BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR COMO MATÉRIA-PRIMA PARA FÁBRICA DE CELULOSE: UMA REVISÃO

Publicado em 24/03/2022 - ISSN: 1809-1342

Título do Trabalho
BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR COMO MATÉRIA-PRIMA PARA FÁBRICA DE CELULOSE: UMA REVISÃO
Autores
  • Leonardo Amador Cruz
  • Edva Oliveira Brito
  • Roberto Carlos Costa Lelis
  • Fabricio Gomes Gonçalves
  • Fernando José Borges Gomes
Modalidade
Resumo: SePTI
Área temática
CA: Recursos Florestais e Engenharia Florestal
Data de Publicação
24/03/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/viiiraic2020/386024-bagaco-de-cana-de-acucar-como-materia-prima-para-fabrica-de-celulose--uma-revisao
ISSN
1809-1342
Palavras-Chave
Agroindústria, resíduos, polpação, biorrefinaria
Resumo
Madeiras de softwood e hardwood têm sido amplamente utilizadas como principais matérias-primas para as fábricas de celulose em todo o mundo. No entanto, devido ao crescimento do custo da madeira nos últimos anos, outras biomassas potenciais vêm sendo investigadas, bem como adotadas para a produção de celulose. Além disso, as plataformas biorrefinarias tornam-se relevantes na possibilidade de utilizar diferentes materiais lignocelulósicos para extrair celulose e outros produtos de alto valor agregado, bem como realizar um aproveitamento racional dos recursos naturais, conceito em crescente demanda pela sociedade. Considerando as matérias-primas disponíveis, o bagaço de cana-de-açúcar tem sido um dos mais promissores em muitos países. Por exemplo, a indústria de açúcar e álcool no Brasil tem produzido bagaço de cana-de-açúcar em grandes quantidades e, apesar de sua importância energética para o setor, constituiu um resíduo do processo, principalmente devido ao aumento da eficiência para recuperação da biomassa residual, estima-se que no balanço de massa da manafatura sucroalooleira a geração da biomassa corresponda até 15%, em base seca, por tonelada de cana-de-açúcar processada. Por ser rico em carboidratos, o bagaço é mais atrativo para o uso em biorrefinarias para produção de celulose ou biocombustíveis, por exemplo. Este estudo teve como objetivo realizar uma ampla revisão do bagaço de cana-de-açúcar sobre seu potencial como biomassa a ser utilizada na produção de celulose. A pesquisa comparou os resultados da composição química do bagaço de cana-de-açúcar e da madeira de eucalipto, uma vez que é uma das principais utilizadas na produção de celulose. Nesta revisão, foram avaliados os diferentes processos de polpação (soda, sulfite, organossolve e kraft) avaliando a caracterização química da biomassa, rendimentos da polpa, números kappa alvos e teor de carboidratos. Analisando os componentes químicos das matérias-primas, para o bagaço obteve-se conteúdos de extrativos totais, lignina solúvel e insolúvel, holocelulose, alfa-celulose e cinzas de 2,4%, 17,2% e 2,4%, 75,6%, 40,3% e 2,2%, respectivamente, enquanto para a madeira de eucalipto encontrou-se valores de 2,6%, 22,9%, 3,8%, 70,6%, 44,7%, 0,3%, respectivamente. De acordo com os resultados encontrados para a caracterização química do bagaço de cana-de-açúcar, esse oferece valores relativamente interessantes para a produção de celulose quando comparados à madeira de eucalipto, como níveis mais baixos de lignina e percentuais comparáveis de alfa-celulose e holocelulose. Em relação ao rendimento da polpa, esse variou de 40 a 60% entre os processos avaliados para a biomassa residual, sendo o kraft o melhor avaliado, contudo proporcionando número kappa elevado. Em geral, a presença de medula no bagaço de cana-de-açúcar resultou em uma influência negativa no processo e que requer técnicas de pré-tratamento da biomassa para sua remoção. O material apresenta propriedades significativas para deslignificação, apesar da baixa densidade a granel, fibra curta e alto teor de cinzas, porém as propriedades de celulose são consideradas semelhantes ou inferiores as obtidas de Eulyptus sp., exigindo sistemas de otimização para se obter melhores resultados em sequências branqueamento.
Título do Evento
VIII Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC 2020) e II Reunião Anual de Iniciação em Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (RAIDTec 2020) - UFRRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da VIII Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC 2020) e II Reunião Anual de Iniciação em Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (RAIDTEC 2020)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CRUZ, Leonardo Amador et al.. BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR COMO MATÉRIA-PRIMA PARA FÁBRICA DE CELULOSE: UMA REVISÃO.. In: Anais da VIII Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC 2020) e II Reunião Anual de Iniciação em Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (RAIDTEC 2020). Anais...(RJ) UFRRJ, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/VIIIraic2020/386024-BAGACO-DE-CANA-DE-ACUCAR-COMO-MATERIA-PRIMA-PARA-FABRICA-DE-CELULOSE--UMA-REVISAO. Acesso em: 06/06/2025

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