ECONOMIA CRIATIVA: ARRANJOS CONFLUENTES EM CUIABÁ

Publicado em 14/03/2022 - ISSN: 2316-266X

Título do Trabalho
ECONOMIA CRIATIVA: ARRANJOS CONFLUENTES EM CUIABÁ
Autores
  • Ana Eliza Lucialdo
  • Jose Serafim Bertoloto
  • ALINE WENDPAP NUNES DE SIQUEIRA
Modalidade
Comunicação Oral - Resumo
Área temática
[GT 03] Conservação da natureza e inclusão social
Data de Publicação
14/03/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/viiconinter2018/110316-economia-criativa--arranjos-confluentes-em-cuiaba
ISSN
2316-266X
Palavras-Chave
Educação, Cultura. Economia Criativa. Economia do Simbólico. Economia do Intangível
Resumo
Considerado protagonista da pujante economia criativa, em Cuiabá os estudos foram direcionados a sondar como se dá a sobrevivência financeira de um artesão e restaurador na capital mato-grossense. Por meio da poética em seus modo de fazer e escoar sua produção. Partimos do tripé da cadeia produtiva da criação, produção e distribuição e perseguimos o questionamento de como os agentes criativos da economia contemporânea, advinda da criatividade como insumo principal, conseguem sobreviver de seus fazeres e saberes, em Cuiabá? O procedimento metodológico utilizado foi de abordagem qualitativa, objetivos exploratórios e descritivos pautadas em métodos de consulta bibliográfica, documental com instrumentos por meio de entrevistas. Obtivemos como resultado a relevância do relacionamento da vizinhança e a partir disso a criação de uma rede de atuação e distribuição de bens e serviços, bem como, uma excepcional capacidade resiliente. Constatamos a importância do modo de fazer e viver como fundamento das ações criativas, portanto, foi enaltecida a cultura e suas subjetividades. A economia criativa é uma temática relativamente nova, foi apresentada nos estudos do Reino Unido, na Europa, na década de 90. O termo apareceu pela primeira vez no título do livro de John Howkins, de 2001, na tentativa de apontar os estudos inicias entre economia e criatividade. Vários pontos de análise da nova economia ainda estão em construção por todo o mundo. No Brasil, o mapeamento dos agentes da economia criativa é embrionário (REIS, 2008), em Mato Grosso difuso, quase inexistente.A economia criativa rompe com o conceito tradicional da economia, do acúmulo de riqueza provindo apenas do bem material. Considerada economia do intangível, do simbólico (REIS, 2008), sua mola propulsora é a criatividade. O primeiro desafio encontrado nesta pesquisa foi a ausência da unicidade conceitual. A indagação seguinte foi como prosseguir os estudos sem uma base teórica pré-estabelecida? Para que a pesquisa não ficasse apenas panorâmica em tentativas de copilar conceitos e se ausentasse de dados inovadores, optei pela investigação de sujeitos “fazedores de cultura”, agentes criativos, com personagens locais, a fim de se ter representantes da economia contemporânea regional. A cadeia produtiva da economia criativa não se dá por bens materiais, devido seu insumo ser a criatividade (REIS, 2008). Portanto, sendo o grande ponto de disrupção com o tradicional da economia contemporânea, a partir disso estabeleci a pergunta norteadora da pesquisa baseada na sustentabilidade financeira dos agentes criativos: “fazedores de cultura” conseguem sobreviver de seus fazeres e saberes na economia contemporânea? O percurso feito pelos países europeus no final da década de 90 me orientou a cadeia produtiva, mas a ausência dos números oficiais no Brasil dos agentes que compõem esses segmentos impôs outro desafio. Como estudar algo que não existe definição e mapeamento dos agentes dessa cadeia produtiva? Novamente, compreendi que a alternativa viável seria sustentar a pesquisa com exemplos reais, agentes criativos culturais postos em nosso dia a dia, e a partir deles dar fundamento à pesquisa. No cenário da quase tricentenária capital de Mato Grosso, com a população superior a 585 mil habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016). A cidade de Cuiabá é conhecida como capital do Agronegócio e do Pantanal. Teve sua origem com a descoberta de ouro, feita pelo bandeirante paulista Pascoal Moreira Cabral, em 08 de Abril de 1719. Quase um século depois, em 1818, passou à categoria de cidade com pessoas de origens multifacetadas por índios, negros e europeus. Cuiabá, no interior do centro-oeste brasileiro, localizada no centro geodésico da América do Sul. Berço de um povo acolhedor e hospitaleiro, de muitas manifestações culturais, fez-se um palco para quatro agentes criativos adaptarem às transformações do mundo contemporâneo e atualmente consideradas protagonistas da pujante economia criativa, são exemplos de resistência às mudanças. Sendo personagens ideais ao estudo uma vez que a sustentabilidade dos agentes criativos correlacionada com experiência e tempo seria instigante e norteador. A confluência das descobertas acima com as experiências da pesquisadora com artistas e produtores culturais de diversos segmentos em um projeto do Ministério da Cultura direcionadas a economia criativa no Brasil, e sua experiência acadêmica e profissional desenvolvida na área mercadológica e comunicação social, favoreceu o questionamento do objetivo específico: como se dá a construção dos bens e serviços criativos e o seu relacionamento com o mercado, em Cuiabá?
Título do Evento
VII Coninter
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais VII CONINTER
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LUCIALDO, Ana Eliza; BERTOLOTO, Jose Serafim; SIQUEIRA, ALINE WENDPAP NUNES DE. ECONOMIA CRIATIVA: ARRANJOS CONFLUENTES EM CUIABÁ.. In: Anais VII CONINTER. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UNIRIO, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/VIIConinter2018/110316-ECONOMIA-CRIATIVA--ARRANJOS-CONFLUENTES-EM-CUIABA. Acesso em: 28/05/2025

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