O QUE MORRE E O QUE RENASCE NA MULHER QUANDO O BEBÊ NASCE

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
DeVry | Unifavip
Título do Trabalho
O QUE MORRE E O QUE RENASCE NA MULHER QUANDO O BEBÊ NASCE
Autores
  • Eva Karine santos de Albuquerque
  • Andréa Jean Silva Lins
  • Danielle de Fátima da Cunha Cavalcanti de Siqueira Leite
Modalidade
Relato de Experiência
Área temática
Psicologia
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/29585-O-QUE-MORRE-E-O-QUE-RENASCE-NA-MULHER-QUANDO-O-BEBE-NASCE
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
Psicologia, Parto-Humanizado, Violência Obstétrica, Maternidade.
Resumo
No Brasil desde tempos remotos o parto, que era um evento familiar e de caráter domiciliar, passou a ser institucionalizado, levando a mulher para escanteio e tornando o médico o ator principal no palco do nascimento. Segundo Diniz (2005) os fatores que levaram o parto a ganhar um caráter institucional foi a mortalidade de mulheres e de bebês advindas de infecções e complicações pós-parto pela falta de assistência, mas, ao mesmo tempo esse assistencialismo ao parto nos hospitais tomou caminhos deturpados, desconsiderando o lugar da mulher como autora do seu parto, e levando a classe médica a acreditar que estariam sob controle total do nascimento, fato que hoje desemboca numa enxurrada de cirurgias cesarianas sem indicações por ser gestação de risco, mas sim por comodidade do médico em ter seu quadro de horários organizado, e pelo medo da mulher em enfrentar a dor e a espera necessária, no parto natural por via vaginal. Este trabalho trata-se de um relato de experiência a partir das vivências do acadêmico de Psicologia da UNIFAVIP/DeVry no projeto de extensão Humanização nas práticas hospitalares e o cuidado no parto: as contribuições da Psicologia, ofertado pelo curso de Psicologia, vinculado ao projeto de extensão Maternidade Segura, que é um projeto interdisciplinar entre os cursos de Enfermagem, Psicologia e Nutrição, e é realizado em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de Caruaru. A partir das intervenções e das escutas realizadas pelo acadêmico por meio destes grupos de extensão em uma determinada UBS de Caruaru este trabalho se constrói, tendo como auxílio autores referenciais na temática, de parto, humanização, violência obstétrica e psicologia da gravidez como Diniz, Gutman e Soifer. Durante as rodas de conversa muito se colheu dos sentimentos emergidos naquelas mulheres, sendo elas mães primíparas- primeira gestação- e outras mães multíparas- mais de uma gestação-, dentre os conteúdos que mais chamaram atenção e surgiram com mais frequência desde o ingresso do acadêmico no projeto, do ano de 2015 até o presente momento em 2016, foram os relacionados a ansiedades e medos que cercam tais mulheres quanto à gestação e ao parto. O que ficou evidente foi uma intensa preocupação com que tipo de tratamento elas receberiam nas maternidades públicas da cidade, como os profissionais as tratariam, assim como, o medo da dor sentida no parto, assunto este que sempre era retomado nas rodas pelas extensionistas devido à percepção de concepções errôneas acerca da dor fisiológica esclarecendo a influência do psicológico sob a dor sentida fisiologicamente. Toda essa desinformação sentida e acolhida pelos extensionistas, levou o trabalho a se tornar desafiador, visando uma reconstrução do ser mulher/mãe dentro de uma instituição hospitalar, sendo o parto normal ou cesariano, para as gestantes da roda de conversa. O medo relatado por elas aliado a desinformação que o grupo de mulheres aqui descrito revelava, levou a questionamentos sobre suas experiências vivenciadas antes de ser mãe, assim como suas experiências – para as que já tiveram – de partos anteriores à gestação atual, foi então que se percebeu a presença iminente de violência obstétrica, de repressões por parte de familiares, de dores apercebidas por elas, que puderam vieram à tona numa simples, porém profunda, conversa sobre “Como eu lido com o imprevisto que confronta o que idealizei para minha vida?”. Conclui-se que muito ainda precisa ser repensado quanto ao modo de intervenção realizado nos ambientes hospitalares, há muito que ser reconstruído do que foi “morte” nessas mulheres que vivenciaram violências obstétricas e encararam o lado sofrido da dor no parto, isso se refletiu numa frase dita por uma gestante “É... o que nasce, morre também”, quando debatíamos sobre o que morre e o que renasce em uma mulher quando um bebê nasce, compreende-se neste momento a importância deste espaço de escuta e do olhar da psicologia frente a estes discursos.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

ALBUQUERQUE , Eva Karine santos de Albuquerque ; LINS, Andréa Jean Silva; LEITE, Danielle de Fátima da Cunha Cavalcanti de Siqueira. O QUE MORRE E O QUE RENASCE NA MULHER QUANDO O BEBÊ NASCE.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/29585-O-QUE-MORRE-E-O-QUE-RENASCE-NA-MULHER-QUANDO-O-BEBE-NASCE. Acesso em: 23/04/2024

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