DECOLONIALIDADE E MULTILETRAMENTOS: O ENSINO DE PORTUGUÊS PARA FALANTES DE OUTRAS LÍNGUAS E COMO LÍNGUA MATERNA

Publicado em 21/05/2025 - ISBN: 978-65-272-1348-2

Título do Trabalho
DECOLONIALIDADE E MULTILETRAMENTOS: O ENSINO DE PORTUGUÊS PARA FALANTES DE OUTRAS LÍNGUAS E COMO LÍNGUA MATERNA
Autores
  • Anair Valenia Martins Dias
  • Maria José dos Reis Grosso
  • Paula Isabel Marques Martins Baptista Querido
Modalidade
Simpósio Temático
Área temática
(Virtual-Remoto) ST: DECOLONIALIDADE E MULTILETRAMENTOS: O ENSINO DE PORTUGUÊS PARA FALANTES DE OUTRAS LÍNGUAS E COMO LÍNGUA MATERNA
Data de Publicação
21/05/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/vii-sinalel/968061-decolonialidade-e-multiletramentos--o-ensino-de-portugues-para-falantes-de-outras-linguas-e-como-lingua-materna
ISBN
978-65-272-1348-2
Palavras-Chave
PFOL, Língua Materna, Decolonialidade, Multiletramentos
Resumo
O ensino de Português, seja como língua materna ou para falantes de outras línguas-PFOL, deve (ou deveria) contemplar as demandas contemporâneas de discussões sobre decolonialidade e multiletramentos. A língua é aspecto fundamental nos processos de colonização e de descolonização, bem como de colonialidade e de decolonialidade, pois o sujeito que “possui a linguagem possui, por conseguinte, o mundo expresso por essa linguagem e implicado por ela [sendo que há] no domínio da linguagem uma potência extraordinária” (Fanon, 2020, p. 31-32). Ela pode ser instrumento para reflexão sobre perpetuação de um imaginário de superioridade linguística e epistêmica de um povo, bem como ser usada para desconstrução de tais imaginários, proporcionando debates sobre ideias conflituosas e/ou posturas libertadoras. Segundo Walsh, Oliveira e Candau (2018), é preciso pensar então em uma pedagogia decolonial que atuando para “além dos sistemas educativos (escolas e universidades) [...] convoca os conhecimentos subordinados pela colonialidade do poder e do saber”, fazendo dialogar experiências críticas e políticas, bem como fomentando práticas sociais transformadoras. Nessa perspectiva, as ações no ensino de língua se constituem enquanto “projeto político a serem construídos nas escolas, nas universidades, nos movimentos sociais, nas comunidades negras e indígenas, nas ruas etc.” (Walsh, Oliveira e Candau, 2018). É preciso então pensar na “colonialidade do poder”, nos moldes que nos propôs Quijano (1992), e avançar para uma perspectiva em que se fomenta práticas educativas que desestabilizam as relações da colonialidade do saber, do ser e do poder. Sobre a díade que caracteriza o multiletramento – multiculturalismo e multissemiose – aventamos que ambas devem fazer parte das discussões sobre língua. As diversidades linguística e cultural, assim como as variadas formas de produções discursiva (escritas e orais), devem contemplar os processos educativos e o ensino. Há de se considerar então de um lado o ambiente comunitário, o papel social, as relações interpessoais, as identidades, os assuntos etc. e de outro as modalidades escritas, visuais, espaciais, táteis, gestuais, auditivas etc. (Kalantzis, Cope, Pinheiro, 2020) na constituição das ações envolvendo os processos dos multiletramentos. Ao referir-se à pedagogia dos multiletramentos, Kalantzis, Cope, Pinheiro (2020) propõem uma abordagem a partir da tríade design, designing e redesigned, sendo o design a “construção de significado [que] se expande para além de estruturas mais estáticas, como “gramática tradicional” ou “cânone literário” (Cope; Kalantzis; Pinheiro, 2020, p. 172), em outras palavras, os recursos disponíveis. O designing é definido como uma “sequência de ações, motivação por nossos propósitos, que torna a representação um processo de pensamento, e a construção de mensagem um processo de comunicação” (Cope; Kalantzis; Pinheiro, 2020, p. 173), ou seja, o processo de construção de significados em si; e o redesigned o resultado dos processos como um todo. Frente a essas questões, nossa intenção neste simpósio é proporcionar espaço para reflexões acerca de aspectos envolvendo investigações já desenvolvidas ou em andamento que abordem o ensino de língua portuguesa para falantes de outras línguas ou como língua materna em uma perspectiva decolonial e dos multiletramentos, abordando, dentre outros aspectos, a produção de materiais didáticos para esses ensinos. Esperamos assim promover discussões e contribuir para o desenvolvimento de abordagens teórico-metodológicas mais eficazes para o processo de ensino de língua.
Título do Evento
VII Simpósio Nacional de Letras e Linguística (SINALEL)
Cidade do Evento
Catalão
Título dos Anais do Evento
Anais do Simpósio Nacional de Letras e Linguística
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

DIAS, Anair Valenia Martins; GROSSO, Maria José dos Reis; QUERIDO, Paula Isabel Marques Martins Baptista. DECOLONIALIDADE E MULTILETRAMENTOS: O ENSINO DE PORTUGUÊS PARA FALANTES DE OUTRAS LÍNGUAS E COMO LÍNGUA MATERNA.. In: Anais do Simpósio Nacional de Letras e Linguística. Anais...Catalão(GO) UFCAT, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/vii-sinalel/968061-DECOLONIALIDADE-E-MULTILETRAMENTOS--O-ENSINO-DE-PORTUGUES-PARA-FALANTES-DE-OUTRAS-LINGUAS-E-COMO-LINGUA-MATERNA. Acesso em: 12/07/2025

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