DESAFIOS DA ACESSIBILIDADE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ESCOLAR

Publicado em 23/12/2021

Título do Trabalho
DESAFIOS DA ACESSIBILIDADE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ESCOLAR
Autores
  • Geisa De Sousa Cabral
Modalidade
Resumo Expandido e Trabalho Completo
Área temática
GT 20 - Acessibilidade em tempos de Diversidade, Inclusão Social e Escolar
Data de Publicação
23/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xc22021/426773-desafios-da-acessibilidade-na-educacao-inclusiva-escolar
ISSN
Palavras-Chave
Acessibilidade, Inclusão, Educação
Resumo
DESAFIOS DA ACESSIBILIDADE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ESCOLAR Geisa de Sousa Cabral Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciência da Educação (PPGEDU/ULBRA) Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) – Canoas -RS E-mail: gscabral168@gmail.com. Introdução Neste artigo apresentam-se alguns dos desafios da acessibilidade dentro da educação inclusiva nas escolas brasileiras. A metodologia utilizada foi à pesquisa bibliográfica em obras sobre essa temática com autores da área da educação inclusiva e voltados para o processo de acessibilidade dentro das escolas, guiado pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Verificou-se, então, que esse processo de acessibilidade, dentro das salas multifuncionais, caminha de forma progressiva, mas que a pandemia fez com que algumas barreiras fossem rompidas durante esse período em que as tecnologias ajudaram a dar continuidade aos processos escolares. Vale ressaltar que nesse momento da história humanidade, o mundo passou por uma grande transformação, sobretudo na área tecnológica. Por fim, nosso questionamento para essa pesquisa surgiu diante dos alunos, que dependem de atendimento à domicílio, não conseguirem, no nosso país, usufruir com igualdade do seu direito de uma escola para todos. Metodologia Para a produção deste artigo, foi feita uma pesquisa bibliográfica com enfoque qualitativo. Após a realização desse estudo evidenciou-se em decorrência das aulas na disciplina Pedagogia e Política da Diferença em Educação no curso de mestrado em Ciência da Educação na ULBRA - CANOAS / RS que é importante que nossos alunos tenham acessibilidade na escola. Assim, sendo consciente de que devo conduzir o olhar para o papel da educação e da escola na atualidade, a partir de uma visão de dentro da escola com os desafios para além de seus muros. Nesse sentido, foram analisadas cinco dissertações dos arcabouços da disciplina, ambas com temas que dialogavam com esta temática e ainda três referenciais teóricos que foram à base desta pesquisa. Na oportunidade, defendemos um olhar mais dirigido às obras que se discutem os desafios da acessibilidade na educação. Para isso, realizou-se também uma pesquisa no banco de dados e repositórios institucionais da ULBRA como o Banco de Teses e Dissertações da Capes, além de bibliotecas virtuais, tais como a Scielo e da ULBRA. TEMA AUTOR ACESSIBILIDADE NO ENSINO SUPERIOR MARLENE ALAMINI BAÚ POLÍTICAS INSTITUCIONAIS DE ACESSIBILIDADE NA EDUCAÇÃO SUPERIOR JOSENILDE OLIVEIRA PEREIRA ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA E/OU MOBILIDADE REDUZIDA NA ESCOLA PÚBLICA DANILO BATISTA DE SOUZA INCLUSAO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL: ESTUDO DAS RELACOES SOCIAIS ENTRE OS ALUNOS COM E SEM DEFICIENCIA INTELECTUAL FERNANDA ARAUJO CABRAL PERCEPCOES DE EDUCADORES QUANTO A INCLUSAO E INTEGRACAO DE CRIANCAS E JOVENS COM NECESSIDADES ESPECIAIS HONORIO DO CARMO NETO Outro ponto importante foi a seleção das publicações da disciplina que buscavam interpretar a realidade expressada nas escolas, com vistas a alcançar os objetivos propostos para esta pesquisa. Para isso, utilizamos como referências a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, desenvolvida pelo Governo Federal Brasileiro (BRASIL, 2008). Fundamentação Teórica Quando tratamos esse assunto, não podemos esquecer-nos da falta de preparo das escolas e famílias para identificar tais casos, pois há uma subnotificação. Segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2019, a estimativa mais conservadora aponta que 5% da população brasileira (10 milhões de pessoas) é superdotadas, é o que aponta o último censo escolar no ano citado (BRASIL, 2019). A falta desse atendimento adequado pode levar a alguns problemas psicológicos sociais como bullying e até à depressão, pois essas crianças tendem a perder o interesse e não ver sentido na sala de aula, se não forem reconhecidas e apoiadas para o desenvolvimento de seu talento e potencial. Além disso, a acessibilidade física nas escolas ainda é um problema a ser enfrentado: apenas 44,2% das escolas urbanas são acessíveis para as pessoas com mobilidade reduzida e, na zona rural, esse percentual é de 17,9%, conforme o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019. Menos de 60% das escolas possuem banheiros adequados para esses alunos e alunas na zona urbana e, na zona rural, esse percentual é de 25,9% (BRASIL, 2019). Com isso, obviamente não basta apenas eliminar as barreiras físicas que impedem o acesso à Educação para tudo estar resolvido. É preciso garantir o apoio necessário à aprendizagem, o que é feito por meio do atendimento educacional especializado, conforme as diretrizes da Resolução CNE/CEB nº 4/2009, do Conselho Nacional de Educação (CNE), prioritariamente nas salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns (BRASIL, 2009). Assim, o atendimento educacional especializado é uma garantia não somente aos estudantes que possuem alguma espécie de deficiência de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, mas também àqueles que possuem superdotação ou altas habilidades. As salas de recursos multifuncionais para o atendimento educacional especializado, porém, estão presentes apenas em 31,5% das escolas urbanas e 17,9% das rurais (BRASIL, 2019). Resultados Alcançados De acordo com as leituras analisadas, quando se fala de acessibilidade dentro da educação inclusiva, acredita-se que é um processo coeso e que já esta ocorrendo a todo vapor nas escolas com as salas multifuncionais. Esse é o princípio ético-político fundamental que norteia as relações humanas em nossa sociedade. No entanto, hoje já sabemos e entendemos essa diferença entre os alunos, e como isso interfere no processo de aprendizagem de cada sujeito, sendo singular e único, nos ambientes escolares. A formação dos professores para lidar com as pessoas com deficiência e identificar os casos de altas habilidades e superdotação é também um dos desafios a serem enfrentados. Certamente uma disciplina na formação inicial sobre a Educação especial e inclusiva não é suficiente para lidar com a multiplicidade de questões do dia a dia. A parceria entre universidades e escolas é um bom caminho para construir saberes e práticas pedagógicas que valorizem a diferença e contribuam para a formação continuada dos professores. Essas parcerias podem ser feitas, por exemplo, através de Termos de Cooperação Técnica entre as secretarias de Educação, tanto dos estados como dos municípios, para que possam ser pensadas estratégias pedagógicas tanto nos cursos de pedagogia como nas licenciaturas e também na formação continuada dos professores das redes. Os professores levariam as dificuldades para as universidades e as universidades subsidiariam os professores com estratégias já estudadas e que já tenham apresentado resultados positivos comprovados. Diante desse contexto, a realidade vivida nas escolas. O discurso: “a escola é para todos”, são repetitivos, mas de fato estamos preparados para atender as acessibilidades dentro da educação inclusiva? Por fim, nosso questionamento surgiu com os alunos que dependem de atendimento a domicilio e não consegue usufruir com igualdade o seu direito de uma escola para todos. Considerações Finais O processo de acessibilidade dentro da educação inclusiva nas escolas não é uma novidade quando se fala da sala multifuncional que já é utilizada no Atendimento Educacional Especializado (AEE). Essa acessibilidade é uma forma de trazer “recursos para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, promover a inclusão”. Nesse sentido, a criação das salas multifuncionais favoreceu a “minimização de barreiras que estejam impedindo a aprendizagem”. Com isso, o Ministério da Educação (MEC) introduziu esses serviços nas escolas públicas para que o professor especializado pudesse realizar o AEE para alunos com deficiência, tendo à disposição equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos. Porém, esses recursos podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado, sendo estes, softwares, hardwares especiais e diferenciados, materiais didáticos e paradidáticos em braille, língua brasileira de sinais, leitores de texto, textos ampliados, textos com símbolos, mobiliário acessível, recursos de mobilidade pessoal, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos etc. Tudo isso voltado para o aluno e para o professor, para que juntos eles consigam levar o ensino-aprendizagem a bons patamares. Assim, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, como delineia nossa Constituição Federal, apenas será real quando, respeitadas e reconhecidas as diferenças, sejamos iguais em oportunidades. Esse é o propósito da Educação Inclusiva. Dessa forma, notamos que especificamente no caso do AEE, nota-se que o trabalho do professor(a) é insubstituível no que se refere, principalmente, ao planejamento e as mediações pedagógicas. Por isso, foi necessário pensar em propostas que as famílias conseguissem realizar essa mediação dentro das suas especificidades e particularidades, mantendo o vínculo do aluno com o mundo escolar. Referências BRASIL. Anuário Brasileiro da Educação Básica. Brasília, DF: MEC, 2019. Disponível em: <https://www.fmcsv.org.br/pt-BR/biblioteca/anuario-brasileiro-educacao-basica-2019/>. Acesso em: 23 ago. 2020. __________, Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer CNE/CP nº 5/2020.Reorganização do calendário escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da pandemia da covid-19. Diário Oficial da União, Brasília, 1 de junho de 2020. Seção 1, p. 32. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com _docman&view=download&alias... 20&category_slug=marco-2020-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 23 ago. 2020. ___________. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, DF: MEC, 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2020.
Título do Evento
10º CONINTER - CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES
Título dos Anais do Evento
Anais do 10º CONINTER - CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CABRAL, Geisa De Sousa. DESAFIOS DA ACESSIBILIDADE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ESCOLAR.. In: Anais do 10º CONINTER - CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES. Anais...Niterói(RJ) Programa de Pós-Graduação em, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xc22021/426773-DESAFIOS-DA-ACESSIBILIDADE-NA-EDUCACAO-INCLUSIVA-ESCOLAR. Acesso em: 01/05/2025

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