LITERATURA E PSICANÁLISE: A TEORIA DO AMOR NO CONTO OS DESASTRES DE SOFIA DE CLARICE LISPECTOR

Yeda Daiane Forte Pessoa; Kelly Moreira de Albuquerque

Todos os Trabalhos

Trabalho Completo

Campus

DeVry | Fanor

Título do Trabalho

LITERATURA E PSICANÁLISE: A TEORIA DO AMOR NO CONTO OS DESASTRES DE SOFIA DE CLARICE LISPECTOR

Autores

Yeda Daiane Forte Pessoa
Kelly Moreira de Albuquerque

Modalidade

Comunicação Oral

Área temática

Psicologia

Data de Publicação

16/05/2016

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/viimostradevry/28994-literatura-e-psicanalise--a-teoria-do-amor-no-conto-os-desastres-de-sofia-de-clarice-lispector

ISSN

2238-2208

Palavras-Chave

Psicologia. Psicanálise. Amor. Literatura

Resumo

O trabalho problematiza a teoria do amor na psicanálise freudiana. Para tanto, propõe uma interlocução entre literatura e psicanalise. De fato, a atividade literária constitui-se enquanto uma ferramenta primordial nas problematizações acerca da diversidade e complexidades dos modos de inserção psíquica nas relações estabelecidas consigo mesmo e com o outro, incluindo a sociedade e a cultura. A literatura é, pois, uma das possibilidades de acesso ao inesgotável da experiência humana. Deste modo, estabelecemos um diálogo entre a teoria do amor em Freud e o conto Os Desastres de Sofia de Clarice Lispector. Buscamos encontrar no conto apontamentos para a compreensão das construções freudianas sobre o amor. Há muitos anos o amor vem sendoalvo das grandes tragédias e objeto de inspiração para grandes poetas e escritores, nomeado diversas vezes como causa das inomináveis dores e insanidades, até hoje usado como justificativa para os maiores atos passionais, noticiados eventualmente ao longo dos anos. Com efeito, as discussões acerca do amor existem muito antes de Freud e a psicanálise. Séculos antes a mitologia trouxe diversas versões acerca desse amor. Eros espalhava com suas flechas a falta que só se completa no outro. Assim como na obra O Banquete, Platão falava dessasuposta falta, do ser incompleto, da busca pelo amor. Estudos apontam que o texto psicanalítico trás a idéia de amor como um não saber, aja vista o amor nascer das meias verdades, fruto das fantasias construídas pelo encontro, sempre faltoso, com o desejo do outro. Essa relação sempre acontece entre a dinâmica de amante e amado, sujeito e objeto. O amante sempre ama a fantasia que tem do outro. Ama algo no outro que até ele mesmo desconhece, ou seja, o inominável. É diante dessa falta inominável que surge a idéia de completude, que só se basta no outro. Bem, trata-se de um estudo teórico critico acerca do ideal de amor e as questões simbólicas que o cercam através da óptica psicanalítica.Esse estudo se estrutura metodologicamente da seguinte forma: primeiramente abordaremos os conceitos principais que sustentam a teoria do amor em Freud. É neste primeiro ponto que será feito um pequeno apanhado sobre principais conceitos de Freud, onde o mesmo trás a teoria de que é diante da castração que o sujeito torna-se um sujeito da falta. E a idéia de que o desejo sempre fez parte da estrutura de homem, abordando assim dentro dessa dinâmica o conceito de pulsão e seu funcionamento. Serão abrangidos alguns conceitos necessários para o entendimento da temática, conceitos como: a formação do narcisismos, as questões que envolvem as pulsões, as relações que envolvem o eu-objeto, a questão do édipo e castração, auto-erotismo. É através desses conceitos que serão explicados um pouco sobre a primeira fala a partir da escolha do objeto; dinâmicas, entrelaces e dicotomias das pulsões,idealização, identificação e diferenças nas formas de amar, e o uso da mitologia e a idéia de Eros para falar de unificação. Logo mais, no segundo ponto metodológico, será apresentada uma resenha acerca do conto. Neste conto encontramos uma relação intensa da menina Sofia com a figura de um homem, relação essa marcada por provocações, vitórias e derrotas em um jogo de sedução erótica sem envolvimento sexual. E, por fim, apresentaremos uma discussão acerca de como os conceitos psicanalíticos abarcam esse discurso literário. É a partir dessa relação de amor entre a menina Sofia e o professor, que abordaremos como acorrem as nomenclaturas que envolvem essa escolha do objeto amado,o nascer da fantasia, e como se estruturam essas fantasias em torno desse sujeito faltoso, castrado e atravessado pelo simbólico. Trazendo dessa forma um campo de discussão entorno da temática. Desta maneira, inferimos que as questões que envolvem o amor sob a óptica psicanalítica é multifacetado. É partindo dessas idéias que visamos compreender de onde fala esse sujeito que ama.

Título do Evento: VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento: Fortaleza
Título dos Anais do Evento: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

PESSOA, Yeda Daiane Forte; ALBUQUERQUE, Kelly Moreira de. LITERATURA E PSICANÁLISE: A TEORIA DO AMOR NO CONTO OS DESASTRES DE SOFIA DE CLARICE LISPECTOR.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/28994-LITERATURA-E-PSICANALISE--A-TEORIA-DO-AMOR-NO-CONTO-OS-DESASTRES-DE-SOFIA-DE-CLARICE-LISPECTOR. Acesso em: 01/05/2025