DEZ ANOS DO REGISTRO DA CAPOEIRA COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL: A SALVAGUARDA DA CAPOEIRA NOS ESTADOS DA BAHIA, PERNAMBUCO E RIO DE JANEIRO

Publicado em 14/03/2022 - ISSN: 2316-266X

Título do Trabalho
DEZ ANOS DO REGISTRO DA CAPOEIRA COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL: A SALVAGUARDA DA CAPOEIRA NOS ESTADOS DA BAHIA, PERNAMBUCO E RIO DE JANEIRO
Autores
  • Paulo Henrique Menezes da Silva
Modalidade
Comunicação Oral - Resumo
Área temática
[GT 04] Cultura e Desenvolvimento
Data de Publicação
14/03/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/viiconinter2018/113177-dez-anos-do-registro-da-capoeira-como--patrimonio-imaterial---a-salvaguarda-da-capoeira-nos-estados-da-bahia-per
ISSN
2316-266X
Palavras-Chave
Patrimônio Cultural Imaterial, Ofício dos Mestres de Capoeira, Roda de Capoeira, Salvaguarda da Capoeira, IPHAN
Resumo
Este trabalho, parte de nossa pesquisa de mestrado “A Capoeira como Bem Cultural Afro-Brasileiro: Processo de Patrimonialização e Preservação” (título provisório), desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio, Cultura e Sociedade – PPGPACS/IM/UFRRJ, tem como objetivo identificar e mapear as ações das políticas de patrimonialização e preservação da capoeira, as metodologias utilizadas e as ações de salvaguarda estabelecidas para a preservação deste bem e está inserido no campo dos estudos da memória e do patrimônio cultural, assim como em conformidade com os estudos e debates realizados no Grupo de Estudos Patrimônio e Cultura Afro-Brasileira (GEPCAFRO/PPGPACS/IM/UFRRJ). No ano de 2008 a capoeira foi reconhecida e registrada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, como patrimônio cultural imaterial do Brasil. Este reconhecimento veio cumprir o disposto na Constituição Federal e no Decreto 3551/2000. A partir deste momento o Estado brasileiro passou a ter outros olhares para a nossa capoeira, propondo ações para a construção de políticas públicas, com lançamento de editais, criação do Grupo de Trabalho da Salvaguarda da Capoeira; incentivo a implementação de pontos de cultura específicos para a capoeira e a criação do Prêmio Viva Meu Mestre. Este artigo pretende analisar os processos de valorização da identidade dos diversos segmentos que a compõe, seu processo de patrimonialização junto aos grupos de detentores e a política pública de patrimonialização da capoeira já desenvolvidas pelos estados da Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Pretendemos ainda, levantar, identificar e mapear as ações das políticas públicas, as metodologias utilizadas e as ações de salvaguarda estabelecidas para a preservação deste bem. Verificar se os processos de preservação garantem a participação da comunidade interessada, através da identificação, do mapeamento, do inventário, da documentação, da divulgação, da promoção, da difusão e do fomento. Analisaremos se os instrumentos utilizados para as ações de salvaguarda nestes estados são adequados à especificidade da preservação das rodas de capoeira e do ofício dos mestres de capoeira e o impacto destas ações junto às comunidades de detentores e detentoras. Entendemos que a Capoeira expressa à história da resistência negra no Brasil, durante e após a escravidão, propiciando formas de diálogo que respeitam a diversidade cultural brasileira. Portanto, a preservação da capoeira como patrimônio cultural afro-brasileiro é um direito constitucional e a afirmação da identidade das comunidades onde esta atua, valorizando seus rituais e a manutenção de seus cânticos e gestos que expressam as suas visões de mundo, suas hierarquias e seus códigos de ética, revelando companheirismo e solidariedade. Compreender a resistência cultural da capoeira nos estados da Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro e o que ela vem impactando ao longo destes 10 anos aos praticantes da arte afro-brasileira da capoeiragem e na sociedade é o que este artigo pretende apontar, contribuindo assim para a preservação da roda de capoeira e do ofício dos mestres de capoeira enquanto patrimônios culturais afro-brasileiros. Sendo uma prática multicultural e multifacetada, tendo em vista que ao mesmo tempo em que é luta também é dança, arte, esporte, a capoeira carrega em si uma filosofia ancestral, sendo um dos maiores símbolos da identidade negra nacional e sua prática no Brasil tem sido um poderoso instrumento na educação e na afirmação da identidade dos afrodescendentes e na luta pelo combate ao racismo e a todas as formas de discriminação.
Título do Evento
VII Coninter
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais VII CONINTER
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Paulo Henrique Menezes da. DEZ ANOS DO REGISTRO DA CAPOEIRA COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL: A SALVAGUARDA DA CAPOEIRA NOS ESTADOS DA BAHIA, PERNAMBUCO E RIO DE JANEIRO.. In: Anais VII CONINTER. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UNIRIO, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/VIIConinter2018/113177-DEZ-ANOS-DO-REGISTRO-DA-CAPOEIRA-COMO--PATRIMONIO-IMATERIAL---A-SALVAGUARDA-DA-CAPOEIRA-NOS-ESTADOS-DA-BAHIA-PER. Acesso em: 03/05/2025

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