EXPERIÊNCIAS DE TRIAGENS NA TRAJETÓRIA DO PSICOTERAPEUTA INICIANTE

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
DeVry | Fanor
Título do Trabalho
EXPERIÊNCIAS DE TRIAGENS NA TRAJETÓRIA DO PSICOTERAPEUTA INICIANTE
Autores
  • Carlos Ming-Wau Freitas da Silva
  • MARCIO SILVA GONDIM
Modalidade
Relato de Experiência
Área temática
Psicologia
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/29252-EXPERIENCIAS-DE-TRIAGENS-NA-TRAJETORIA-DO-PSICOTERAPEUTA-INICIANTE
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
Triagem psicológica, Versão de sentido, Formação
Resumo
Na envergadura das polaridades teoria e prática, ambas indissociáveis, o terreno metodológico e epistemológico da Graduação em Psicologia, propõe refletir as realidades existenciais e sociais do humano, assim como os atravessamentos que as compõem e sua emergência na contemporaneidade. A clínica das psicoterapias, mais especificamente a triagem psicológica, é uma possibilidade de compreensão das vicissitudes do humano, principalmente quando sua busca se dá por meio do sofrimento psíquico que desencadeia uma queixa. Com isso, objetivou-se refletir sobre a prática do psicoterapeuta iniciante a partir da triagem psicológica. Essa modalidade de entrevista psicológica tem como finalidade estabelecer uma avaliação introdutória do cliente, por intermédio de sua história de vida, para elencar um encaminhamento que surge da queixa apresentada. Por um viés dialógico, influenciado pela filosofia de Martin Buber, esse momento inicial entre psicoterapeuta e cliente, é referenciado como um encontro intersubjetivo que ocorre entre Eu e Tu. Para referendar essa proposição, que vai além da coleta de informações sobre a história do cliente, a triagem é uma efetivação da ajuda psicológica, já que um se propõe a escutar os dilemas do outro, seu divagar na existência. O aporte metodológico foi qualitativo, baseando-se na versão de sentido de Amatuzzi, que considera que as expressões do vivido, que ocorrem no aqui-agora e desembocam da experiência pré-reflexiva, numa atitude fenomenológica. Assim, a metodologia se deu em três passos: a investigação do conceito de triagem psicológica – com pesquisa em bibliografia baseada no psicodiagnóstico e na abordagem humanista –, o encontro com o cliente e a supervisão entre psicoterapeuta iniciante e supervisor, com a discussão dos atendimentos. Para o graduando, a ambiência da clínica-escola e suas nuances foram disparadores de inquietações, que respondidas à luz dos pressupostos teóricos, fomentaram a aquisição de habilidades clínicas, a saber: a apropriação do espaço da clínica, o preenchimento de formulários, e para além, o contato prático com o conceito de triagem e sua idiossincrasia, estabelecida na relação psicoterapeuta-cliente. Desse encontro surge o inesperado, o dito e o não dito, no entanto, o que prevalece é o vivido, o que ocorre entre o Eu e Tu, que vem mediado pelo discurso e pela linguagem não-verbal. Outrossim, a relação que se estabelece é assimétrica, pois um se dispõe a ajudar o outro que sofre, e vai além de se estabelecer um encaminhamento, constituindo o atravessamento do contato de subjetividades, que se modificam e se revitalizam durante do encontro. Sobre as supervisões, as trocas de experiências entre formando e supervisor são assimétricas, debruçando-se sobre o manejo adotado no atendimento e suas considerações teóricas e metodológicas. Por fim, reverberou-se na trajetória do psicoterapeuta iniciante, as reflexões sobre a necessidade de aquisição de habilidades terapêuticas baseadas numa ética que valorize a diversidade humana, por vezes rechaçada no mundo de iguais, principalmente sobre a expressão do sofrimento psíquico e as estigmatizações que advém do diagnóstico psicológico, seja deferido pelo clínico ou pelo leigo. Dessa forma, a possibilidade de encontro mencionada e sua compreensão das vicissitudes humanas, acontecem no amálgama da transposição de saberes e afetos, nas vozes que ecoam do sofrimento anímico, cabendo ao psicoterapeuta iniciante dar voz aos algozes do cliente, na facilitação de processos de mutação, que no tempo do cliente, acontecem mediante suas escolhas e responsabilidade.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
LinkObter o DOI

Como citar

SILVA, Carlos Ming-Wau Freitas da; GONDIM, MARCIO SILVA. EXPERIÊNCIAS DE TRIAGENS NA TRAJETÓRIA DO PSICOTERAPEUTA INICIANTE.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/29252-EXPERIENCIAS-DE-TRIAGENS-NA-TRAJETORIA-DO-PSICOTERAPEUTA-INICIANTE. Acesso em: 23/04/2024

Even3 Publicacoes