A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA CONCEPÇÃO DA INTELIGÊNCIA E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A COMPREENSÃO DAS ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Publicado em 14/03/2022 - ISSN: 2316-266X

Título do Trabalho
A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA CONCEPÇÃO DA INTELIGÊNCIA E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A COMPREENSÃO DAS ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
Autores
  • Franciele Ramos da Costa Silva
  • Elisângela Matos Oliveira de Souza
  • Nadir Francisca Sant'Anna
Modalidade
Comunicação Oral - Resumo
Área temática
[GT 01] Acessibilidade em tempos de diversidade, inclusão social e escolar
Data de Publicação
14/03/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/viiconinter2018/113522-a-construcao-historica-da-concepcao-da-inteligencia-e-sua-influencia-sobre-a-compreensao-das-altas-habilidadessu
ISSN
2316-266X
Palavras-Chave
Inclusão, Altas Habilidades, Superdotação, Inteligência
Resumo
Popularmente, em nosso cotidiano, apontamos pessoas inteligentes. Mas, de fato, o que é ser inteligente? O que caracteriza a inteligência? É possível quantificá-la realmente? Sempre existiram pessoas inteligentes? - Com essas indagações iniciamos o presente trabalho, afim de abordarmos como a inteligência vem sendo tratada ao longo do tempo, em diferentes períodos históricos. Por volta do século XV, pessoas que se destacavam pelas suas habilidades eram tidas como envolvidas com entidades malignas, tempos depois passaram a ser compreendidas como doentes (VIRGOLIM, 2014). Nestas duas perspectivas, essas pessoas, que se apresentavam com padrões cognitivos divergentes da maioria eram tidas numa perspectiva bastante negativa. Porém, no século XIX, com o avanço dos estudos voltados para a comprovação científica e, já sabendo que tais comportamentos que resultavam em habilidades distintas, estavam ligadas à mente, Francis Galton, iniciou seus estudos de psicometria (PASQUALI, 2010). Embora tenha passado a ser compreendida numa perspectiva positiva, o caminho que tomou tal compreensão ainda passou por períodos bastante críticos. Galton, através de seus testes, acreditava que, assim como as características físicas, as características psicológicas e cognitivas também eram hereditárias. Assim, através de testes, presumia as melhores combinações genéticas para que nascessem crianças cada vez mais inteligentes, desta forma expandindo a ideia da tão temida eugenia (VIRGOLIM, 2014 ; DEL CONT, 2008). No início do século XX, na busca de meios mais eficazes de quantificar a inteligência, Spearman criou o fator geral (fator g), com o objetivo de realizar análises estatísticas (ALMEIDA, 2002), além disso o mesmo acreditava que todas as pessoas possuíam inteligência (VIRGOLIM, 2014; PASQUALI, 2010). No mesmo século, influenciado pelas ideias de Galton, o psicólogo Cattel, propôs uma sequencia de testes com a finalidade de medir características distintas de acordo com as habilidades específicas das pessoas, e foi o primeiro a utilizar o termo habilidades mentais, fazendo alusão ao que então não havia nomenclatura (MÄDER, 1996). Cabe aqui ressaltar, que os testes de inteligência ganharam tal proporção, que foram bastante utilizados para recrutar soldados para a I Guerra Mundial (VIRGOLIM, 2014). Também no século XX, como destaca Lins (2018), Piaget apresenta a inteligência de forma dinâmica, estruturada e flexível, capaz de se desenvolver não só segundo formas específicas, identificadas em períodos, mas numa outra direção, voltar-se para infinitas possibilidades (LINS, 2018. p. 21-22). Ao final do presente século, Gardner propôs a teoria das inteligências múltiplas, afirmando que há alguns tipos de inteligência, destacando a existência de, no mínimo sete (GARDNER, 1995). No século XXI, Renzulli corrobora a teoria de Gardner afirmando que a inteligência não se trata de algo único, mas que pode se apresentar de diferentes formas (RENZULLI, 2014). Os conceitos de inteligência e altas habilidades/superdotação estão intimamente relacionados, visto que tem como ponto de partida a manifestação de diferentes habilidades que conferem destaque aos indivíduos. Como pudemos observar, a inteligência está envolta por certa complexidade, que interfere diretamente à conceituação e aceitação das altas habilidade/superdotação. Realizar um levantamento do percurso do conceito da inteligência, de acordo com o período histórico e apontar como a inteligência é compreendida pelos docentes no ano de 2018. Esta pesquisa teve início no segundo semestre do ano de 2018 visando realizar um levantamento histórico sobre a compreensão da inteligência e apontar como os educadores compreendem tal conceito. Para isso será utilizado um questionário, contendo perguntas fechadas, para análise quantitativa e perguntas abertas que possibilitarão uma análise menos rígida sobre a perspectiva docente. O mesmo será respondido on-line, de forma anônima e não assistida. A inteligência vem sofrendo modificações em sua concepção, aceitação e modulação. E, embora na atualidade pessoas sejam apontadas como inteligentes, sua conceituação é bastante complexa, pois vêm sofrendo muitas influências de acordo com o período em que é tratada. Tal complexidade e dificuldade de compreensão exerce influência direta sobre a aceitação das altas habilidades/superdotação. A presente pesquisa encontra-se em andamento, o próximo passo será a disponibilização do questionário on-line e, em seguida será feita para análise dos dados obtidos.
Título do Evento
VII Coninter
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais VII CONINTER
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Franciele Ramos da Costa; SOUZA, Elisângela Matos Oliveira de; SANT'ANNA, Nadir Francisca. A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA CONCEPÇÃO DA INTELIGÊNCIA E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A COMPREENSÃO DAS ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO.. In: Anais VII CONINTER. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UNIRIO, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/VIIConinter2018/113522-A-CONSTRUCAO-HISTORICA-DA-CONCEPCAO-DA-INTELIGENCIA-E-SUA-INFLUENCIA-SOBRE-A-COMPREENSAO-DAS-ALTAS-HABILIDADESSU. Acesso em: 11/05/2025

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