A INTERCULTURALIDADE COMO FUNDAMENTO DE UMA SOCIEDADE MULTICULTURAL

Publicado em 14/03/2022 - ISSN: 2316-266X

Título do Trabalho
A INTERCULTURALIDADE COMO FUNDAMENTO DE UMA SOCIEDADE MULTICULTURAL
Autores
  • Lucas Brito
Modalidade
Comunicação Oral - Resumo
Área temática
[GT 05] Diversidade e políticas de afirmação
Data de Publicação
14/03/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/viiconinter2018/109344-a-interculturalidade-como-fundamento-de-uma-sociedade-multicultural
ISSN
2316-266X
Palavras-Chave
Supremacia, cultura, parametrização, diálogo, respeito.
Resumo
O multiculturalismo está presente em todo o mundo, é assustador a incidência de determinados grupos se sobrepondo a outros por se denominarem os únicos possuidores de costumes e princípios merecedores do respeito. Conquistam a liderança coagindo através de estratégias e discursos tanto no campo político-social quanto no campo intelectual, com a finalidade de que aquela ideologia seja mantida e propagada para as gerações futuras, isto é considerado hegemonia cultural. A interculturalidade por sua vez, defende o convívio entre todos sem desrespeito em virtude de suas diferenças, pelo contrário, estimula o diálogo para que os indivíduos de diferentes massas possam conhecer e expor suas crenças, após a união entre conhecimento e saber questionar as culturas podem estipularem o que realmente é melhor para seus indivíduos, afinal se não indagarem, lamentavelmente grupos vão se sobreporem a outros. O trabalho tem por finalidade, discutir os efeitos negativos da hegemonia cultural na sociedade e a inclusão da interculturalidade como forma de diálogo entre culturas. Foi elaborado através de pesquisas bibliográficas em textos, artigos e livros, que foram fornecidos pelo professor orientador, onde relatam a evolução cultural e multiculturalismo no mundo, também houve o debate entre alunos do curso de Direito do Centro Universitário São Camilo, com intuito de construir pensamento interdisciplinar. A definição sobre Hegemonia Cultural surgiu no auge da concepção marxista, entretanto, Antônio Gramsci foi quem melhor elaborou a ideia de supremacia cultural, que pressupõe a liderança de um grupo sobre os demais, através da coercibilidade exercida por uma classe que detinha um maior poder social. Com esta regência, além de toda estrutura econômica que possuía uma parametrização, a hegemonia visa manter a uniformidade e aniquilar todas as formas de ideologias, costumes e crenças que vão em desacordo com aquela estabelecida como adequada, por meio de manipulações intelectuais e morais, não somente por estratégias políticas. Em todo o mundo, há a ocorrência de pensamentos etnocêntricos que são análogos aos ideais da Hegemonia Cultural. O etnocentrismo é a crença de que apenas uma etnia é certa, seus membros possuem uma ótica restrita, ou seja, enxergam as demais ideologias através de seus próprios princípios e costumes e se alto intitulam como os únicos merecedores do respeito. A interculturalidade é inteiramente divergente do etnocentrismo, pois, por um lado temos uma metodologia antropológica que foi fruto de anos de pesquisas, que possui o intuito de preservar as diferentes formas de saber e viver, mas com a interação entre estas, por outro, se tem uma visão preconceituosa dos demais saberes. Raimundo Panikkar é um dos doutrinadores que versam sobre interculturalidade, entretanto em uma ótica voltada para os Direitos Humanos, algo que é de suma importância, pois estes são de todos. Fundamenta que a implementação dos Direitos Humanos deve ocorrer através do Equivalente Heteromórfico, que, nada mais é do que investigações isoladas em cada grupo cultural que possa estabelecer um ponto em comum para iniciar o diálogo, porém, é algo construído com o passar das gerações, somente após a vivencia e comunicação, os grupos estabeleceram o que é melhor para todos sem desrespeitar nenhum individuo ou necessitem de abandonar tudo aquilo que lhe vai passado desde os primórdios em virtude de uma classe que se alto-intitula superior, ou seja, utilizar do debate para as relações conflituosas, sempre tendo como alicerce o respeito e assim não utilizando a exigência de uma cultura hegemônica, isto só será concretizado quando todo o conhecimento deixar o campo teórico e entrar no mundo prático e cabe ao poder público traçar caminhos que facilitem esta vivencia. Levando em consideração esses aspectos, pode-se afirmar que a interculturalidade é a única maneira viável para se ter uma vida justa e digna em sociedade, sem a intervenção de grupos opressores, afinal não há um padrão cultural estabelecido como certo, mas sim parâmetros de visualizações diferentes, vivemos em mundo multicultural, onde o pilar para a construção de uma cidadania e o respeito, algo que somente é conquistado quando os grupos se inter-relacionarem. Cabe ao Estado a implementação de políticas públicas que viabilizem a interação e a comunicação entre as etnias, para que as divergências se tornem motivo de discussão e não razão para intolerância.
Título do Evento
VII Coninter
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais VII CONINTER
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BRITO, Lucas. A INTERCULTURALIDADE COMO FUNDAMENTO DE UMA SOCIEDADE MULTICULTURAL.. In: Anais VII CONINTER. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UNIRIO, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/VIIConinter2018/109344-A-INTERCULTURALIDADE-COMO-FUNDAMENTO-DE-UMA-SOCIEDADE-MULTICULTURAL. Acesso em: 09/06/2025

Trabalho

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