CONTROLE SOCIAL E PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO CAMPO DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL: UM OLHAR PARA AS ASSOCIAÇÕES DE USUÁRIOS E FAMILIARES

Publicado em 14/03/2022 - ISSN: 2316-266X

Título do Trabalho
CONTROLE SOCIAL E PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO CAMPO DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL: UM OLHAR PARA AS ASSOCIAÇÕES DE USUÁRIOS E FAMILIARES
Autores
  • samira de alkimim bastos miranda
  • Luci Helena Silva Martins
  • Robson Kleber de Souza Matos
Modalidade
Comunicação Oral - Resumo
Área temática
[GT 13] Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas
Data de Publicação
14/03/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/viiconinter2018/113590-controle-social-e-participacao-social-no-campo-da-politica-de-saude-mental---um-olhar-para-as-associacoes-de-usua
ISSN
2316-266X
Palavras-Chave
Participação social. Controle Social. Política de Saúde mental.
Resumo
A democracia apresenta um caráter revolucionário na medida em que constantemente cria direitos e possibilita o espaço para conflitos (Lefort, 1991). No Brasil, especialmente a partir da década de 1970, distintos movimentos sociais lutaram pela redemocratização do país e por garantias de direitos. Nesse cenário emergiram os movimentos da Reforma Sanitária, fundamental para a inclusão no texto constitucional da saúde enquanto direito universal e pela criação do Sistema Único de Saúde-SUS, e da Reforma Psiquiátrica trazendo para o debate a proposição de mudanças na política de saúde mental baseadas no rompimento com a lógica asilar de segregação do sujeito com sofrimento psíquico. Uma caraterística desse decurso foi a participação de usuários e familiares ocorrida sobretudo através de conferências e da organização de Associações (Amarante, 1995). No contexto atual encontramo-nos surpreendidos pelo desmonte que vem sofrendo o Sistema Único de Saúde, o descaso já vem de outrora, assim como nossa apatia diante de questões tão sérias e centrais. Nesse bojo, a política de saúde mental pautada no movimento da Reforma psiquiatra, tem padecido inúmeros atravessamentos. A participação popular, sobretudo o engajamento dos que são alvo desta política é fulcral para a luta e garantia de direitos. Nesse sentido, o presente artigo buscou identificar e analisar a organização coletiva dos usuários e seus familiares no controle social da política de saúde mental do município de Montes Claros-MG através da inserção numa Associação. Este trabalho descreve sobre a criação de uma Associação de Usuários e familiares numa Rede de Atenção Psicossocial-RAPS no sertão das Minas Gerais, em Montes Claros, e suas implicações no controle social da política de saúde mental. Com vistas a atingir tal proposição, num primeiro momento, através de pesquisa bibliográfica e documental, abordou-se sobre a participação social na política de saúde mental no Brasil a partir das Conferências Nacionais de Saúde Mental e seguidamente realizou-se uma análise acerca da criação da Associação a partir dos conceitos de participação e de controle social e do relato de experiência de atores envolvidos no processo de criação da Associação. A rede de atenção à saúde mental é, conforme proposta pelo SUS, regionalizada, descentralizada, obedece a uma hierarquia e preconiza participação social. Esta por sua vez se materializa por meio das Conferências de Saúde. Além disso, os Conselhos de saúde são relevantes para o controle e avaliação da política. Associações de usuários e familiares também vem se apresentando como coletivos de controle social na medida que se organizam em prol da defesa dos direitos dos sujeitos com sofrimento mental e que acompanham a politica de saúde buscando estratégias para o seu fortalecimento. Notou-se que os entrevistados, ao perceberam práticas de desrespeito nas instituições de atendimento, se viram motivados para lutarem pelo reconhecimento dos direitos dos sujeitos com sofrimento mental. Percebeu-se que a Associação pode criar formas inovadoras de organização e participação política de uma parcela da sociedade que historicamente esteve ausente das discussões e das formulações das políticas públicas. Considerações: Embora a participação social no campo da saúde mental apresente fragilidades, a organização de usuários e familiares dos serviços de saúde mental por meio de uma associação pode desempenhar papel crucial no processo de defesa de direitos e aperfeiçoamento das políticas públicas direcionadas a este segmento social.
Título do Evento
VII Coninter
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais VII CONINTER
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MIRANDA, samira de alkimim bastos; MARTINS, Luci Helena Silva; MATOS, Robson Kleber de Souza. CONTROLE SOCIAL E PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO CAMPO DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL: UM OLHAR PARA AS ASSOCIAÇÕES DE USUÁRIOS E FAMILIARES.. In: Anais VII CONINTER. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UNIRIO, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/VIIConinter2018/113590-CONTROLE-SOCIAL-E-PARTICIPACAO-SOCIAL-NO-CAMPO-DA-POLITICA-DE-SAUDE-MENTAL---UM-OLHAR-PARA-AS-ASSOCIACOES-DE-USUA. Acesso em: 11/09/2025

Trabalho

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