USO INDEVIDO DE PSICOTRÓPICOS EM PACIENTES GERIÁTRICOS E SEUS EFEITOS

Publicado em 23/12/2021

Título do Trabalho
USO INDEVIDO DE PSICOTRÓPICOS EM PACIENTES GERIÁTRICOS E SEUS EFEITOS
Autores
  • FABIO LUIZ FULLY TEIXEIRA
  • Iara Picanço Ramos Lopes
  • ISABELLA PICANÇO RAMOS LOPES
Modalidade
Resumo Expandido e Trabalho Completo
Área temática
GT 27 - Saúde Mental e Neuropsicofarmacologia: Discussões Sobre Cérebro, Comportamento e Emoções
Data de Publicação
23/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xc22021/437859-uso-indevido-de-psicotropicos-em-pacientes-geriatricos-e-seus-efeitos
ISSN
Palavras-Chave
Psicotrópicos, Geriatria, Polifarmácia
Resumo
1. Fundamentação teórica O uso das drogas psicotrópicas deve considerar diagnóstico, perfil dos sintomas, idade dos usuários, problemas clínicos presentes e uso concomitante de outros medicamentos e, sobretudo, a dosagem a ser administrada, haja vista seu efeito direto na eficácia ou não do tratamento, bem como na qualidade de vida dos usuários. Dividem-se os antipsicóticos em duas classes conforme sua estrutura química: primeira e segunda geração. Os fármacos de primeira geração possuem ação bloqueadora nos receptores da dopamina, provocando disfunção extrapiramidal; os de segunda geração, têm baixa afinidade por esses receptores e maior afinidade para os receptores de serotonina, causando menor tendência a reações extrapiramidais. Com isso, aumentou-se a prescrição de antipsicóticos de segunda geração. No entanto, há evidências de efeitos colaterais metabólicos, tais quais obesidade, ganho de peso, diabetes, dislipidemia, síndrome metabólica e resistência à insulina. Desse modo, faz-se necessário também o monitoramento metabólico de pacientes que recebem tais medicamentos. Outra importante limitação do tratamento são a dosagem e a forma prescritas por médicos não se encontrarem disponíveis no mercado. Diante disso, é uma prática comum dos pacientes ou de seus cuidadores dividir o comprimido a fim de obter a dosagem prescrita. Há evidências de que a demência seja significativamente associada à divisão de comprimidos. É mister salientar que a indisponibilidade de formas farmacêuticas alternativas tanto no SUS quanto comercialmente se relaciona à frequência do fracionamento do comprimido. Logo, ao se levar em consideração os altos níveis de comorbidades dos idosos e a polifarmácia, deve-se disponibilizar psicofármacos na forma de soluções. 2. Resultados alcançados Entre os pacientes com doenças mentais graves, a obesidade é um dos problemas mais comuns. Justifica-se devido ao estilo de vida pouco saudável associado ao efeito dos fármacos antipsicóticos. Há ainda estudos que sugerem que o uso crônico de antipsicóticos de segunda geração aumenta as concentrações de leptina, levando ao aumento de peso. Sabe-se ainda que o excesso de peso aumenta o risco de hipertensão, doença coronariana, acidente vascular cerebral isquêmico, intolerância à glicose, diabetes mellitus, dislipidemia, problemas respiratórios, problemas hepáticos e determinados tipos de câncer. A população idosa por si só já é mais acometida por tais agravos, sendo, portanto, intensificados não somente pela idade como também pelo uso de psicotrópicos. Ao saber do risco do uso de psicotrópicos, o tipo de intervenção deve ser interdisciplinar, abarcando acompanhamento com nutricionista e endocrinologista, de modo que não haja fator de risco e, se houver, que seja minimizado mediante tratamento e orientações oportunas de modo tão precoce quanto seja possível. No que tange aos usuários de CAPS, a classe psicotrópica mais utilizada é de antipsicóticos, seguido de antidepressivos e antiepiléticos. Pacientes que se queixam de ouvir vozes apresentam doses terapêuticas acima do recomendado. É mister salientar que os pacientes não sofrem apenas com a dosagem elevada dos medicamentos, mas também são suscetíveis a doses insuficientes. Ademais, deve-se evidenciar que não somente os pacientes idosos são responsáveis por tais consequências. Seus familiares e/ou cuidadores devem estar cientes das orientações transmitidas pela equipe médica a fim de minimizar os malefícios do uso da medicação. Outrossim, no que diz respeito a pacientes idosos, as classes terapêuticas mais afetadas são antipsicóticos, outros medicamentos psicotrópicos e antidepressivos. O fracionamento dos comprimidos aponta como um desafio haja vista não possuir uniformidade de concentração do ingrediente ativo nas partes fracionadas. Desse modo, muito se perde em se tratando de qualidade de vida, uma vez que o paciente recebe uma dosagem inespecífica de medicamento, sendo suscetível aos efeitos desse fracionamento, de forma que até mesmo se cogite uma troca de medicamentos induzida pela não melhora do quadro, quando, na verdade, justifica-se pelo uso inadequado da medicação. Conclusões A população geriátrica cresce cada vez mais no Brasil e, com isso, os problemas concernentes ao avançar da idade. Devido às doenças crônicas e incapacitantes de modo geral, os pacientes idosos convivem com1. Fundamentação teórica O uso das drogas psicotrópicas deve considerar diagnóstico, perfil dos sintomas, idade dos usuários, problemas clínicos presentes e uso concomitante de outros medicamentos e, sobretudo, a dosagem a ser administrada, haja vista seu efeito direto na eficácia ou não do tratamento, bem como na qualidade de vida dos usuários. Dividem-se os antipsicóticos em duas classes conforme sua estrutura química: primeira e segunda geração. Os fármacos de primeira geração possuem ação bloqueadora nos receptores da dopamina, provocando disfunção extrapiramidal; os de segunda geração, têm baixa afinidade por esses receptores e maior afinidade para os receptores de serotonina, causando menor tendência a reações extrapiramidais. Com isso, aumentou-se a prescrição de antipsicóticos de segunda geração. No entanto, há evidências de efeitos colaterais metabólicos, tais quais obesidade, ganho de peso, diabetes, dislipidemia, síndrome metabólica e resistência à insulina. Desse modo, faz-se necessário também o monitoramento metabólico de pacientes que recebem tais medicamentos. Outra importante limitação do tratamento são a dosagem e a forma prescritas por médicos não se encontrarem disponíveis no mercado. Diante disso, é uma prática comum dos pacientes ou de seus cuidadores dividir o comprimido a fim de obter a dosagem prescrita. Há evidências de que a demência seja significativamente associada à divisão de comprimidos. É mister salientar que a indisponibilidade de formas farmacêuticas alternativas tanto no SUS quanto comercialmente se relaciona à frequência do fracionamento do comprimido. Logo, ao se levar em consideração os altos níveis de comorbidades dos idosos e a polifarmácia, deve-se disponibilizar psicofármacos na forma de soluções. 2. Resultados alcançados Entre os pacientes com doenças mentais graves, a obesidade é um dos problemas mais comuns. Justifica-se devido ao estilo de vida pouco saudável associado ao efeito dos fármacos antipsicóticos. Há ainda estudos que sugerem que o uso crônico de antipsicóticos de segunda geração aumenta as concentrações de leptina, levando ao aumento de peso. Sabe-se ainda que o excesso de peso aumenta o risco de hipertensão, doença coronariana, acidente vascular cerebral isquêmico, intolerância à glicose, diabetes mellitus, dislipidemia, problemas respiratórios, problemas hepáticos e determinados tipos de câncer. A população idosa por si só já é mais acometida por tais agravos, sendo, portanto, intensificados não somente pela idade como também pelo uso de psicotrópicos. Ao saber do risco do uso de psicotrópicos, o tipo de intervenção deve ser interdisciplinar, abarcando acompanhamento com nutricionista e endocrinologista, de modo que não haja fator de risco e, se houver, que seja minimizado mediante tratamento e orientações oportunas de modo tão precoce quanto seja possível. No que tange aos usuários de CAPS, a classe psicotrópica mais utilizada é de antipsicóticos, seguido de antidepressivos e antiepiléticos. Pacientes que se queixam de ouvir vozes apresentam doses terapêuticas acima do recomendado. É mister salientar que os pacientes não sofrem apenas com a dosagem elevada dos medicamentos, mas também são suscetíveis a doses insuficientes. Ademais, deve-se evidenciar que não somente os pacientes idosos são responsáveis por tais consequências. Seus familiares e/ou cuidadores devem estar cientes das orientações transmitidas pela equipe médica a fim de minimizar os malefícios do uso da medicação. Outrossim, no que diz respeito a pacientes idosos, as classes terapêuticas mais afetadas são antipsicóticos, outros medicamentos psicotrópicos e antidepressivos. O fracionamento dos comprimidos aponta como um desafio haja vista não possuir uniformidade de concentração do ingrediente ativo nas partes fracionadas. Desse modo, muito se perde em se tratando de qualidade de vida, uma vez que o paciente recebe uma dosagem inespecífica de medicamento, sendo suscetível aos efeitos desse fracionamento, de forma que até mesmo se cogite uma troca de medicamentos induzida pela não melhora do quadro, quando, na verdade, justifica-se pelo uso inadequado da medicação. Conclusões A população geriátrica cresce cada vez mais no Brasil e, com isso, os problemas concernentes ao avançar da idade. Devido às doenças crônicas e incapacitantes de modo geral, os pacientes idosos convivem com a polifarmácia devido, muitas vezes, à falta de integralidade em seu atendimento.. Com isso, são também sujeitos ao uso indiscriminado de medicamentos, podendo tanto sofrer no que concerne à interação medicamentosa inadequada e a efeitos adversos, quanto no que diz respeito a dosagens inapropriadas. Diante disso, faz-se necessário não somente uma abordagem interdisciplinar, mas também uma iniciativa dos entes da saúde pública quanto ao fornecimento de dosagens que atendam as diferentes demandas desses pacientes. Dessa forma, busca-se oferecer a essa população não somente vida longeva, mas também maior qualidade e bem estar. a polifarmácia devido, muitas vezes, à falta de integralidade em seu atendimento.. Com isso, são também sujeitos ao uso indiscriminado de medicamentos, podendo tanto sofrer no que concerne à interação medicamentosa inadequada e a efeitos adversos, quanto no que diz respeito a dosagens inapropriadas. Diante disso, faz-se necessário não somente uma abordagem interdisciplinar, mas também uma iniciativa dos entes da saúde pública quanto ao fornecimento de dosagens que atendam as diferentes demandas desses pacientes. Dessa forma, busca-se oferecer a essa população não somente vida longeva, mas também maior qualidade e estar.
Título do Evento
10º CONINTER - CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES
Título dos Anais do Evento
Anais do 10º CONINTER - CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

TEIXEIRA, FABIO LUIZ FULLY; LOPES, Iara Picanço Ramos; LOPES, ISABELLA PICANÇO RAMOS. USO INDEVIDO DE PSICOTRÓPICOS EM PACIENTES GERIÁTRICOS E SEUS EFEITOS.. In: Anais do 10º CONINTER - CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES. Anais...Niterói(RJ) Programa de Pós-Graduação em, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xc22021/437859-USO-INDEVIDO-DE-PSICOTROPICOS-EM-PACIENTES-GERIATRICOS-E-SEUS-EFEITOS. Acesso em: 26/06/2025

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