ANÁLISE DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOS NEGROS DA COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBOLA DE ALTO ALEGRE

Maria Rosirlane Bertulino Silva; Maria Aparecida da Silva Figueredo; Nélida Martins de Almeida; Reginaldo José da Silva; Thais Pereira Castro; Carlos Eduardo Esmeraldo Filho

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Campus

DeVry | Fanor

Título do Trabalho

ANÁLISE DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOS NEGROS DA COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBOLA DE ALTO ALEGRE

Autores

Maria Rosirlane Bertulino Silva
Maria Aparecida da Silva Figueredo
Nélida Martins de Almeida
Reginaldo José da Silva
Thais Pereira Castro
Carlos Eduardo Esmeraldo Filho

Modalidade

Comunicação Oral

Área temática

Psicologia

Data de Publicação

16/05/2016

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/28927-ANALISE-DO-PROCESSO-DE-CONSTRUCAO-DA-IDENTIDADE-DOS-NEGROS-DA-COMUNIDADE-REMANESCENTE-DE-QUILOMBOLA-DE-ALTO-ALEGRE

ISSN

2238-2208

Palavras-Chave

Comunidade Quilombola, Identidade, Cultura,Psicologia Comunitária.

Resumo

Este trabalho tem como objetivo compreender o processo de construção da identidade dos negros da Comunidade Remanescente de Quilombola de Alto Alegre, localizada no municipio de Horizonte-CE, a partir das interferências sociais de outras culturas e identidades. Foi realizado pelo grupo de alunos da disciplina de Psicologia Social e Comunidades, do curso de Psicologia da FANOR/DeVry Brasil. A comunidade nasceu com a chegada do negro Cazuza à cidade de Pacajus, foragido de um navio negreiro vindo da África e atracado em Fortaleza, em meados do século XIX. Cazuza foi acolhido pela tribo indígena dos Paiacus, onde se casou com uma das nativas, iniciando de forma mestiça entre negro e índio a Comunidade Remanescente de Quilombo de Alto Alegre. A metodologia utilizada para este estudo se deu mediante visitas à comunidade, aos equipamentos públicos ofertados e digiridos aos quilombolas, bem como em entrevistas ao líder comunitário Francisco Manoel da Silva, mais conhecido como “Nêgo do Neco”, bisneto de Cazuza, e outros moradores da comunidade. Articulamos também os dados coletados às pesquisas bibliográficas relacionadas aos temas comunidade, identidade e cultura. A terra, a cultura, a identidade quilombola é a gema apical dessa comunidade, demonstrada na fala do líder comunitário quando traz a importância do sentimento de pertencimento que todos devem nutrir pela história, pela terra, pela comunidade e sua preocupação com as influências trazidas de outras culturas para a sobrevivência dos costumes, e o risco da perda da identidade quilombola. A sobrevivência foi difícil, passaram por muito sofrimento e privações. A alimentação era escassa, sobreviviam das poucas plantações e criações que podiam ter, e o acesso à saúde não existia, sendo responssabilidade dos curandeiros da comunidade, cuidar de seus doentes com a medicina caseira, conhecimento este perpassado de pai para filho. As condições de vida e a ausência de acesso à saúde contribuiu para um alto índice de mortalidade infantil. A comunidade hoje, dispõe de equipamentos públicos como posto de saúde, escola, voltados para atender suas necessidades básicas, bem o CRAS Quilombolas, Casa de Memória, Associação dos Remanescentes de Quilombo de Alto Alegre (ARQUA), Núcleo de Promoção de Igualdade Racial (NUPIRH), equipamentos que objetivam o fortalecimento dos vínculos entre a própria comunidade com a sua história, sua identidade. É a partir da identidade que surgem os valores culturais e sociais comuns de um povo, sendo possível reconhecer seus direitos sociais e civis. A identidade coletiva dos remanescentes de quilombos são uma caracterísca mais expansiva no sentido cultural e político, demonstrando um valor maior de sobrevivência, reconhecida sobretudo pelo apelo à história oral, à memória coletiva. A comunidade é bem assistida por diversos segmentos, mas um dos temores do líder comunitário é de que se perca a identidade quilombola, pois a juventude tem muito acesso e possibilidades a um mundo que os mais antigos nunca sonharam, engolindo e sobrepondo aos seus costumes. Mas o que podemos perceber de mais marcante em nossas visitas foi a força, a garra que a grande maioria apresenta. Não se agarraram à história sofrida para se vitimizar, se lamentar e engessar. Ao invés disso, transformaram todo o sofrimento de seus antepassados na construção de alicerce seguro e ergueram degraus para auxiliá-los na busca e conquista de seu espaço de direito.

Título do Evento: VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento: Fortaleza
Título dos Anais do Evento: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital
DOI: Obter o DOI

Como citar

SILVA, Maria Rosirlane Bertulino et al.. ANÁLISE DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOS NEGROS DA COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBOLA DE ALTO ALEGRE.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/28927-ANALISE-DO-PROCESSO-DE-CONSTRUCAO-DA-IDENTIDADE-DOS-NEGROS-DA-COMUNIDADE-REMANESCENTE-DE-QUILOMBOLA-DE-ALTO-ALEGRE. Acesso em: 26/04/2024