“NOSSO GÊNERO VEM DE DEUS” - DISPOSITIVO DE SEXUALIDADE NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL PARA A INFÂNCIA

Publicado em 21/05/2025 - ISBN: 978-65-272-1348-2

Título do Trabalho
“NOSSO GÊNERO VEM DE DEUS” - DISPOSITIVO DE SEXUALIDADE NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL PARA A INFÂNCIA
Autores
  • Maristela Vicente de Paula
  • Antônio Fernandes Júnior
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
(Virtual - Remoto) ST: Relações de poder e produção de verdades: reflexões a partir dos Estudos Discursivos Foucaultianos
Data de Publicação
21/05/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/vii-sinalel/1075672-nosso-genero-vem-de-deus---dispositivo-de-sexualidade-na--producao-audiovisual-para-a-infancia
ISBN
978-65-272-1348-2
Palavras-Chave
Discurso. Gênero. Infância.
Resumo
Este estudo pretende, a partir do referencial da arqueogenealogia foucautiana, analisar os efeitos discursivos da cisnormatividade na educação informal das crianças no contexto religioso presente no enunciado “Nosso Gênero vem de Deus”, nome do videoclipe publicado na plataforma YouTobe em 5 de maio de 2018, protagonizado pelo Trio R3. Esse grupo é formado por duas meninas e um menino, todos irmãos, filhos de um casal de músicos do segmento gospel, produtores do videoclipe e por uma empresa da família denominada Ronny Produções. Especificamente, busca-se explorar as condições históricas de emergência de uma produção audiovisual de caráter normativo, do ponto de vista religioso, como aparelho disciplinar de massa, normatizador da binaridade de gênero nas vestimentas, comportamentos relativos à brincadeira e formas idealizadas de se portar em sociedade apresentados no videoclipe. O objetivo é analisar o dispositivo de sexualidade na constituição dos gêneros, que passa historicamente pelos mecanismos disciplinares de controle pela vigilância hierárquica, permanente e sanções normatizadoras, para a explicitação de discursos públicos e intensificação de narrativas sobre a sexualidade na condição de tema de interesse comum, como estratégias de poder-saber e produção de verdades sobre o binarismo de gênero. A emergência desse enunciado localiza-se em campo associado com as declarações da advogada, pastora e então Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, quando afirmou que “... menino veste azul e menina veste rosa”, bem como o crescimento de grupos conservadores defensores do combate ao que convencionaram chamar de “ideologia de gênero”. Acionando tais conceitos, em análise provisória, o enunciado “Nosso Gênero vem de Deus” na esteira do binarismo, confronta outras declarações de gênero como as que compõem o movimento LGBTQIA+ como tecnologia de governo e auto-governo dos sujeitos, investidos na formação da infância.
Título do Evento
VII Simpósio Nacional de Letras e Linguística (SINALEL)
Cidade do Evento
Catalão
Título dos Anais do Evento
Anais do Simpósio Nacional de Letras e Linguística
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PAULA, Maristela Vicente de; JÚNIOR, Antônio Fernandes. “NOSSO GÊNERO VEM DE DEUS” - DISPOSITIVO DE SEXUALIDADE NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL PARA A INFÂNCIA.. In: Anais do Simpósio Nacional de Letras e Linguística. Anais...Catalão(GO) UFCAT, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/vii-sinalel/1075672-NOSSO-GENERO-VEM-DE-DEUS---DISPOSITIVO-DE-SEXUALIDADE-NA--PRODUCAO-AUDIOVISUAL-PARA-A-INFANCIA. Acesso em: 16/07/2025

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