POTENCIAL ANTIOXIDANTE DA N-ACETIL-L-CISTEÍNA NO ESTRESSE OXIDATIVO DA ESQUISTOSSOMOSE EXPERIMENTAL CRÔNICA

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
DeVry | FBV
Título do Trabalho
POTENCIAL ANTIOXIDANTE DA N-ACETIL-L-CISTEÍNA NO ESTRESSE OXIDATIVO DA ESQUISTOSSOMOSE EXPERIMENTAL CRÔNICA
Autores
  • Renan Andrade Fernandes de Souza
  • GLAUSTO JORGE PITANCÓ E SILVA FILHO
  • Priscyla Lima de Andrade
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
Biomedicina
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/30212-POTENCIAL-ANTIOXIDANTE-DA-N-ACETIL-L-CISTEINA-NO-ESTRESSE-OXIDATIVO-DA-ESQUISTOSSOMOSE-EXPERIMENTAL-CRONICA
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
Esquistossomose, NAC, Estresse-oxidativo
Resumo
A esquistossomose é uma helmintíase causada pelo Schistosoma mansoni, com veiculação na água doce. Atinge quase toda a faixa litorânea brasileira e é endêmica na região metropolitana do Recife. Os principais acometimentos no organismo são consequências dos granulomas ao redor dos ovos encalhados num determinado órgão, como nos sinusóides hepáticos. Esses granulomas são formados por reações inflamatórias na tentativa de deter o corpo estranho. Neste processo, células fagocíticas liberam radicais livres com ação antimicrobiana, essas espécies reativas de oxigênio (ROS) são lesivas ao organismo, por sua instabilidade, tendendo a reagir com outras estruturas do corpo de modo lesivo. Quando essas ROS superam a capacidade antioxidante do organismo, denomina-se o estado de estresse oxidativo. A N-Acetil-L-Cisteína (NAC) é um derivado acetilado do aminoácido essencial cisteína, utilizado atualmente como mucolítico e antídoto hepático em superdosagens por paracetamol. Possui ação antioxidante no organismo, por ser precursora da glutationa reduzida, sequestrando íons metálicos danosos no organismo, assim, atenuando os efeitos lesivos do estresse oxidativo, sendo este uma desordem no equilíbrio oxirredução natural do organismo. É uma droga comercialmente conhecida com grande potencial terapêutico, visto que seus efeitos são comprovados laboratorialmente, podendo ser utilizada como fármaco auxiliar no tratamento da esquistossomose em associação ao praziquantel. Para o desenvolvimento do presente estudo, foram analisadas amostras hepáticas de 48 fêmeas Swiss webster, divididas em 6 grupos, das quais 36 contaminadas pelo Schistosoma mansoni, na fase crônica da doença (180 dias após a infecção com 50 cercárias). Os animais receberam doses de 200mg/Kg/dia da NAC a partir do 45º dia, até o 180º dia após a infecção, bem como doses curativas de 100mg/Kg/dia de praziquantel. Logo após, os animais passaram por eutanásia sob anestesia, para perfusão e retirada da amostra hepática. Foram dosados os principais marcadores do estresse oxidativo, como ânion superóxido, grupamentos sulfidrilas, proteínas carboniladas e TBARS, dosados por espectofotometria em comprimentos de onda específicos para cada análise, além da carga parasitária. Foram analisadas 48 amostras hepáticas de camundongos contaminados em tratamento e grupos-controle. A carga parasitária foi 100% reduzida pela ação do praziquantel. A NAC reduziu consideravelmente os marcadores diretamente proporcionais ao estresse oxidativo, e aumentou os níveis de grupamentos sulfidrila que exercem efeitos citoprotetores no organismo, bem como preservam a glutationa em sua forma reduzida. A NAC não possui efeito vermicida, por isso deve ser utilizada como um fármaco auxiliar no tratamento da esquistossomose. Sendo precursora da glutationa reduzida, eleva níveis de grupamentos sulfifrila, que atenuam ou inibem a peroxidação lipídica, evitando que radicais livres pré-formados sequestrem átomos de hidrogênio do grupamento metileno da cadeia de ácidos graxos da membrana celular, evitando reações em cadeia lesivas à estrutura celular. Pode também reduzir os próprios danos oxidativos acarretados pela respiração mitocondrial. Por esse efeito citoprotetor, a NAC diferencia do praziquantel por ter efeitos preventivos, enquanto o praziquantel possui ação apenas vermicida, mas nenhuma atividade preventiva. Em associação com o praziquantel, a NAC pode aumentar a qualidade de vida do indivíduo pós esquistossomose, por atenuar os efeitos lesivos permanentes causados pela doença preservando a atividade hepática, atividade complementar à eliminação dos vermes feita pelo praziquantel. Os resultados corroboram com resultados descritos previamente na literatura científica. A NAC mostrou-se eficaz para ser utilizada de modo coadjuvante ao praziquantel no tratamento da esquistossomose, reduziu consideravelmente os marcadores lesivos do estresse oxidativo.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
LinkObter o DOI

Como citar

SOUZA, Renan Andrade Fernandes de; FILHO, GLAUSTO JORGE PITANCÓ E SILVA; ANDRADE, Priscyla Lima de. POTENCIAL ANTIOXIDANTE DA N-ACETIL-L-CISTEÍNA NO ESTRESSE OXIDATIVO DA ESQUISTOSSOMOSE EXPERIMENTAL CRÔNICA.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/30212-POTENCIAL-ANTIOXIDANTE-DA-N-ACETIL-L-CISTEINA-NO-ESTRESSE-OXIDATIVO-DA-ESQUISTOSSOMOSE-EXPERIMENTAL-CRONICA. Acesso em: 26/04/2024

Even3 Publicacoes