n. 4, p. 569-570, Aug. 2004 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci arttext &pid =S000427492004000400001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 26 out. 2021. MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Pressupostos teóricos e filosóficos da educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Palestra proferida no I Seminário sobre a Educação Inclusiva no Distrito Federal. Brasília, 1998. PRIETO, Rosângela Gavioli. Atendimento escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: um olhar sobre as políticas públicas de educação no Brasil. In: ARANTES, V.A. (Org.). Inclusão escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2006. p. 31-73. SASSAKI, Romeo Kazumi. Inclusão, o paradigma da próxima década. Mensagem, Brasília, v. 34, n. 83, p. 29, 1998. STAINBACK, Susan. STAINBACK, William. Inclusão: um guia para educadores. Trad. Magda França Lopes. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
Título do Evento
10º CONINTER - CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES
Título dos Anais do Evento
Anais do 10º CONINTER - CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
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Como citar

RIBEIRO, ANA LUIZA BARCELOS et al.. A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UMA REVISÃO BIBLIOMÉTRICA.. In: Anais do 10º CONINTER - CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES. Anais...Niterói(RJ) Programa de Pós-Graduação em, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xc22021/437915-A-EDUCACAO-ESPECIAL-NA-PERSPECTIVA-DA-EDUCACAO-INCLUSIVA--UMA-REVISAO-BIBLIOMETRICA. Acesso em: 08/05/2025

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