TRANSMISSÃO ORAL DA DOENÇA DE CHAGAS PELO CONSUMO DE AÇAÍ

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
DeVry | Unifavip
Título do Trabalho
TRANSMISSÃO ORAL DA DOENÇA DE CHAGAS PELO CONSUMO DE AÇAÍ
Autores
  • Samyris Palloma da Silva Domingos
  • Julianne Ferreira Sobral
  • Iolanda Tibúrcio das Neves
  • Alliceane Vasconcelos de Aguiar
  • Tatianny de Assis Freitas Souza
Modalidade
Artigo
Área temática
Nutrição
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/29471-TRANSMISSAO-ORAL-DA-DOENCA-DE-CHAGAS-PELO-CONSUMO-DE-ACAI
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
Doença de chagas, barbeiro, açaí, contaminação oral.
Resumo
A manipulação inadequada de alimentos é a principal causa de transmissão de agentes infecciosos. Muitas vezes, torna-se um rápido meio de proliferação de parasitas, gerando numerosos casos de doenças adquiridas por via oral. Dentre estas patologias, encontra-se a doença de Chagas, que permanece como um problema de saúde pública, devido à falta de tratamentos mais especializados que visem melhorias e até cura dos pacientes acometidos. Os sintomas variam desde febre e inchaço até fibrose em órgãos como o coração. O mal de Chagas é causado pelo Trypanosoma cruzi, que é transmitido para humanos, pela pele ou por ingestão, através do contato com fezes de insetos popularmente conhecidos como barbeiros. A transmissão oral do parasita surge como uma preocupação em áreas endêmicas da doença, pois há uma grande contaminação através da maceração das fezes e até do próprio inseto durante a manipulação de determinados alimentos. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi colher informações na literatura, relativas a contaminação com doença de Chagas, através da ingestão oral de alimentos processados com o parasita. A pesquisas foram baseadas em artigos científicos disponíveis em banco de dados como Scielo, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. No total, foram analisados vinte artigos, publicados entre 2002 a 2012, utilizando as seguintes palavras-chave: doença de Chagas, barbeiro, açaí, contaminação oral. A primeira notificação de transmissão oral foi através do caldo de cana, porém os casos de maior incidência são através do açaí, fruto importante na dieta de brasileiros, devido às suas propriedades nutricionais e antioxidantes, que favorecem a circulação. O consumo do açaí contaminado, possivelmente através da maceração de barbeiros junto ao fruto, foi apontado como surto em cidades da região Norte do país. Pesquisas demonstraram que o parasita é capaz de sobreviver na polpa do açaí por longo período e após tratamentos térmicos. A presença da doença de Chagas está diretamente relacionada a higienização do fruto. É importante a capacitação dos órgãos de vigilância sanitária regionais, da população e dos batedores do fruto nas indústrias de polpas. A segurança alimentar é uma questão global e um aumento na exportação de?produtos?alimentares sem o tratamento adequado pode levar a origem e estabelecimento de novas doenças em diversas áreas geográficas. A escassez de dados com relação a esse tipo de transmissão, somado à falta de programas de capacitação dos manipuladores para processamento do fruto e do controle da qualidade,?torna?o consumo do açaí um risco à saúde do consumidor. O açaí industrializado deve possuir registro no Ministério da Agricultura e passar por processos de lavagem e pasteurização, que eliminam qualquer possibilidade de sobrevivência do agente etiológico. Desta forma, o risco de infecção é maior para aqueles que consomem a polpa fresca. Em boa parte da região Norte, o fruto é encontrado em feiras e mercados em estado natural, sem passar pelos processos de industrialização. Por isso, moradores ou turistas que visitarem a região devem procurar consumir o fruto somente em locais certificados pela Vigilância Sanitária. Por outro lado, para aqueles que consomem a polpa de industrializada, que passa pelo processo de pasteurização, necessário para a venda em outras regiões do Brasil e no exterior, o risco é quase nulo. É preciso informar aos donos de industrias, que existe uma regulamentação técnica da Vigilância Sanitária estabelecendo os procedimentos higiênico-sanitários para manipulação de alimentos preparados com vegetais. A EMBRAPA elaborou um relatório normativo com etapas desde a colheita até congelamento e estoque, visando tanto o processamento tradicional quanto industrial. Neste sentido, pode-se concluir, que através de informações na literatura, é necessária uma boa higienização durante o processamento dos frutos açaí, eliminando focos de fezes de barbeiros, como forma de prevenção para a doença de Chagas.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

DOMINGOS, Samyris Palloma da Silva et al.. TRANSMISSÃO ORAL DA DOENÇA DE CHAGAS PELO CONSUMO DE AÇAÍ.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/29471-TRANSMISSAO-ORAL-DA-DOENCA-DE-CHAGAS-PELO-CONSUMO-DE-ACAI. Acesso em: 20/04/2024

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