A FAUNA NA BAHIA A PARTIR DOS DADOS DOS APFB E DO ALIB: UM ESTUDO SEMÂNTICO-LEXICAL DAS FORMAS GAMBÁ E SANGUESSUGA

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
Faculdade DeVry | Ruy Barbosa (Campus Paralela)
Título do Trabalho
A FAUNA NA BAHIA A PARTIR DOS DADOS DOS APFB E DO ALIB: UM ESTUDO SEMÂNTICO-LEXICAL DAS FORMAS GAMBÁ E SANGUESSUGA
Autores
  • Thais Dultra Pereira
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
Letras
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/30074-A-FAUNA-NA-BAHIA-A-PARTIR-DOS-DADOS-DOS-APFB-E-DO-ALIB--UM-ESTUDO-SEMANTICO-LEXICAL-DAS-FORMAS-GAMBA-E-SANGUESSUGA
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
Dialetologia. Sociolinguística. Léxico.
Resumo
O presente trabalho consiste num estudo da realidade linguística brasileira, a partir de dados de dois importantes atlas brasileiros. Tomando como motivação os 50 anos de publicação do Atlas Prévio dos Falares Baianos (APFB), o primeiro publicado no Brasil, em 1963, e considerando a publicação dos primeiros volumes do Atlas Linguístico do Brasil, em 2014, chegou-se ao tema da tese (em andamento), intitulada “A fauna na Bahia: do APFB ao ALiB” – que analisa os corpora dos referidos atlas. Considerando-se o desenvolvimento teórico-metodológico mais recente da Dialetologia, Geografia Linguística e Sociolinguística, realizou-se uma pesquisa dialetal, de cunho semântico-lexical, que descreve a fauna da Bahia com base em dados já publicados no Atlas Prévio dos Falares Baianos (APFB), em confronto com os dados do corpus do Projeto ALiB. Os principais objetivos são: descrever, a partir do léxico, a realidade da fauna baiana; identificar peculiaridades semântico-lexicais da fauna baiana a serem pesquisadas no APFB, e nos dados coletados do ALiB; avaliar, a partir do confronto dos dados das duas sincronias, as mudanças que se tenham operado ao longo do tempo; verificar a influência de fatores extralinguísticos como sexo, idade, escolaridade, localidade, classe social e contexto histórico-cultural nas denominações em estudo nos referidos corpora; e identificar as diferenças e semelhanças lexicais. Quanto à metodologia, foram utilizados os princípios da Dialetologia e os métodos da Geografia Linguística para a análise da amostra. Interessaram à pesquisa, particularmente: os dados obtidos através do questionário semântico-lexical – QSL (ALiB), área semântica fauna, que corresponde a 25 questões do QSL, além da questão 59, aproximadamente; e às 8 cartas correspondentes às questões coincidentes à fauna no APFB. Os dados analisados refletem a realidade de 9 cidades baianas, coincidentes nos dois atlas. Para apresentação dos resultados parciais, foram selecionadas duas questões dos instrumentos de inquérito: “bicho que solta um cheiro ruim quando se sente ameaçado” (Carta 141-APFB 56/QSL 71-ALiB) e “bichinho que se gruda nas pernas das pessoas quando elas entram num córrego ou banhado” (Carta 128-APFB/ QSL 84-ALiB). Tem-se, para “pessoa com mau cheiro” a lexia gambá, presente em oito, das dez cidades pesquisadas, no APFB, com 66,6% de ocorrências, e dez, no ALiB, com 88,8% das ocorrências. Além disso, registrou-se cangambá apenas no APFB, representando 11,1%, e saruê e sariguê apenas no ALiB, com 2,7% das ocorrências. Para “sanguessuga” tem-se xamixuga, variante fonética de sanguessuga, em todas as localidades, nos dois atlas, como lexia predominante, de maior ocorrência com 72,2%. No entanto, no APFB, houve ocorrência de mais duas formas: chupão e manzá, ambas com 1,1%, que não fazem parte da amostra no ALiB. Sanguessuga/ xamixuga é a variante predominante no ALiB, com 77,7%. Houve registro de carrapato, caso de ocorrência única, que representa cerca de 1% da amostra. Para o Projeto ALiB, em particular, a partir da análise de dados e publicação de resultados inéditos no que diz respeito à fauna na Bahia, esta pesquisa contribuirá para uma descrição sincrônica da língua. Por outro lado, do confronto desses dados com o APFB, tem-se a comparação dos fatores tanto intralinguísticos como extralinguísticos, bem como a descrição do português brasileiro através de um olhar diacrônico. Espera-se, por fim, que os resultados preliminares venham a contribuir para o conhecimento da língua portuguesa falada no Brasil, mais especificamente dos usos que dela se fazem no Estado da Bahia.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

PEREIRA, Thais Dultra. A FAUNA NA BAHIA A PARTIR DOS DADOS DOS APFB E DO ALIB: UM ESTUDO SEMÂNTICO-LEXICAL DAS FORMAS GAMBÁ E SANGUESSUGA.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/30074-A-FAUNA-NA-BAHIA-A-PARTIR-DOS-DADOS-DOS-APFB-E-DO-ALIB--UM-ESTUDO-SEMANTICO-LEXICAL-DAS-FORMAS-GAMBA-E-SANGUESSUGA. Acesso em: 19/04/2024

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