ADOLESCÊNCIA, DROGADIÇÃO E ATO INFRACIONAL: UMA EXPERIÊNCIA JUNTO AO GRUPO DE ORIENTAÇÃO À DROGADIÇÃO (GOD)

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
DeVry | Unifavip
Título do Trabalho
ADOLESCÊNCIA, DROGADIÇÃO E ATO INFRACIONAL: UMA EXPERIÊNCIA JUNTO AO GRUPO DE ORIENTAÇÃO À DROGADIÇÃO (GOD)
Autores
  • LEILIANE RODRIGUES ROCHA RIBEIRO
  • Halline Iale Barros Henriques
Modalidade
Relato de Experiência
Área temática
Psicologia
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/29759-ADOLESCENCIA-DROGADICAO-E-ATO-INFRACIONAL--UMA-EXPERIENCIA-JUNTO-AO--GRUPO-DE-ORIENTACAO-A-DROGADICAO-(GOD)
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
Drogas, Violência, Adolescente.
Resumo
Estudos recentes comprovam que o uso de drogas, entre adolescentes e jovens, cresce a cada ano no Brasil havendo uma estreita ligação entre o seu uso e os atos infracionais. Uma pesquisa realizada no Sul do país apontou que há uma prevalência do uso de drogas entre os adolescentes em conflito com a lei, com o percentual de 61% dos casos pesquisados. Desses, 57% relataram fazer uso de drogas ilícitas. Esta pesquisa corrobora com a realidade dos adolescentes da Casa de Semiliberdade (CASEM), local da experiência de estágio, onde é notório o grande número de adolescentes dependentes químicos, e o quanto as drogas, especialmente as ilícitas, se apresentam como um motivador da prática infracional. A CASEM atende adolescentes do sexo masculino que são autores de Ato Infracional, na idade de 12 a 21 anos que estão em cumprimento de Medida Socioeducativa de Semiliberdade. A unidade realiza várias intervenções junto aos adolescentes, uma delas refere-se ao GOD - GRUPO DE ORIENTAÇÃO À DROGADIÇÃO, que visa prevenir o consumo e reduzir a dependência, especialmente das drogas ilícitas. Os grupos são compostos por 10 a 12 participantes, acontecem três vezes por semana, com a coordenação da psicóloga da unidade, buscando atingir todos os adolescentes, porém eles têm a livre escolha de participar. Durante o estágio fora elaborado um plano de atividades que abarcasse as finalidades propostas pelo programa, tendo como objetivo geral a promoção do protagonismo dos adolescentes através de ações de enfrentamento à drogadição, com foco na saúde biopsicossocial e na participação das famílias. Os objetivos específicos visavam discutir com os adolescentes os fatores de riscos provenientes do uso e do envolvimento com as drogas; incentivar o envolvimento do adolescente no seu projeto de vida, por meio de discussões sobre a valorização pessoal e a autonomia. Por ser um estágio básico, os encontros aconteciam de uma a duas vezes por semana, e em cada oficina abordarmos temáticas referentes ao contexto das drogas e outros eixos expostos nos objetivos, através de dinâmicas, filmes, músicas, teatro do oprimido e rodas de conversas com temas propostos previamente pelos adolescentes. Foi perceptível no discurso dos participantes a associação das substâncias químicas com as práticas delituosas, tendo em vista que, a maioria dos assaltos, homicídios e atos violentos eram cometidos sob o efeito ou motivados pela aquisição da droga. De acordo com os relatos, a relação dos adolescentes com as drogas tentava ocultar uma infância e adolescência de violência, de abuso, de situações de extrema vulnerabilidade social; ou seja, um processo de vitimização vivenciado em ciclos diferentes de vida. Mesmo diante desta realidade eles expunham o desejo de mudança e aspiravam por algo melhor; como não tinham perspectiva e estavam desesperançados, buscavam na droga um alento. A carga horária de 68 horas fora insuficiente para realizar todas as pretensões planejadas, todavia tornou-se perceptível que o foco das intervenções junto a esses adolescentes não deve ser direcionado ao uso da droga em si, pois ela não é a causa principal e exclusiva da violência e dos crimes cometidos. Portanto, programas e projetos de atenção psicossocial voltados para o adolescente infrator não devem priorizar o combate a sustâncias psicoativas ilícitas, mas levantar a discussão de métodos que viabilizem a compreensão da drogadição de forma mais ampla, ou seja, a relação do homem com a droga, inclusive a origem das motivações do uso e as suas reverberações na vida do sujeito.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

RIBEIRO, LEILIANE RODRIGUES ROCHA; HENRIQUES, Halline Iale Barros. ADOLESCÊNCIA, DROGADIÇÃO E ATO INFRACIONAL: UMA EXPERIÊNCIA JUNTO AO GRUPO DE ORIENTAÇÃO À DROGADIÇÃO (GOD).. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/29759-ADOLESCENCIA-DROGADICAO-E-ATO-INFRACIONAL--UMA-EXPERIENCIA-JUNTO-AO--GRUPO-DE-ORIENTACAO-A-DROGADICAO-(GOD). Acesso em: 28/03/2024

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