DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR: REVISÃO DE LITERATURA

Guilherme Augusto Borges Duarte; Haika Victória Sales Moreira; Nathália Alves de Senne; Huarrisson Azevedo Santos; Isabele da Costa Angelo

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Trabalho

Título do Trabalho

DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR: REVISÃO DE LITERATURA

Autores

Guilherme Augusto Borges Duarte
Haika Victória Sales Moreira
Nathália Alves de Senne
Huarrisson Azevedo Santos
Isabele da Costa Angelo

Modalidade

Resumo: JIC

Área temática

CA: Medicina Veterinária

Data de Publicação

24/03/2022

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/viiiraic2020/378638-diagnostico-da-leishmaniose-tegumentar--revisao-de-literatura

ISSN

1809-1342

Palavras-Chave

flebotomíneo, Leishmania sp., Lutzomyia sp.

Resumo

As leishmanioses são um importante agravo para a saúde pública mundial, devido à complexidade da cadeia epidemiológica e gravidade para humanos e animais. Provocadas por protozoários do gênero Leishmania são transmitidas por flebotomíneos fêmeas infectadas. A Leishmaniose Tegumentar (LT) é mais branda e incidente, com estimativa de 1 milhão de casos novos por ano no mundo. O diagnóstico é clínico e laboratorial, sendo possível também o diagnóstico vetorial, que auxilia no monitoramento epidemiológico. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica acerca da LT, dando ênfase aos métodos diagnósticos. Existem cerca de 53 espécies no gênero Leishmania (Kinetoplastida: Trypanosomatidae), sendo 20 patogênicas para humanos. Estes protozoários assumem duas formas: amastigotas, encontradas no citoplasma de células do sistema fagocítico mononuclear, e promastigotas, presentes no trato intestinal do flebotomíneo. No Brasil, os principais agentes etiológicos são L. amazonensis, L. braziliensis e L. guyanensis, e vetores mais comuns: Lutzomyia flaviscutellata, Lu. intermedia, Lu. migonei, Lu. umbratilis, Lu. wellcomei e Lu. whitmani. Considerada endêmica em mais de 90 países, a LT tem ocorrência associada a aspectos demográficos, socioeconômicos e ambientais, acometendo principalmente populações pobres e rurais. O diagnóstico clínico compreende sintomas específicos como lesões ulcerativas pleomórficas na pele e mucosas, ou mais generalizados, pela disseminação linfática ou hemática, como febre, linfadenopatia, anorexia e dores musculares. A avaliação clínica leva à classificação em forma cutânea, mucosa ou mucocutânea, que é importante para o tratamento e prognóstico. As formas mucosas e mucocutâneas são mais graves, comuns em pacientes imunocomprometidos e podem mutilar os lábios e nariz o que, além de provocar sequelas graves, causa grande estigma social. A intradermoreação de Montenegro é um teste invasivo de alta sensibilidade, que consiste na inoculação de antígenos e verificação da reação de hipersensibilidade tardia. Os métodos parasitológicos são menos invasivos e evidenciam a presença do parasita pelo exame direto ou pela Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Apesar da PCR ser rápida e específica, o exame direto é mais empregado, devido à simplicidade e baixo custo. Compreender a relação parasito-vetor é fundamental para traçar estratégias de controle e profilaxia. A partir da coleta de flebotomíneos em áreas endêmicas e epidêmicas, é possível detectar a infecção natural, investigar vetores e estudar aspectos epidemiológicos. A coleta deve ser realizada com armadilhas luminosas nos ambientes peri ou domiciliares, e a detecção do protozoário se dá por métodos tradicionais, através da dissecção do flebotomíneo e isolamento, ou pela técnica de PCR. Os métodos tradicionais são laboriosos e requerem experiência, ao passo que a PCR analisa grandes quantidades de amostras em menor tempo. Portanto, em função do polimorfismo e gravidade das lesões, é importante associar exames complementares ao diagnóstico, a fim de facilitar a escolha do protocolo terapêutico e possibilitar melhores resultados. As técnicas moleculares, tanto para diagnóstico humano quanto vetorial, possibilitam resultados altamente específicos e rápidos, o que confere maior praticidade do ponto de vista clínico e epidemiológico.

Título do Evento: VIII Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC 2020) e II Reunião Anual de Iniciação em Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (RAIDTec 2020) - UFRRJ
Título dos Anais do Evento: Anais da VIII Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC 2020) e II Reunião Anual de Iniciação em Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (RAIDTEC 2020)
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

DUARTE, Guilherme Augusto Borges et al.. DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR: REVISÃO DE LITERATURA.. In: Anais da VIII Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC 2020) e II Reunião Anual de Iniciação em Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (RAIDTEC 2020). Anais...(RJ) UFRRJ, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/VIIIraic2020/378638-DIAGNOSTICO-DA-LEISHMANIOSE-TEGUMENTAR--REVISAO-DE-LITERATURA. Acesso em: 10/05/2025