SUBJETIVIDADE, MUNDO ADMINISTRADO E O NOVO ENSINO MÉDIO: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA TEORIA CRÍTICA DA SOCIEDADE

Publicado em 23/06/2025 - ISBN: 978-65-272-1642-1

Título do Trabalho
SUBJETIVIDADE, MUNDO ADMINISTRADO E O NOVO ENSINO MÉDIO: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA TEORIA CRÍTICA DA SOCIEDADE
Autores
  • Carlos Eduardo Ramos
  • Maria Cristina Dancham Simões
  • Nivaldo Alexandre de Freitas
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
1 - Políticas de Assistência Social, Educação e Saúde
Data de Publicação
23/06/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/viiiencontroabrapsonorte/981278-subjetividade-mundo-administrado-e-o-novo-ensino-medio--consideracoes-a-partir-da-teoria-critica-da-sociedade
ISBN
978-65-272-1642-1
Palavras-Chave
Educação, Novo Ensino Médio, Mundo Administrado, Pseudoformação.
Resumo
Esta comunicação tem como objetivo apresentar alguns resultados preliminares obtidos em uma pesquisa sobre a organização do Novo Ensino Médio brasileiro. O objetivo da primeira etapa da pesquisa foi investigar o conceito de mundo administrado e de pseudoformação, com base nos escritos de T. W. Adorno, e sua relação com a cultura, especificamente, com a educação e a organização do Novo Ensino Médio brasileiro. O conceito de mundo administrado remete à transposição da lógica de produção que determina a esfera da administração, adequada para a gestão de mercadorias, para as instituições responsáveis pela gestão e formação das pessoas. Desse modo, todas as esferas da cultura e da formação humanas são atravessadas pela lógica da administração em uma sociedade em que as instituições possuem, objetivamente, força incomensuravelmente maior do que qualquer possibilidade de determinação subjetiva. Já a pseudoformação remete à impossibilidade dos sujeitos de se apropriarem da cultura e ao empobrecimento das disposições dos sujeitos em compreender e interpretar a realidade. Inicialmente é possível relacionar a pseudoformação ao aparato e ao modelo de produção das mercadorias da Indústria Cultural, mas ela se estende à formação geral do indivíduo, o que inclui a educação, impedindo a formação de conceitos e à possibilidade de se ter experiências. Especificamente no caso brasileiro, buscou-se analisar o chamado Novo Ensino Médio como política educacional que reproduz a pseudoformação cultural e cujo principal efeito é a adaptação do sujeito a uma sociedade organizada racionalmente e, simultaneamente, marcada por tendências irracionais. Os elementos teóricos da pesquisa são fornecidos pela teoria crítica da Escola de Frankfurt, principalmente por T. W. Adorno, cujas reflexões acerca da educação e da cultura são centrais para este estudo. Quanto ao método da primeira etapa, tratou-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e delineamento documental, em que foi utilizada a análise dos documentos relativos ao Novo Ensino Médio (leis, diretrizes, normativas etc.) buscando destacar qual concepção de formação humana advém desses documentos. A partir dessa análise se iniciou a segunda etapa da pesquisa, ainda em andamento, com o objetivo de coletar informações com professores do ensino médio nas regiões norte, centro-oeste e sudeste (respectivamente os estados Roraima, Mato Grosso e São Paulo) a partir de entrevistas abertas. Espera-se levantar informações sobre as dificuldades de se trabalhar com uma educação crítica no Novo Ensino Médio e os processos de sofrimento dos docentes na transição para o novo modelo. Como resultado preliminar é possível perceber a imposição dos interesses de mercado na formação profissional sobre qualquer tentativa de uma formação para a consciência. As leis, normativas e resoluções são marcadas por um formalismo que esvazia de sentido os ideais de formação, o que acaba sendo coerente com o esquematismo de uma “racionalidade irracional” própria à sociedade capitalista. Isso contribui para a pseudoformação dos sujeitos, caracterizada por uma consciência cindida e sem a possibilidade de crítica aos elementos regressivos da realidade material, ficando o sujeito restrito às tarefas da economia e da administração e impedido de elaborar reflexões críticas. As reformas apontam, portanto, para a formação de sujeitos autômatos, heterodeterminados, voltados à vida útil, no sentido da produtividade, em uma estrutura social marcada pela produção de falsa consciência e ausência de experiências.
Título do Evento
VIII Encontro da Regional Norte da ABRAPSO
Cidade do Evento
Miracema do Tocantins
Título dos Anais do Evento
Anais do Encontro da Regional Norte da Associação Brasileira de Psicologia Social: Palmas e Miracema do Tocantins
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RAMOS, Carlos Eduardo; SIMÕES, Maria Cristina Dancham; FREITAS, Nivaldo Alexandre de. SUBJETIVIDADE, MUNDO ADMINISTRADO E O NOVO ENSINO MÉDIO: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA TEORIA CRÍTICA DA SOCIEDADE.. In: Anais do Encontro da Regional Norte da Associação Brasileira de Psicologia Social: Palmas e Miracema do Tocantins. Anais...Miracema do Tocantins(TO) UFT, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viiiencontroabrapsonorte/981278-SUBJETIVIDADE-MUNDO-ADMINISTRADO-E-O-NOVO-ENSINO-MEDIO--CONSIDERACOES-A-PARTIR-DA-TEORIA-CRITICA-DA-SOCIEDADE. Acesso em: 18/07/2025

Trabalho

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