“PORTFÓLIO DOCUMENTAL PARA ALUNOS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO MATRICULADOS DO 1º AO 5º ANO DO ENSINO REGULAR DA ESCOLA MUNICIPAL JÚLIA CORTINES”.

Publicado em 23/12/2021

Título do Trabalho
“PORTFÓLIO DOCUMENTAL PARA ALUNOS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO MATRICULADOS DO 1º AO 5º ANO DO ENSINO REGULAR DA ESCOLA MUNICIPAL JÚLIA CORTINES”.
Autores
  • Luciene Morais Gonçalves da Silva
  • Suzete Araujo Oliveira Gomes
Modalidade
Resumo Expandido e Trabalho Completo
Área temática
GT 20 - Acessibilidade em tempos de Diversidade, Inclusão Social e Escolar
Data de Publicação
23/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xc22021/437836-portfolio-documental-para-alunos-do-atendimento-educacional-especializado-matriculados-do-1-ao-5-ano-do-ensino
ISSN
Palavras-Chave
Escola Inclusiva; Atendimento Educacional Especializado; Legislação, Informatização documental.
Resumo
Luciene Morais Gonçalves da Silva Mestranda do Curso de Mestrado Profissional e Diversidade e Inclusão (CMPDI)-Universidade Federal Fluminense (UFF) lubressand@gmail.com Suzete Araújo Oliveira Gomes Professora Associada Universidade Federal Fluminense suzetearaujo@id.uff.br Introdução O trabalho consiste na criação de um site com formato de Portfólio Documental para alunos com deficiências matriculados em uma Unidade escolar da Rede Municipal de Educação de Niterói e tem como objetivo o levantamento de dados individuais da documentação dos estudantes público alvo do Atendimento Educacional Especializado (AEE), uma vez que, por lei é garantido o ingresso e permanência na escola regular, bem como, o Plano Educacional Individualizado (PEI), como o atendimento as suas especificidades. A metodologia utilizada foi exploratória e qualitativa.Foram revisados os documentos disponíveis nas pastas dos alunos com deficiências, quantificando-os e classificando-os, e logo ser realizada a elaboração de um portfólio, adequado propiciando um olhar , para além dos documentos escolares e que possa incluir, todos os acompanhamentos multidisciplinar e médico deste estudante, viabilizando uma proposta mais completa e com maior qualidade pedagógica. Este trabalho justifica-se devido a necessidade de se fazer o registro documental e do plano de Educacional individual (PEI) com o acompanhamento em quaisquer outras Unidades escolares, promovendo a reflexão sobre a abrangência do significado do processo de educação inclusiva no cotidiano escolar, a qual considera que a diversidade humana nas escolas regulares tem a necessidade de ações políticas, culturais, sociais e pedagógicas resultandobem efetiva aprendizagem, um desafio que precisa ser assumido por todos. 1. Fundamentação teórica Este trabalho, apoia-se na legislação brasileira, Documento Leis de Diretrizes e Bases. (LDB– Lei nº 9.394. 1996), na Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva” (2008), Lei Brasileira de Inclusão (2015), assim como por autores especialistas na área de Educação Especial e Inclusiva, MANTOAN E PIETRO(2006), PADILHA (2003), CALDERON (2003). Conforme, Montoan e Pietro (2006) comentam, existem muitos desafios a enfrentar sobre a inclusão escolar, visando atingir a educação como direito de todos, e um destes desafios é não deixar que esse direito seja simplesmente para cumprir as leis de matricular e manter os educandos com necessidades educacionais especiais. Calderon et al. (2004), nos apresenta a necessidade de registrar as informações da experiência humana, em sua imensa diversidade, tem produzido um grande número de registros que a testemunham e indicam os caminhos trilhados, possibilitando o seu conhecimento e reavaliação. Diante desta afirmativa se faz-se importante um maior conhecimento da vida documental de cada aluno para o Atendimento Educacional Especializado. Conforme Padilha (p. 25, 2003): [...] se faz ‘necessário organizar as prioridades e as ações escolares e educacionais para construir projetos e políticas emancipadoras permitindo desvelar a realidade’ [...], respeitando e considerando ‘a diferença, a diversidade cultural e o multiculturalismo presente na educação e na sociedade. São muitos os fazeres necessários à escola. Sendo preciso que sempre se adapte à realidade em que ela está inserida, pois hoje vivemos a era da tecnologia e, cada vez mais, os meios tecnológicos avançam.Primeiramente do estado e, em segundo, da escola promover esta adaptação aos moldes tecnológicos. Além disso, salienta-se as vantagens de armazenamento e que os portfólios on-line oferecem. Assim, precisamos que essas adaptações sejam feitas para não caímos na famosa anedota contada por Ziraldo: O cara adormeceu na Idade Média numa fábrica de carroças. Acordou no século 20 e estava numa fábrica de BMWs, cheia de linhas de montagem, robôs. Outro dormiu num hospital, com a peste negra em volta. Acordou numa UTI moderna, espantado. Outro dormiu numa sala de aula. Acordou e entendeu tudo: “Olha eu aqui na sala de aula”. Continua a ser a mesma coisa: as carteiras com meninos e a professora ali na frente. A professora ensina o dever e cobra do menino depois (Ziraldo, Entrevista ao Jornal do Brasil, 29 dez 1996). O sujeito da anedota que dorme na Idade Média e, quando acorda no século XX, reconhece uma escola só mostra, dessa forma, como os métodos de ensino precisam ser repensados. Ressalta-se que, conforme Paulo Freire elucida: ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção" (FREIRE, 2003, p. 47), a função da escola é propiciar a alunos com necessidades especiais as possibilidades para que eles construam seus próprios caminhos em uma sociedade tão desigual. E, nesta perspectiva de consolidar a relação teoria e prática, na construção do Portfólio documental e por meio deste, propiciar a unidade escolar subsídios, para coletar, disponibilizar e arquivar a documentação individual dos alunos, público alvo do AEE, e desta forma poder ter este material disponibilizado, para os variados setores da escola e profissionais que venham a atuar junto ao estudante. 2. Resultados alcançados A experiência obtida no Atendimento Educacional Especializado possibilitou uma melhor apreensão da realidade interna da escola e levou à busca de estudos sobre a real função do AEE. A falta de profissionais capacitados, bem como a dificuldade da integração pedagógica como um trabalho colaborativo com possibilidades de ampliação e de intervenção pedagógica ressalta a necessidade de reflexões e pesquisas sobre como propor maior interação e diálogo acerca da vida escolar dos alunos com deficiência. Assim, requereremos junto à secretaria da escola as informações relevantes da pasta dos alunos sobre as necessidades adaptativas e ações já realizadas. Como solicitar aos responsáveis a atualização dos diagnósticos de atendimentos externos, pois as informações desatualizadas não eram compatíveis com o que era relatado pelos pais, nem com o que observávamos no atendimento da sala de recursos. Análises de dados foi feita de forma exploratória e qualitativa. Solicitamos à secretaria da escola um levantamento dos dados documentais existentes nas pastas dos alunos.logo depois, foi feita a leitura exploratória e de organização dos dados primários e secundários em tabelas, categorizando e fazendo o cruzamento das informações ali identificadas. Foi um momento para a construção de olhares sobre o problema da pesquisa. Nasceram alguns questionamentos sobre as pendências de documentos importantes. Todos os alunos possuíam documentação legal (certidões, documentos dos pais, comprovantes de residência, documentos de saúde...) e apresentavam laudo diagnóstico clínico, sendo todos, público-alvo do Serviço de Atendimento Educacional Especializado. Entretanto, os alunos novos da Unidade Escolar que ingressaram no 1º ano de escolaridade por forma de transferência de Creches do próprio município, não apresentavam em seus documentos informações construídas no período anterior, como o plano de educacional individualizado, com seu desenvolvimento escolar. Antes de qualquer ficha a ser preenchida, muitas informações serão importantes através da informação familiar. Conhecer melhor a família do aluno, identificar possíveis dificuldades, sejam elas de ordem econômica, estrutural, emocional e a forma como lidam com os problemas do dia a dia. É imprescindível o diálogo com a família no espaço escolar, facilitando o entendimento básico das possíveis causas do problema do aluno, dar pistas de ações bem-sucedidas e possibilitará o planejamento de mudanças. Para o desenvolvimento do site, em formato de Portfólio documental, foi realizada a seleção dos documentos, que constitui como uma etapa fundamental e que envolve diversos critérios. Catalogamos as informações sobre Atendimento Educacional Especializado, através de sites especializados, livros e artigos disponíveis na internet, para que o material disponibilizado contribua, principalmente com sugestões de como obter informações acerca do processo de ensino e de aprendizagem e de como utilizá-las para as decisões a serem tomadas para, assim, construir caminhos que removam barreiras para a aprendizagem, e para a participação de todos os que compõem a comunidade escolar. Assim, o site do Portfólio Documental dos Alunos do Atendimento Educacional Especializado é útil para o desenvolvimento e a prática pedagógica dos professores atuantes na Sala de Recursos. Conclusões Todo o processo da pesquisa, nos colocou diante a variadas situações e perspectivas, desde a organização e apresentação dos documentos referenciais para estes alunos, bem como a relação que os mesmos podem demandar em caso de ausência e ou podem auxiliar no momento de traçar objetivos para o atendimento no AEE, na construção do seu PEI e também em ações estruturais e pedagógicas no espaço escolar. assim, os professores tendo acesso aos dados do aluno podem repensar sua prática docente e, de fato, inserir esse aluno no ambiente escolar em exclusão , pois o maior desafio da educação, na atualidade, mais do que formar cidadão que possam conviver em sociedade cientes do seus deveres e direitos, é promover o acesso a todos à escola. 0 portfólio, pode a diferença no modo como a escola vai tratar esse aluno em caso de transferência. Referências bibliográficas BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência- LBI - (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Artigo 8 da Lei nº 13.146 de 06 de julho de 2015. CALDERON, Wilmara Rodrigues et al. O processo de gestão documental e da informação arquivística no ambiente universitário. Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 3, p. 97-104, Dez. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010019652004000300011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 ago. 2020. FREIRE, I. M. Acesso à informação e identidade cultural: entre o global e o local. Ciência da Informação, Brasília, v. 35, n. 2, p. 58-67, maio/ ago. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v35n2.pdf MANTOAN, Maria. Teresa. Eglér. Caminhos pedagógicos da inclusão São Paulo, Memnon Edições Científicas, 2001.
Título do Evento
10º CONINTER - CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES
Título dos Anais do Evento
Anais do 10º CONINTER - CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Luciene Morais Gonçalves da; GOMES, Suzete Araujo Oliveira. “PORTFÓLIO DOCUMENTAL PARA ALUNOS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO MATRICULADOS DO 1º AO 5º ANO DO ENSINO REGULAR DA ESCOLA MUNICIPAL JÚLIA CORTINES”... In: Anais do 10º CONINTER - CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES. Anais...Niterói(RJ) Programa de Pós-Graduação em, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xc22021/437836-PORTFOLIO-DOCUMENTAL-PARA-ALUNOS-DO-ATENDIMENTO-EDUCACIONAL-ESPECIALIZADO-MATRICULADOS-DO-1-AO-5-ANO-DO-ENSINO. Acesso em: 01/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes