O USO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES (AINES) PARA GESTANTES NO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO

Publicado em 06/02/2023 - ISBN: 978-85-5722-592-3

Título do Trabalho
O USO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES (AINES) PARA GESTANTES NO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO
Autores
  • RODRIGO VIANA CORREIA
  • Lívia Maria Da Cruz Freitas
  • ADRIAN WESLEY GOMES DE LIMA
  • thais ohanna lima barros jaco
  • Valmirlan Fechine Jamacaru
  • Manoela Moraes de Figueiredo
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
Clínica e Saúde Bucal
Data de Publicação
06/02/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/x-universo-ateneu-285336/587366-o-uso-de-anti-inflamatorios-nao-esteroides-(aines)-para-gestantes-no-atendimento-odontologico
ISBN
978-85-5722-592-3
Palavras-Chave
Gestantes, Anti-Inflamatórios Não Esteroides - AINES, Odontologia
Resumo
INTRODUÇÃO O ciclo gravídico é um período marcado por profundas alterações fisiológicas que atingem todos os órgãos e sistemas da mulher, incluindo a cavidade oral (Berne, Levy, 2009). Neste contexto, acontecem em vários momentos, os processos inflamatórios e estes desencadeiam dor, edema e disfunção que resultam em desconforto e prejuízo funcional para a mulher, sendo necessário recorrer a fármacos que tenham a capacidade de controlar estes efeitos, como é o caso dos AINES. (Kummer, Coelho, 2002). Os medicamentos Anti-Inflamatórios Não Esteroides - AINES, constituem uma classe farmacológica de interesse, já que possuem propriedades tríplices: analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias. Que os tornam muito interessantes, tanto para a comunidade médica quanto para os pacientes. Porém, sua ação no feto pode levar a uma série de problemas tais como má formação fetal e aborto. Ainda assim, esses fármacos são amplamente prescritos (SCHAEFER et al., 2007). OBJETIVO Esclarecer em qual trimestre da gravidez o uso de AINE é seguro e quais os medicamentos da classe podem ser utilizados na gestação, buscando diminuir intoxicações, incentivando a boa prática de prescrição odontológica segura e eficaz. MATERIAL E MÉTODOS Nesta revisão bibliográfica a aquisição de material necessária ao desenvolvimento da pesquisa foi realizada em biblioteca virtual, onde foram encontrados livros de farmacologia geral e específica, e por via eletrônica nas seguintes plataformas de dados informatizados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS®), Scientific Electronic Library Online (SCIELO®) e PubMed. Foram detectados, dessa forma, artigos de periódicos científicos. Sendo selecionados artigos publicados entre 1995 e 2021. Os descritores usados foram: Gestantes, Anti-Inflamatórios Não Esteroides - AINES e Odontologia. Ao final das buscas, avaliaram-se 14 artigos. RESULTADOS Dois tipos de glicoproteínas são conhecidos: a cicloxigenase 1 (COX-1) e a cicloxigenase 2 (COX-2). (Fernandes, 2006) A COX-1 é uma enzima existente na maioria dos tecidos do organismo, seu nível maior de atuação é na mucosa gástrica, nas plaquetas, nos rins e endotélio vascular. Presente nos processos de homeostase, na manutenção das funções das plaquetas, da integridade da mucosa gástrica e do fluxo renal. Portanto, esta enzima caracteriza-se por ser uma enzima constitutiva, expondo níveis praticamente estáveis no organismo, porém podem sofrer uma elevação em resposta a algumas hormonas e fatores de crescimento. (Fernandes, 2006) A COX-2 em geral é uma enzima que dificilmente é encontrada nos tecidos. É uma enzima que está relacionada processos inflamatórios e processos neoplásicos. (Dionne RA, Berthold, 2001) (e.g. tumores do cólon, dos ossos e da cartilagem) em alguns casos encontrados no sistema nervoso como mediador da dor e da febre. (Fernandes, 2006) Alguns medicamentos são catalogados conforme o risco atribuído ao seu uso na gestação. Conforme adotada pela Food and Drug Administration (1980) os medicamentos são ajustados em cinco categorias. Categoria de risco A – apontada sem risco. Categoria de risco B – estudo em animais ratificaram não haver risco, no entanto não existe estudos em mulheres grávidas, Categoria C – em animais mostraram efeitos antagônicos no feto, inexistentes pesquisas em mulheres grávidas, Categoria D– indício de risco fetal, entretanto o benefício para gestante pode justificar o uso, Categoria X– variações fetais comprovadas, inadequado o uso na gestação e Não classificados (NC), inviabilidade de dados do medicamento em evidência. (CICONELLI et al 2001; MENGUE et al., 2001). AINEs durante o terceiro trimestre é contraindicado. Porém é exatamente no período em que as gestantes mais fazem uso deste medicamento. A complicação eminente que poderá ocorrer é o fechamento prematuro do canal arterial, procrastinando o parto ou retardando o mesmo (KABAMBA et al., 2014; GOLDSTEIN et al., 2007). Um estudo executado por Kabamba et al. (2014) Ilustrou os AINEs mais procurados por mulheres grávidas foram ácidos acetilsalicílicos (49%) e ibuprofeno (23%). CONCLUSÃO O período ideal e mais seguro para o tratamento odontológico é durante o segundo trimestre da gestação, mas o fato de a mulher estar grávida não impede a maioria dos procedimentos odontológicos de rotina. O AINE de primeira escolha do Cirurgião dentista deve ser o Ibuprofeno, devido a sua menor classificação de risco (B) em Classificação da FDA. Sendo a Nimesulida o AINE de segunda escolha. (SCHAEFER et al., 2007) REFERÊNCIAS Berne & Levy: Fisiologia / editores Bruce M. Koeppen, Bruce A. Stanton; [tradução Adriana Pitella Sudré... [et al.]. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. CICONELLI, R. M. et al. Fármacos utilizados em reumatologia e fertilidade, gravidez e lactação. Rev. bras. reumatol, v. 41, n. 5, p. 285-291, 2001. MENGUE, S. S. et al. Uso de medicamentos por gestantes em seis cidades brasileiras. Rev. Saúde Pública, v.35, n. 5, p. 415-20, 2001. Dionne RA, Berthold CW. Therapeutic uses of non-steroidal anti-inflammatory drugs in dentistry. Crit, Rev Oral Biol Med 2001; 12(4): 315-330 Fernandes MH. Farmacologia e Terapêutica em Medicina Dentária. Medisa. Porto, 2006 GOLDSTEIN, L. H. et al. Pregnancy outcome of women exposed to azathioprine during pregnancy. Birth Defects Research Part A: Clinical and Molecular Teratology, v. 79, n. 10, p. 696-701, 2007. KABAMBA, A. T. et al. Prévalence de l'utilisation des anti-inflammatoires non stéroïdiens chez les femmes enceintes à Lubumbashi (République Démocratique du Congo). The Pan African Medical Journal, v. 18, 2014. Kummer CL, Coelho TCRB. Anti-inflamatórios Não Esteroides Inibidores da Ciclooxigenase-2 (COX-2): Aspetos Atuais. Rev. Bras. Anestesiol 2002. SCHAEFER, C.; PETERS, P.; MILLER, R. K. (Eds.). Drugs during pregnancy and lactation: treatment options and risk assessment. 2. ed. Oxford: Academic Press, 2007.
Título do Evento
X Universo Ateneu
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais do Universo Ateneu
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CORREIA, RODRIGO VIANA et al.. O USO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES (AINES) PARA GESTANTES NO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO.. In: Anais do Universo Ateneu. Anais...Fortaleza(CE) UNIATENEU, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/x-universo-ateneu-285336/587366-O-USO-DE-ANTI-INFLAMATORIOS-NAO-ESTEROIDES-(AINES)-PARA-GESTANTES-NO-ATENDIMENTO-ODONTOLOGICO. Acesso em: 06/05/2025

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